Editorial
Sempremeperguntei,aolongo
davida,desempenhandomeuspapéis
de professora, mãe e agora avó, em
que mundo eu gostaria que as
criançasvivessem.
Ainda jovem e cheia de
esperança,eu queriaummundo cor
derosa.Hoje,commaisexperiênciae
vivência,seiqueissoéimpossível,um
sonho queprovavelmente nãovaise
realizar,pelomenosenquantoestiver
apoiadoemvelhosparadigmas.
Estemundoobsoleto,ondenão
quero que nenhuma criança viva,
precisa passar por uma total
desconstrução. Cada tijolo, cada
pedra erguidacom aquelepropósito
machista e opressor, agora precisa
cair.
Naediçãodestemês,propomos
essa reflexão aos leitores. Para isso,
entrevistamos a psicóloga feminista
Lavínia Palma, que é também
curadora do Clube de leitura Minha
Pequena Feminista e deu muitas
dicas sobre o tipo de leitura que
devemos oferecer àscrianças, sejam
meninosoumeninas.
Tambémbuscamospequenose
jovens leitores para nos dizerem o
tipo de conteúdo que estão
escolhendo para suas leituras.
Destacamos uma autora infantil e
uma editora infantojuvenil que se
preocupam com o tipo de conteúdo
que oferecem às crianças. E temos
muitasdicasdelivros,atéalgunsque
trabalham as emoções, para essa
turminha, que adora ler, ganhar de
presente.
A literatura cura, diz Chris
Bueno emsua coluna; é a literatura
que reforça os laços de amor por
aquelesque tudofazemos,diz Paulo
Mauáemsuacrônica.
Essa é nossa contribuição à
desconstruçãodasantigasestruturas
para que as crianças pensem,
questionem e transformem-se em
umageraçãoadulta que nãoengole
qualquermentiraquelheécontada.
Fizemos com carinho, espero
quegostem.Boaleitura...