VIDA DE FOTÓGRAFO
diferenças humanas desde a infância
e ver a beleza de tudo isso”, diz ela.
Caçula de três irmãos, a
fotógrafa se viu envolvida com
a necessidade de celebrar a vida
e a família. Quando tinha 3 anos
A fotógrafa
também costuma
atender clientes
fora do padrão
físico estabelecido
pela sociedade
Criança clicada por
Maria Paula: condição
de cadeirante confere
um olhar único
direção
Maria Paula
utiliza muito as
mãos para indicar
as poses que
deseja
A fotógrafa avalia que ainda
existe um olhar preconceituoso
sobre as pessoas com necessidades
especiais, seja no mercado de
trabalho, na mídia, na arte ou
na sociedade. “Procuro trazer a
diversidade para o meu trabalho.
Quero abrir espaço para a inclusão
e mostrar do que nós, deficientes,
somos capazes”, comenta. Ela admite
que no início da carreira teve receio
sobre como os clientes poderiam
encará-la como profissional por
conta da condição de cadeirante.
Pouco a pouco entendeu que,
por estar no lugar de uma pessoa
fora do padrão imposto pela
sociedade, poderia proporcionar
um olhar único a um determinado
público. Assim, passou a oferecer
ensaios voltados para pessoas com
deficiência e, com isso, ganhou mais
visibilidade. “Infelizmente, muitos
adultos e crianças são excluídos
do mercado fotográfico e perdem
momentos da vida. Meu projeto é
voltado para sessões com gestantes
e crianças com ou sem deficiência.
LUTA CONTRA O PRECONCEITO
As crianças que têm limitações
físicas não se diferem de outras no
comportamento, cada uma tem seu
jeito, sua personalidade. A questão
é saber conversar, ter paciência.
É preciso saber reconhecer as
Fotos:
Maria Paula Vieira