existência.
Colhidos de surpresa, desbaratados seus focos, os comunistas não conseguiram articulação
imediata; entretanto, suas virulência e obstinação foram comprovadas à saciedade nas guerrilhas
rurais e urbanas.
Os políticos morbidamente preocupados com a conquista de votos, os empresários e industriais
refestelados em suas poltronas, no usufruto do bem-estar que lhes proporcionamos, e os jornalistas
da esquerda" fisiológica",'o isto é, esquerdistas de conveniência, encontram sempre oportunidade
para atacar os órgãos de repressão, sob rajadas de calúnias, o hobby de todos os cristãos-novos
desta abertura irmã xifópaga da anarquização.
Têm eles idéia de onde estariam, se tivesse assumido, em 1964, um governo chefiado pelos
homens que mandaram eliminar Elvira Cupelo Coloni,11 trucidaram nos quartéis seus colegas
oficiais, alguns pelas costas, outros dormindo, incendiaram alojamentos de praças, mataram a tiros,
na sala de aula de um colégio, na presença de crianças suas alunas, um professor, por simples
suspeita de inconfidência, pregaram a subversão hierárquica e incitaram a luta fratricida de classes?
Provavelmente, estariam usando a foice e o martelo nas áreas de trabalhos forçados, ceifando os
campos ou consertando celas, sob os olhos vigilantes de uma guarda revolucionária vermelha.
PALAVRAS FINAIS
Esses foram alguns dos principais acertos e falhas colhidos nas malhas das reflexões que fiz, sobre
esse mar revolto em que se transformou o Movimento Militar de março de 1964. Traduzem
observações de quem viveu os acontecimentos e os encara de ângulos morais e cívicos próprios.
Representam meros subsídios para os pesquisadores pósteros descreverem a história de uma
balburdiada fase da vida nacional.
Mais tarde... muito mais tarde, isto poderá ocorrer, quando as Parcas retirarem do mundo os
homens que participaram desses eventos, dando isenção à posteridade para fazer a verdadeira
HISTÓRIA.