Sabor Club - Edição 37 (2020-02)

(Antfer) #1
da Mariana Correa, que faz a fina confeitaria Foi ela a responsável por virar a cabeça francesa na terra do doce de leite

Era uma vez uma torta de frutas
por Robert Halfoun

O chef Felipe Schaedler saiu
de Manaus para mostrar
como se faz uma boa comida
amazônica em São Paulo.
A barriga de Tambaqui na
brasa e o Matrinxã recheado
com farofa são pratos que não
se pode deixar de comer.

A chef Tássia Magalhães ganhou
um monte de prêmios
com a sua cozinha
refinada até
que deu uma
reviravolta e
abriu uma
casinha para
fazer arroz
de panela,
num estilo
bem caseiro.
Como tem mãos
de anjo, elevou o
próprio estilo com uma
simplicidade (aplicada a partir de
muito conhecimento) contagiante.

Quando menina, a jovem
Nathalie Passos “mimava os
vegetais”. Hoje, faz comida
natural democrática e
com assinatura,
indicando um
longo caminho
que vem por aí.

A patissiere Mariana Correa
formou-se na escola Cordon Bleu,
em Paris. Agora, usa a técnica
apurada para fazer doces franceses
com os ingredientes daqui e com
uma graça mineirinha, como ela.
Nome para ficar de olho em 2020.


Rafa Brito, padeiro e mentor
da Slow Bakery, no Rio, faz o
melhor sourdough do Brasil. E
faz sucesso. Tanto que descobriu
que, sim, é possível fazer um
produto de alta qualidade, em
grande escala. Um exemplo
para todo o segmento da
alimentação. “A quem interessa
o discurso que o artesanal tem
que ser pequeno?”, diz.

O mais importante festival
de gastronomia do país
fez a primeira edição do
Cultivar – Conversas sobre
gastronomia da origem ao
prato, evento valiosíssimo
que promove reflexões
sobre o que acontece e o
que vai acontecer na nossa
gastronomia. Em 2020
tem mais.

Banzeiro


Riso.e.ria Naturalie


La Parisserie


Slow Bakery


Fartura


MUITO ANTES DO CULTO A PRODUTOS E PEQUENOS produtores, o Fartura – Comidas do Brasil já entrava país adentro para revelar de onde a nossa comida vem, quem faz, como é feita,
qual é o manejo de cultivo, o impacto social e por aí vai. festival de gastronomia do país com a table books com uma A ideia visionária deu origem não só ao mais importante
documentação preciosa dos personagens tão ricos quanto desconhecidos, espalhados do interior ao litoral. Agora, o Fartura vai além e lança o seminário Cultivar –
Conversas sobre gastronomia da origem ao pratogente da pesada como o doutor em sociologia Carlos Alberto Dória, um dos grandes pesquisadores e pensadores da , no qual reúne
comida feita no Brasil, chefs, produtores e mestres do Senac MG para debater e refletir sobre temas relevantes que nos

dão um panorama de onde realmente estamos e para onde vamos no cenário gastronômico nacional.A primeira edição do seminário aconteceu, durante dois
dias, no auditório da sede da TV Globo, em Belo Horizonte. Sabor.clubpela curadora gastronômica do Fartura, Luiza Feccarota, e esteve lá para acompanhar os temas selecionados
resume nas próximas páginas muito do que foi apresentado. logo na abertura, definiu bem a essência do momento: Rodrigo Ferraz, o mentor do Fartura, 22 anos atrás,
“A ideia deste encontro é nos ajudar a decorar a gastronomia. Não no sentido de adornar ou memorizar. Mas utilizando a origem da palavra, em latim, que é guardar no coração.
Comida é quando o alimento vira cultura, conhecimento. E conhecimento bom é aquele compartilhado”.

“Comida é
quando o alimento
O mais importante festival de gastronomia do país, vai além vira cultura”
do evento e promove reflexões sobre o que acontece e o que vai acontecer na nossa gastronomia

Fartura

por Robert Halfoun
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