Fotografe - Edição 279 (2019-12)

(Antfer) #1

uma grande bagunça”, comenta.
Gibson ainda não “organizou” o
próprio trabalho em livros autorais ou
exposições. A dimensão comercial de
sua atividade está ligada à curadoria e
ao ensino. Ele dá cursos sobre fotografia
de rua e tem publicações paradidáticas
sobre o tema. Também auxilia fotógrafos a
editarem seus trabalhos.
Seu estilo e sua abordagem mudaram
bastante ao longo dos anos. “Estou
sempre buscando escapar do que já
fiz, tento experimentar novas formas.
Atualmente tenho me envolvido bastante
com a abstração, inspirado por fotógrafos
como Ernst Haas, Mario Giacomelli e,
mais recentemente, Saul Leiter e Gueorgui


Pinkhassov. A fotografia abstrata é um
escape e uma experimentação”, avalia.

CÂMERA COMPACTA
Atualmente, a câmera que David Gibson
usa com mais frequência é a compacta
Fuji X100T. Ele iniciou na fotografia com
uma Nikon FM2 e, com a chegada do
digital, migrou para câmeras DSLR da
Canon. “Acho que as câmeras digitais
trazem muitas regulagens. Às vezes parece
que estou na cabine de controle de uma
aeronave, tamanha a quantidade de botões
e alavancas. Para mim o equipamento tem
de ser simples de usar. Migrei para a X100T
por ser uma câmera menor, que não chama
muito a atenção. Mas nenhuma câmera é

David Gibson
recomenda aos
interessados em
se especializar
na fotografia de
rua que tirem
os olhos dos
monitores e
busquem por
referências
impressas

Duas imagens captadas em Londres por David Gibson: para o fotógrafo britânico,
o equipamento deve ser pequeno, para não chamar a atenção, e simples de usar

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