Melvin Quaresma
chama esse tipo
de produção de
fotografia do
cotidiano: são
imagens feitas no
dia a dia, sem a
pretensão de se
transformar em
algo aprofundado
Ao lado, cena
captada no interior
de um comércio;
abaixo, senhora e seu
guarda-chuva em
composição dinâmica
segmentadas. Costumo chamar esse
tipo de produção de fotografia do
cotidiano, pois é realizada no dia a
dia e sem a pretensão imediata de
se tornar uma série ou algo mais
aprofundado”, conta Quaresma.
Das suas incursões pelas ruas da
capital paranaense, surgiu a ideia de
fazer uma série de retratos, intitulada
Centrais. Os personagens são
retratados com luz artificial – um flash
compacto dedicado utilizado com
sombrinha, fora da câmera. Todos
os retratados foram encontrados,
abordados e fotografados na rua.
Dentre os fotógrafos de rua cujo
trabalho Quaresma mais admira
estão os brasileiros Carlos Moreira
e Gustavo Minas e a americana
Vivian Maier, que trabalhava como
babá em Chicago e fotografava
nas horas vagas, tendo deixado um
enorme acervo de cenas de rua e
autorretratos, “descoberto” apenas
depois de sua morte.