Sabor Club - Edição 38 (2020-03)

(Antfer) #1
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Parque de diversões
Restaurante, bar, balada... A casa em Ipanema é tudo ao
mesmo tempo, sem abrir mão de uma comida boa de verdade


Quando um chef diz que faz comida sem invenções
para divertir, num misto de bar com música alta,
restaurante e terraço, em Ipanema, há motivos para manter
um pé atrás. Muitas coisas abrem no Rio querendo ser
muitas coisas, se é que os amigos me entendem, e acabam
não sustentando padrão algum.
Com o chef Bruno Katz à frente desse parque de
diversões, e o bartender Daniel Estevan cuidando do que
é líquido, o Nosso causa supresas e seduz noite adentro
quem chegou só a fim de um petisco no caminho de casa.
Foi o meu caso em noite no início da semana, relaxado
no sofá diante da ostra com sorbet de manga picante,
espuma de limão e pipoca de quinoa. A boca instigada
pediu mais e vieram petiscos de ingredientes fresquíssimos,
técnica e precisão, da barriga de porco no bun às lulas
estalando na farinha de semolina.
O caminho era inevitável ao balcão, onde os drinques
da carta de verão são leves mas cheios de camadas no
paladar, daqueles que fazem a cabeça funcionar no gole.
A poucos metros, Bruno servia pela cozinha aberta o
menu degustação de sete passos oferecido para apenas
quatro pessoas, num instigante conceito de haute cuisine.
Precisamos checar isso. (PL)


R. Maria Quitéria, 91, Ipanema, RJ. Tel.: (21) 99619-


Olho nela
A jovem Giovanna Grossi ousa
e chega para dar o que falar

O primeiro restaurante da
jovem Giovanna Grossi nasceu
badalado. Isto porque a cozinheira
de 28 anos ganhou a etapa
brasileira do concorrido Bocuse
D’or, um dos maiores concurso de
gastronomia do mundo.
Depois disso, para ir a final
mundial, foi treinada por um time
de craques, incluindo o nosso gran
mestre Laurent Suaudeau.
A influência do francês é clara na
execução dos pratos, embora eles
tragam um acento brasileirinho,
com passagens por Minas e pelo
Nordeste (Giovanna é alagoana).
Todos servidos em pequenas
porções para compartilhar. A
ideia é proporcionar um passeio
aleatório pela cozinha autoral
da chef. No começo é estranho,
no fim é divertido. Há altos
(como a surpreendente vagem
com mostarda, azeitona preta,
castanha de caju caramelizada e
queijo) e baixos (como o tartare
de carne com maionese e casca de
laranja) que nos deixam com uma
certeza: Giovanna tem um longo e,
provavelmente, belo caminho
pela frente.
Animus – Rua Vupabussu, 347,
Pinheiros, São Paulo – SP

A filial do A Baianeira, no Masp, em São Paulo, é tudo o que
o principal museu da capital paulista precisava e não sabia.
A comida da Manuelle Ferraz é primorosa, com influências
mineiras e baianas, às vezes, no mesmo prato.

Sobe
3

ALICE QUINDINS
(SP) – O nome
entrega a especialidade,
feita com esmero e receita
que realmente beira
a perfeição.

2


MENININHA
DOCES (RJ) –
A mineira D. Ilda Menezes
Silva está do lado do
restaurante Guimas, um
clássico carioca. Lá, ela
mesma faz e serve, entre
outros, dois amores, olho
de sogra e um camafeu de
tirar o chapéu.

1


DOCE DE LAURA
(SP) – Os docinhos
da D. Laura Estima faz
sucesso desde ela abriu
uma lojinha na Vila
Madalena. Cresceu,
mudou para um lugar
maior, mas os enrolados,
como os brigadeiros e
beijinhos, continuam
apaixonantes.

3


docinhos
para sonhar

COMER FORA


Rio

de (^) Janeiro – R
J
Nosso
por Robert Halfoun
com Pedro Landim
Animus
São
(^) Paulo –^ SP

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