28 Fotografe Melhor no 281
O fotógrafo foi
convidado a
cobrir os Jogos
Paraolímpicos
no Rio, acabou
chamando
a atenção
da imprensa
internacional e
virou notícia
Acima, paratleta
cadeirante vence
prova de velocidade
no evento Open
Brasil Internacional
CPB, em São Paulo,
disputado em 2018
Ex-paratleta no atletismo (em arremesso
de peso e lançamento de dardo e disco), a
prática na fotografia esportiva veio com o
registro de amigos em competições até que
um convite inesperado o colocou dentro
das arenas dos Jogos Paraolímpicos do Rio,
em 2016. Por meio de um projeto, ele e
outro fotógrafo deficiente foram escolhidos
para fotografar o evento.
No Rio, Maia foi descoberto pelo
francês Christophe Simon, diretor de
fotografia da Agência France-Presse (AFP):
“Ele passou o dia todo me acompanhando,
me deu um colete de imprensa da agência,
comprou minhas fotos e publicou uma
reportagem sobre meu trabalho, que
circulou em diversos países”, lembra.
A fama repentina teve repercussão
positiva para a carreira dele: depois de
revelado pela agência francesa, Maia deu
entrevistas na TV Globo (no Fantástico, no
Programa da Fátima Bernardes e no Globo
Repórter). Também vendeu muitas imagens,
incluindo uma reportagem em uma revista
de esportes japonesa, que lhe renderam
uma exposição no Japão – a história de vida
dele foi pauta em cerca de 30 veículos de
imprensa estrangeira.
A partir daí, o trabalho de João Maia
não ficou limitado a fotografar. Ele passou
a dar palestras motivacionais para equipes
de empresas como Google, Senac, Grupo
Gerdau e Bayer. Também foi convidado
a integrar o Conselho de Curadores da
Fundação Dorina Nowill para Cegos.
Em 2020, ele começou a campanha
“4 sentidos e uma visão” com o objetivo de
arrecadar fundos para realizar o sonho de
NOS JOGOS PARAOLÍMPICOS