Aero Magazine - Edição 308 (2020-01)

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Os dirigíveis se dividem em
quatro tipos, de acordo com
o método de manutenção do
formato do invólucro: flexí-
veis (também chamados “não
rígidos” ou “blimpes”), semir-
rígidos, metálicos e rígidos (ou
“zepelins”). Nos dirigíveis flexí-
veis, a pressão do gás encerrado
no envelope é suficiente para
manter a forma do revestimen-
to. Nos semirrígidos, uma viga
interna de metal ou madeira,
unindo a popa à proa, ajuda
a pressão interior a assegurar
os contornos do balão. Nos
metálicos, é empregado, como
envoltório, um balão formado
por placas de metal muito finas
e herméticas. E, nos rígidos,
todo um arcabouço interno

de metal garante o formato da
aeronave, mesmo quando vazia
de gás. A ordem de aparecimen-
to desses dirigíveis é justamente
esta, apresentada.

OS BLIMPES
Foi Henri Giffard (1825-1882)
quem, em 1852, criou e pilotou
o primeiro dirigível sem “rigi-
dificação” da história, movido
a vapor. Ele, porém, não é consi-
derado o inventor desse tipo de
aeronave porque o veículo era
lento e não conseguir avan-
çar contra brisas. O primeiro
blimpe verdadeiro surgido foi
o No 6 , do brasileiro Alberto
Santos Dumont (1873-1932),
dotado de um motor a gasolina
de 20 cavalos-vapor. O aparelho

possuía 33 metros de compri-
mento, 6 metros de diâmetro e
622 metros de cubagem.
Em 19 de outubro de 1901,
em uma prova supervisionada
por uma comissão científica do
Aeroclube da França, Santos
Dumont contornou a Torre
Eiffel com o aparelho e provou
poder enfrentar o vento. Pela fa-
çanha, ele foi declarado, no dia
4 do mês seguinte, o ganhador
do Prêmio Deutsch, de cem mil
francos, destinado àquele que
realizasse um voo dirigido de 11
quilômetros no tempo máximo
de meia hora, cumprindo traje-
to preestabelecido.
Nos blimpes, a forma do
invólucro pode ser assegurada
só pela pressão do gás interior,

O Lébaudy em
pleno voo sobre
Paris, pilotado
por Georges
Juchmès e
Antoine Rey
(1903)

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