Fotografe Melhor no 281 37
Acima, Serpente,
criada a partir
de óxido de
titânio; ao lado,
recipiente com
amostra sendo
colocada na
câmera a vácuo
do microscópio
Abaixo, Ricardo
Tranquilin (em
pé) e Rorisvaldo
Camargo na
colorização de
uma imagem
imagens e selecionamos as que nos
parecem promissoras para a criação das
fotografias pela forma e similaridade com
objetos que conseguimos ver no mundo de
escala real”, diz ele. Depois de selecionadas,
elas passam por softwares para a
colorização. Cada material estudado no
laboratório apresenta uma forma diferente,
e pode acontecer de um mesmo material
ter diversas formas, dependendo de como
ele foi processado ou sintetizado. “Nós
apenas temos que ter o olhar apurado para
percebermos se ela pode ou não gerar uma
bela imagem”, informa o técnico.
As nanofotografias recebem um nome
acompanhado do composto químico que
deu origem a elas. Exemplo: a imagem
Serpente lembra uma cobra e é oriunda do
composto químico óxido de titânio, muito
utilizado na composição de protetores
solares. A ideia dos cientistas de São Carlos
ao criar imagens de viés artístico é chamar
a atenção tanto para a ciência moderna
quanto para seus meandros invisíveis. “O
mundo ganha a cada dia mais produtos
com aplicação da nanotecnologia. São
tecidos com proteção solar, cosméticos,
medicamentos, peças para computador e
de muitas outras áreas. A nanoarte é uma
forma poética de chamar a atenção para o
caminho que a ciência está seguindo, abrir
as portas dos laboratórios para um público
que está fora das universidades e dos
centros de pesquisas”, comenta Tranquilin.
Fotos:
André Ferreira
Imagens:
Rorivaldo Camargo/Ricardo Tranquilin