Fotografe - Edição 279 (2019-12)

por locais não convencionais, como
corredores, cantos ou banheiros”, diz ele.
Para obter bons resultados com a
iluminação natural, ele usa algumas
ferramentas importantes, como o tripé
e o disparador por controle remoto sem
fio. Isso garante estabilidade na hora de
fotografar em baixa velocidade – recurso
muito usado por ele, que costuma clicar
os ensaios com ajustes no obturador
variando entre 1/10s e 1/60s.
Além disso, o uso do tripé leva a
enquadramentos equilibrados e mais
bem pensados, além de assegurar mais
nitidez, principalmente porque ele usa
sensibilidades de ISO baixas para não
gerar ruído digital. O especialista explica
que trabalha com basicamente três
lentes: a 50 mm f/1.4, a 85 mm f/1.4 e a

Com luz

natural, uso sempre

a câmera no tripé e

disparo via controle

remoto sem fio. Isso

me garante poder

usar velocidade e

sensibilidade ISO

mais baixos

Fabio Hashimoto

70-200 mm f/2.8. A preferência por lentes

luminosas é pela vantagem de poder

isolar as modelos com enquadramentos

mais fechados e conseguir um efeito de

desfoque mais acentuado em ambientes

“visualmente poluídos”, possibilitando

assim que nada tire a atenção do assunto

principal em ambientes com muitos

elementos na composição.

“Testei flashes e rebatedores muitas

vezes e percebi que esses recursos não

atendem à minha expectativa quanto

ao tipo e à qualidade de iluminação em

comparação com a luz natural. São raros

os casos em que uso um softbox caseiro

para simular uma luz de corredor quando

não há luz disponível. Porém, procuro

sempre prezar apenas a iluminação

natural”, comenta.

Corredores (foto ao

lado) e banheiros são

alguns dos lugares

com luz natural usados

pelo fotógrafo

Fotos:

Fabio Hashimoto