Sabor Club - Edição 36 (2020-01)

(Antfer) #1

16 | Sabor. club [ ed. 36 ]


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Com um maior volume
de produção, precisa
vender mais e tem uma
ideia inovadora: produz
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sobre o seu produto e
os lança de um avião
sobre pontos da capital
paulista. Consegue
apresentar o panetone
para muita gente e
vende o seu estoque
em três dias.


  • Almanaque –


2


Ele consegue receber o dinheiro
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Percebe que os brasileiros não
conheciam o pão com uvas passa
e frutas cristalizadas, tão famoso
na sua terra.

1


A história do “panettone” no Brasil
começa em 1948, quando o italiano
Carlo Bauducco vem de Turim para cá,
para cobrar uma dívida de máquinas
de torrefação de café, importadas
por um amigo, também italiano, da
empresa na qual era representante
comercial.

6


Vendo o sucesso
do produto,
o confeiteiro
Armando Poppa
abre a sua
própria doceria,
a Cristallo. Carlo
Bauducco, no
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a receita original
e o seu produto
se mantém
intacto.

7


Já nos mercados,
percebe que o
consumidor gostava
de tocar no panetone,
o que as vezes
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Passa então a
colocá-lo em caixas
de papelão e inova
mais uma vez.

8


Hoje, garante a
fábrica, o panetone
feito pela Bauducco
utiliza o mesmo
processo de
fermentação natural,
responsável pela
leveza do produto.
No total, o preparo
leva 52 horas, o que
garante uma massa
úmida e leve.

9


Atualmente,
o Brasil é o
segundo maior
produtor de
panetone do
mundo, atrás
apenas da Itália.

3


Como não
cozinhava,
Carlo convida
o conterrâneo Armando Poppa,
um habilidoso confeiteiro, para
fazer o pão doce. Também traz
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uma produção modesta do seu
panetone, que rapidamente
fez sucesso.

Como um italiano visionário
“inventa” o panetone
no Brasil

O pão


do Carlo


4


Em 1952, inaugura
a sua pequena
confeitaria, a Doceria
Bauducco no bairro do
Brás, em São Paulo,
núcleo de imigrantes
italianos.

Pane di Toni
Há duas lendas sobre a origem do panetone
Ambas são da época de de Ludovico, o Mouro (1452 – 1508). A primeira
diz que um jovem padeiro chamado Toni, teria inventado o pão doce
para impressionar o patrão, pai da sua namorada. O Pani de Toni (depois
panattón, em vocábulo milanês) agradou e ele acabou casando com a
moça. A segunda versão surge de um erro na cozinha da corte, quando
a sobremesa para o Natal dá errado e Antonio, um dos empregados da
cozinha, serve o preparo que havia feito para ele com restos de massa.
Os nobres adoram e passam a chama-lo igualmente de Pani de Toni.

A primeira caixa de
panettone Bauducco, as
latas que são lançadas todos
os anos e as campanhas que
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a que resgata a tradição
da empresa

italianos.
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