Sabor Club - Edição 37 (2020-02)

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A mais pura conexão
Antenada com o que se faz de mais relevante mundo afora,
a chef Vivi Gonçalves eleva ainda mais o padrão da sua comida

Ir ao pequeno restaurante da chef, numa esquina
arborizada e gostosa do descolado bairro da Vila Madalena,
em São Paulo, faz tempo, é a garantia de ter uma das
melhores experiências da boa mesa, na capital paulista.
Desde sempre, a Vivi vem apresentando a sua vanguarda
vegetal, com a valorização do que vem da terra, com
intervenções mínimas, porém muito significantes.
Recentemente, num domingo chuvoso e gostoso,
passei por lá, em busca de algo leve, sem compromisso.
Na mesinha encostada na janela, encontrei muito mais do
que isso. À mesa, além de um belíssimo tinto natural, que
escolhi sem dificuldade na belíssima carta da sommelière
Analu Torres, uma das grandes especialistas quando o
assunto são vinhos vivos, me deparei com uma inesperada
evolução de forma e de sabor na gastronomia da Vivi.
O que parecia improvável agora se dá com composições
mais objetivas, mais fáceis de serem compreendidas e,
consequentemente, com a capacidade de nos causar ainda
mais impacto. O curioso é que apesar de tanto sabor, tanta
estrutura, os pratos da chef são absolutamente suaves, com
uma elegância rara de ver. Seja num peixe com legumes ou
num arroz de cordeiro ou no doce de coco, servido quente.
Conversa vai, conversa vem, a gente, leve como um
pluma, vai ficando, comendo num ritmo tranquilo, como o
corpo e mente adoram. Saí de lá flanando.
Chef Vivi – R. Girassol, 833, Vila Madalena, São Paulo – SP

No lugar do

porco, peixe

Os pescados ganham forma pouco

vista em nova casa dedicada a eles

O nome não poderia ser mais

apropriado: Cais. No caso, em

plena capital paulista, bem longe

do mar. Mas o restaurante do

jovem chef Adriano Laurenttis é

lugar onde desembarcam boas

ideias com os produtos que

vêm da nossa costa. Linguiça

normalmente é feita com carne de

porco, certo? Aqui, não.

É feita com aparas de atum.

A francesa rillette também, n’est-ce

pas? A do restaurante é feita com

peixe defumado. Esta e outras

ousadias são a base do cardápio

da casa, que conta também com

vegatais sazonais não só crus

como transadinhos, aqui e ali,

como nos croquetes de abobrinha.

Com visual clean, mas que nos

leva ao aconchego, o Cais já

pegou. Costuma ter filas na porta,

mas a espera, pelo inusitado da

experiência, vale a pena.

Cais – Rua Fidalda, 314,

Vila Madalena, São Paulo – SP.

Tel.: (11) 3819-

A critividade da turma do Pabu Izakaya, no Rio, não

tem fim. Além dos pratos tão saborosos quanto inusitados,

dia desses surgiu a carcaça de um xarelete frita e crocante,

oferecida (sim, sem custo) para os clientes que estavam

no simpático balcão em “u” do boteco.

Sobe

3

FRIDA & MINA

(SP) – A sorveteria

mais premiada de São

Paulo criou o laranja com

castanha de caju para

a inauguração da sua

segunda loja. Fez tanto

sucesso que passou a ser

servido também na matriz.

2

VERO GELATO

(RJ) – A gelateria

mais legal do Rio não para

de aprontar as suas: lançou

agora o gelato de jamelão.

Lindo, né? É bem gostoso

também – e vegano, a

quem interessar possa.

1

ALBERO DEI

GELATI (SP) –

O maracujá incrivelmente

cremoso é a pedida da

estação na filial brasileira

da famosa gelateira

italiana. Aqui, tudo é

orgânico, feito no

maior capricho.

()

3

sorvetes

para provar

COMER FORA

(^) S
ão (^) Paulo – SP
Chef^ Vivi
Cais
São
(^) Paulo –^ SP
por Robert Halfoun