Aero Magazine - Edição 309 (2020-02)

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MAGAZINE 309 | (^23)
qualquer um dos quatro modelos
com o mesmo grupo de pilo-
tos – e o maior número possível
de peças compatíveis entre si. A
principal diferença em relação ao
A320 consistia em uma fuse-
lagem 6,94 metros mais longa.
Foram instaladas novas portas de
emergência à frente e atrás das
asas. Os tanques de combustível
sofreram pequenas modificações.
As asas ganharam novos flaps
“double slotted”. Modificações
nos bordos de ataque e de fuga
determinaram um pequeno
aumento da área alar. Os motores
eram versões dos IAE V-2500 e
CFM-56 que equipavam os A320,
200, este se manteve claramente
superior quando o assunto era a
combinação payload e alcance,
que chegava a até 7.400 quilô-
metros.
Ao longo dos anos 2000, o
A321 recebeu diversos aperfei-
çoamentos aerodinâmicos, em
sistemas e motores, incluindo o
mais notável deles, a adição dos
“sharklets”, que aumentaram a
envergadura para 35,8 metros
e proporcionaram um ganho
geral de eficiência em torno de
5%. Apesar de ser um avião até
popular entre as empresas euro-
peias, as vendas do A321 tiveram
um desempenho relativamente
modesto quando comparado ao
de seus irmãos (A320 e A319),
correspondendo a cerca de 22%
do total de entregas da família
até o final dos anos 2000.
REMOTORIZAÇÃO
Em dezembro de 2010, a Airbus
anunciou o lançamento do
A320neo (New Engine Option),
uma versão do seu bem-suce-
dido narrowbody equipada com
novos motores. A promessa
era de redução dos custos por
assento em até 20% comparado à
geração anterior. Definitivamen-
te, um movimento ousado do
consórcio europeu, que teve um
grande aumento de encomendas
e tornou a família A320 um dos
maiores sucessos de todos os
tempos, ultrapassando, em enco-
com o empuxo aumentado para
até 31 mil libras.
O trem de pouso e a se-
ção central das asas ganharam
reforços para suportar o maior
peso máximo de decolagem,
que, inicialmente, era de 83
toneladas. Tendo basicamente a
mesma capacidade de combus-
tível do A320 (porém, com um
peso maior), o alcance acabou
sendo reduzido, para cerca de
3.900 quilômetros. A capacidade
de passageiros variava entre 185
e 220 assentos. Foram produzi-
dos 90 exemplares dessa versão
inicial, entre 1993 e 1997.
Nesse ínterim, em 1995, sur-
giu a versão -200 com opção de
instalação de um tanque central
adicional (Additional Center
Ta n k ou ACT) no porão de carga
traseiro, elevando a capacida-
de de combustível em cerca de
2.990 litros. O MTOW subiu
para até 89 toneladas. Já a partir
do ano 2000, foram disponibili-
zados motores mais potentes, de
até 33.000 libras, o que, aliado
à possibilidade de instalação
de um segundo ACT, elevou o
MTOW para 93,5 toneladas.
O alcance saltou para 5.560
quilômetros, o que possibilitou
executar voos transcontinentais
nos Estados Unidos com payload
máximo em qualquer época do
ano. Apesar de ter uma capaci-
dade de passageiros similar à de
seu grande rival, o Boeing 757-
Mudanças em relação
ao A320: Maiores
velocidades de flaps,
alterações no sistema
de combustível e novo
layout das portas

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