Adega - Edição 170 (2019-12)

(Antfer) #1
ADEGA
>>
Edição 170
16

MUNDOVINO
|


EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Em uma decisão proferida no dia 12


de novembro de 2019, o Tribunal


de Justiça Europeu declarou que “os


alimentos originários dos territórios


ocupados pelo Estado de Israel devem


conter a indicação do seu território


de origem, acompanhado, se esses


alimentos provêm de um assentamento


israelense dentro daquele território,


pela indicação dessa proveniência”.


A decisão veio depois de um


processo instaurado pela vinícola


Psagot em 2017 contra o governo


francês, depois que a França se tornou


o primeiro país a aplicar as diretrizes


da União Europeia (EU), que


declaravam que os alimentos feitos nos


assentamentos deveriam ser rotulados


como tal. Especialistas acreditam


que o julgamento provavelmente terá


implicações políticas.


Atualmente, a União Europeia


considera a Cisjordânia (onde fica a


vinícola Psagot) e Gaza como parte


do estado da Palestina. No entanto, o


território foi ocupado por Israel desde


a Guerra dos Seis Dias de 1967. A UE


acredita que essa ocupação é ilegal, o


que é contestado por Israel.


Os industriais bilionários da família


Perrodo pagaram cerca de € 60 milhões


pelo Château La Tour de Mons, o


que foi tido como a maior transação


de compra e venda em Bordeaux em



  1. A propriedade tem 58 hectares


e era do banco francês Crédit Agricole


desde 1995. O château de Margaux


remonta ao século XIII, mas não está


na lista de 1855 de Bordeaux.


A venda marca a quinta aquisição


de vinhedos em Bordeaux, em 30


anos, da família Perrodo. Em 1989,


Hubert Perrodo comprou o Château


Labégorce. Em 2002, adquiriu


L’Abbé Gorsse De Gorsse. Em 2005,


Labégorce Zédé. O objetivo era


unificar os três vinhedos, divididos


pela história, em uma propriedade,


o Château Labégorce. Em 2006,


comprou-se o Château Marquis


d’Alesme, por € 25 milhões de euros.


D.O. “Assentamento Israelense”


Vinícola é obrigada a rotular vinho com indicação


de assentamento na Palestina


O tribunal decidiu que, em


primeiro lugar, a falta de indicação do


local de proveniência “pode induzir


os consumidores a acreditar que esses


gêneros alimentícios têm um país de


origem ou um local de proveniência


diferente de seu verdadeiro país de


origem ou local de proveniência”.


A decisão foi condenada pelo


governo de Israel e pelo CEO da


Psagot, Yaakov Berg. O Ministério


das Relações Exteriores de Israel disse


que “rejeita fortemente” a decisão,


afirmando que “serve de ferramenta


na campanha política contra Israel”.


O ministro das Relações Exteriores,


Israel Katz, comentou: “A decisão


do Tribunal de Justiça Europeu é


inaceitável, tanto moralmente quanto


em princípio. Pretendo trabalhar


com os ministros das Relações


Exteriores da Europa para impedir


a implementação dessa política


gravemente falha, o que contradiz


a posição da Europa de que uma


solução para o conflito deve ser


avançada por meio de negociações


diretas e incondicionais, e não por


meio de decisões legais”.


A maior venda


Grupo adquire Château histórico


de Bordeaux

Free download pdf