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O Nordeste com
bossa e a técnica
apurada de um
chef com a barriga
no fogão, fazem
deste do pequenino
Kalango a melhor
novidade dos
útimos anos na
cena botequeira
carioca. O enredo
tramado por Kátia
Barbosa e Emerson
Pedrosa, ex-
subchef de Roberta
Sudbrack, já fez
o emotivo Claude
Troisgros chorar
num almoço. Tem
feijão fradinho na
panela de barro, tem
mungunzá salgado
com mocotó. Tem
moqueca de ovo,
tem ceviche de
banana. Rua Joaquim
Palhares, 513. Tel.:
(21) 2504-
Não há no mundo
outra cidade onde
possa nascer uma
Casa Porto. O centro
cultural criado pelo
produtor e escritor
Raphael Vidal em belo
sobrado do Largo
de São Francisco da
Prainha, na histórica
região portuária, foi
transformado por ele
em botequim com
cardápio mutante
de pratos feitos e
petiscos inspirados nas
comidas de rua da área. O
quadro negro no pé da escada traz frases
bem humoradas como “Sobe que eu te
escuto”, e os petiscos são anunciados a
cada dia no Instagram. Do bolinho de
feijão tropeiro às moelas à parmegiana.
Isso tudo funcionando no meio de uma
biblioteca com direito a mesa de totó
(pebolim), rodas de samba e canjas
incríveis como a de Jorge Ben Jor, que
deu pinta outro dia no salão.
Largo São Francisco da Prainha, 4,
Saúde. Tel.: (21) 99816-
Que tal traçar açorda de bacalhau no azeite
com gema na mesa 13, onde já comeram
Pelé e Roberto Carlos? O móvel veio do
célebre Antiquarius, arrematado em
leilão pelo cearense João Paulo, responsável
pela reforma que salvou da extinção o bar
emblemático de 1952, templo da culinária
portuguesa na Zona Norte. No balcão
permanece a chopeira de bronze com 70 anos
e serpentina de 90 metros no gelo, e os bolinhos de bacalhau
voltaram aos melhores dias. O salão do restaurante ganhou
ar-condicionado e na cozinha está Seu Antonio, que esteve
por 20 anos no requintado Satyricon. A tijelinha de
polvo em alho e bacon é de virar a cabeça, antecedendo
a gloriosa cataplana de frutos do mar. Dica: pergunte pelo
torresmo de bacalhau, feito com a pele do bicho.
Rua São Luiz Gonzaga, 2.156, Benfica. Tel.: (21) 2026-
O
Qu
co
P
c
l
p
em
port
perman
Quando Kátia
Barbosa passou o
pequeno imóvel
onde iniciou seu
Aconchego Carioca
às amigas Valéria
e Mariana, mãe e
filha chegadas na
cozinha, ninguém
imaginava
que o Bar da
Frente nasceria
com uma das
melhores comidas
de boteco da
cidade. Baseadas
em receitas da
família, as duas
criaram petiscos
aplaudidos como
o Fofinho de
Camarão, um
bolinho de
chuva recheado,
e o Porquinho
de Quimono,
harumaki de
costelinha
defumada com
requeijão, alecrim
e molho de
melado. O fondue
de coxinhas para
o trânsito quando
elas chegam
espetadas para a
gente molhar no
requeijão com
vinho branco. Uma
carta exclente de
cervejas artesanais
completa a
experiência.
Rua Barão de
Iguatemi, 388,
Praça da Bandeira.
Tel.: (21) 2502-
Roteiro
