O Estado de São Paulo (2020-03-12)

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O ESTADO DE S. PAULO QUINTA-FEIRA, 12 DE MARÇO DE 2020 Economia B9


http://www.rni.com.br

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2019

Mensagem da Administração
Ao longo do ano a RNI executou a estratégia traçada em 2018 e reiterada em 2019 pelo trabalho desenvolvido com o apoio
da McKinsey. O último trimestre foi o maior em termos de lançamentos desde 2014, justamente confirmando que o pior
ficou para trás e a companhia vive hoje um momento de renovação e forte retorno à competitividade no setor imobiliário.
Os lançamentos da companhia foram concentrados em dezembro e, portanto, os números de venda do 4T19 ainda não
refletiram o real impacto desses novos produtos nas praças. Por isso, para o 1T e ano de 2020 as expectativas são de
crescimento expressivo em vendas, principalmente na linha de produtos enquadrados no MCMV.
Apesar da expectativa de forte expansão operacional ao longo de 2020, destacamos também o crescimento apurado em
2019, com lançamentos e vendas líquidas crescendo 15% e 26%, respectivamente. Ambos impulsionados pelos
crescimentos de 42% e 109% no segmento core da companhia, o MCMV.
Em termos de resultado, apuramos no 4T19 lucro líquido de R$5,3 milhões, levando então o resultado acumulado da
companhia ao ponto de inflexão após 3 anos consecutivos de prejuízo líquido. Essa retomada na DRE é fruto de diferentes
avanços operacionais e financeiros comentados detalhadamente a seguir neste release. Em suma, a recuperação da RNI é
consequência de melhor quantidade e qualidade na venda, redução de distratos, ritmo forte nas obras, controle rígido de
despesas, custos e saneamento financeiro do endividamento.


Conforme mencionado, em 2019 o resultado líquido encontrou seu ponto de inflexão. A evolução é constante e evidente,
conforme o gráfico do resultado líquido acumulado em 12 de meses (LTM - Last Twelve Months) abaixo:

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

150

100

50

0

-50

-100

-150

Resultado Líquido - Acumulado em    12   Meses (R$MM)

O índice de Dívida Líquida/PL encerrou o trimestre em 47,3%, crescimento de 7,5 p.p. em relação ao 3T19. O movimento
natural de alavancagem reflete o momento atual de retomada da companhia e deve seguir ao longo dos próximos
períodos, direcionando sempre os esforços à avalancagem atrelada a produção. Neste contexto, também destacamos o
excelente trabalho de saneamento financeiro executado, reduzindo ao longo de 2019 a taxa média de dívida de produção
em expressivos 1,7 p.p..

A execução do plano estratégico das macrorregiões se mantém a todo vapor. As mudanças de produto e região já se
refletem no land bank, o qual hoje já é composto majoritariamente por áreas destinada ao MCMV, com sua distribuição
concentrada nas 6 macrorregiões definidas.
A RNI mantém em aceleração seu plano de lançar R$1 bilhão VGV/ano no interior do Brasil.

A Administração

DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhares de reais
Atribuível aos controladores Participação de
acionistas não
controladores
em investidas

Total do
patrimônio
líquido

Reservas de lucros
Capital
social

Reserva
legal

Retenção de
lucros

Ações em
tesouraria

Prejuízos
acumulados Total
Saldos em 31 de dezembro de 2017 512.438 27.140 117.817 (16.020) – 641.375 8.656 650.031
Opções sobre ações exercidas – – 19 – 19 – 19
Resultado do exercício – – – – (26.095) (26.095) (1.044) (27.139)
Proposta para destinação do prejuízo
Absorção de prejuízos acumulados com reserva para retenção de lucros – – (26.095) – 26.095 – – –
Mutações de patrimônio líquido na participação de não controladores em investidas:
Aumento de participação de não controladores – – – – – – 4.899 4.899
Redução de participação de não controladores – – – – – – (917) (917)
Destinação do lucro líquido de não controladores: – – – – – – (590) (590)
Saldos em 31 de dezembro de 2018 512.438 27.140 91.741 (16.020) – 615.299 11.004 626.303
Venda de ações em tesouraria – – (73) 144 – 71 – 71
Resultado do exercício – – – – 1.609 1.609 (351) 1.258
Proposta de destinação lucro:
Reserva legal – 80 – – (80) – – –
Dividendos mínimos obrigatórios – – – – (382) (382) – (382)
Reserva para retenção de lucros – – 1.147 (1.147) – – –
Mutações de patrimônio líquido na participação de não controladores em investidas: – – – – – – 775 775
Aumento de participação de não controladores – – – – – – – –
Redução de participação de não controladores – – – – – – (3.991) (3.991)
Destinação do lucro líquido de não controladores:
Lucros distribuídos a não controladores – – – – – – (445) (445)
Saldos em 31 de dezembro de 2019 512.438 27.220 92.815 (15.876) – 616.597 6.992 623.589
As notas explicativas da Administração são parte das demonstrações financeiras


BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhares de Reais
Controladora Consolidado
Ativo Nota 2019 2018 2019 2018
Caixa e equivalentes de caixa 4 78.563 37.378 105.927 90.604
Créditos perante clientes 5 27.692 2.545 230.490 129.574
Contas a receber por venda de terrenos 6 994 1.140 3.888 2.149
Imóveis a comercializar 7 30.485 32.970 227.669 220.759
Créditos com terceiros 12 7.045 6.471 14.187 16.779
Despesas a repassar a SPEs 4.663 2.176 4.663 2.176
Despesas comerciais a apropriar 102 469 4.065 5.185
Despesas antecipadas 1.744 788 3.076 1.401
Dividendos a receber 8.1 419 1.884 27 77
Outros créditos 829 1.075 4.409 8.351
Total do ativo circulante 152.53686.896 598.401 477.055
Realizável a longo prazo
Aplicações financeiras 4 3.911 1.730 3.959 1.797
Créditos perante clientes 5 11.566 9.271 282.165 249.025
Contas a receber por venda de terrenos 6 33.424 54.045 94.168 124.718
Imóveis a comercializar 7 169.131 33.725 314.548 181.661
Depósitos judiciais 2.082 1.739 6.850 5.550
Créditos com terceiros 12 5.485 7.703 7.521 7.153
Outros créditos – 1.047 – 9.026
Créditos com partes relacionadas 14 21.557 7.632 2.773 1.226
Instrumentos financeiros derivativo 20 3.626 – 3.626 –
250.782 116.892 715.610 580.156
Investimentos 8 600.927 576.099 111.056 112.605
Imobilizado 9 12.017 12.960 16.963 18.114
Intangível 10 4.508 3.707 4.508 3.707
Total do ativo não circulante 868.234709.658 848.137 714.582


Total do ativo 1.020.770796.5541.446.5381.191.637


Controladora Consolidado
Passivo Nota 2019 2018 2019 2018
Obrigações sociais e trabalhistas 5.931 4.118 7.557 5.693
Fornecedores 2.630 2.486 17.665 15.642
Obrigações tributárias 266 446 2.716 2.157
Empréstimos e financiamentos 11 33.737 1.728 93.208 98.475
Recursos de parceiros 12 74 144 152 308
Contas a pagar por aquisição de móveis 13 – – 29.156 51.171
Impostos diferidos 15 2.771 1.865 9.317 8.470
Provisão para garantia 16 – – 6.480 8.710
Débitos com partes relacionadas 14 896 1.020 5.214 1.020
Provisão para perdas em investidas 8 7.126 7.250 1.910 1.722
Lucros a distribuir 382 – 382 –
Adiantamento de clientes 21.1 4 593 5.741 17.881
Outras contas a pagar 2.883 2.127 11.114 14.672
Total do passivo circulante 56.70021.777 190.612 225.921
Impostos diferidos 15 994 348 21.857 16.888
Empréstimos e financiamentos 11 181.696 150.948 315.431 219.084
Provisões para riscos fiscais, trabalhistas e cíveis 17 876 869 10.385 11.730
Contas a pagar por aquisição de imóveis 13 163.907 7.313 284.664 91.711
Total do passivo não circulante 347.473159.478 632.337 339.413
Total do passivo 404.173181.255 822.949 565.334
Patrimônio líquido 18
Capital social 18.1 512.438 512.438 512.438 512.438
Reserva legal 18.2 27.220 27.140 27.220 27.140
Retenção de lucros 18.4 92.815 91.741 92.815 91.741
Ações em tesouraria 18.5 (15.876) (16.020) (15.876) (16.020)
Patrimônio líquido atribuível aos controladores 616.597615.299 616.597 615.299
Participação de não controladores em investidas – – 6.992 11.004
Total do patrimônio líquido 616.597615.299 623.589 626.303
Total do passivo e patrimônio líquido 1.020.770796.5541.446.5381.191.637
As notas explicativas da Administração são parte das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO
Em milhares de reais, exceto lucro líquido por ação - Básico e diluído
Controladora Consolidado
Nota 2019 2018 2019 2018
Receita líquida dos empreendimentos vendidos 21 41.936 23.471 319.768 182.606
Custo dos empreendimentos endidos 22 (43.508)(16.117)(235.688)(142.057)
Lucro (prejuízo) bruto (1.572) 7.354 84.080 40.549
Despesas operacionais
Comerciais e vendas 22 (5.107) (2.940) (28.634) (29.071)
Gerais e administrativas 22 (26.720) (29.652) (40.763) (42.856)
Outras receitas e despesas operacionais, líquidas (5.794)(6.742)(12.872) (11.728)
(37.621) (39.334) (82.269) (83.655)
Resultado de equivalência patrimonial 8 58.236 29.322 6.977 9.531
Provisão para passivo a descoberto em investidas 8 (8.273)(14.139) (279) (584)
Participação nos lucros das empresas investidas
por equivalência patrimonial e provisão para
passivo a descoberto 49.96315.183 6.698 8.947
Lucro (prejuízo) antes do resultado financeiro 10.770(16.797) 8.509(34.159)
Receitas (despesas) financeiras
Receitas financeiras 23 6.555 4.741 21.467 22.113
Despesas financeiras 23 (17.005) (13.655) (31.073) (29.395)
Variações monetárias, líquidas 23 1.289 (384) 11.201 21.116
(9.161)(9.298) 1.595 13.834
Resultado antes dos impostos 1.609(26.095) 10.104(20.325)
Imposto de renda e contribuição social
Correntes 15 (6.507) (7.242)
Diferidos 15 – – (2.339) 428


  • – (8.846) (6.814)
    Lucro líquido (prejuízo) do exercício 1.609(26.095) 1.258(27.139)
    Resultado atribuído para:
    Participação de controladores 1.609 (26.095) 1.609 (26.095)
    Participação de não controladores em investidas – – (351) (1.044)
    Resultado por ação
    Básico e diluído (R$ por ação) 19 0,0381(0,6185) 0,0381(0,6185)
    As notas explicativas da Administração são parte das demonstrações financeiras


DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - EXERCÍCIOS
FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhares de reais
Controladora Consolidado
Nota 2019 2018 2019 2018
Fluxo de caixa das atividades operacionais
Resultado do exercício: 1.609 (26.095) 1.258 (27.139)
Ajustes para reconciliar o lucro/prejuízo ao
caixa líquido decorrente das (aplicado nas)
atividades operacionais:
Impostos diferidos sobre receita de vendas 1.552 1.632 3.477 (83)
Imposto de renda e contribuição social diferidos – – 2.339 (428)
Depreciação/amortização 9, 10 2.138 2.154 4.458 5.848
Despesa com plano de opções de ações – 19 – 19
Resultado de equivalência patrimonial 8 (58.236) (29.322) (6.977) (9.531)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 5 4.388 (63) 3.825 2.233
Resultado de alienação de investimento 8 1.935 7.350 1.935 7.350
Provisão de participação nos resultados 2.933 – 2.933 –
Provisões para passivo a descoberto em investidas 8 8.273 14.139 279 584
Baixas do imobilizado 9, 10 51345267
Provisões para riscos fiscais, trabalhistas e cíveis 17 7 (120) (1.345) (4.162)
Juros e variações monetárias sobre empréstimos
e financiamentos 24 16.465 11.715 30.139 26.807
Provisões para garantias 16 2.062 657
Variação nos ativos operacionais
Créditos perante clientes 5 (31.830) 6.476 (137.881) 83.368
Contas a receber por venda de terrenos 6 20.767 (30.100) 28.811 (36.610)
Imóveis a comercializar 7 (132.921) (27.030) (134.868) (108.425)
Créditos com terceiros 12 1.645 5.944 2.224 8.115
Despesas a repassar a SPE’s (2.487) 349 (2.487) 349
Despesas comerciais a apropriar 367 (469) 1.120 (626)
Despesas antecipadas (956) 421 (1.675) 893
Outros créditos 1.293 390 12.968 (255)
Partes relacionadas 14 (13.925) 11.723 (1.547) (2.689)
Depósitos judiciais (343) 1.035 (1.300) 1.227
Variação nos passivos operacionais
Fornecedores 144 1.116 2.023 2.822
Obrigações tributárias e sociais (1.300) 2.231 5.275 7.657
Contas a pagar por quisição de imóvel 13 156.594 7.313 170.938 79.470
Adiantamento de clientes (589) 593 (12.140) (7.195)
Recursos de parceiros 12 (70) (308) (156) (222)
Provisão para garantia 16 – – (4.292) (3.741)
Partes relacionadas 14 (124) 49 4.194 49
Outras contas a pagar 756 502 (3.558) (137)
Caixa gerado pelas (aplicado nas) atividades
operacionais (21.910) (38.222)(27.963) 26.472
Pagamento de juros sobre financiamentos 24 (15.517) (11.371) (29.537) (29.272)
Pagamento de imposto de renda e contribuição social – – (5.785) (8.240)
Fluxo de caixa líquido aplicado nas atividades
operacionais (37.427) (49.593)(63.285) (11.040)
Fluxo de caixa de atividades de investimentos
Aquisição de imobilizado e intangível 9, 10 (2.001) (5.210) (4.113) (8.397)
Aumento de investimentos (91.345) (172.723) (14.223) (16.835)
Redução de investimentos 115.886 156.551 15.844 27.994
Aplicações financeiras (2.181) 1.965 (2.162) 5.076
Fluxo de caixa gerado pelas (aplicado nas)
atividades de investimentos 20.359(19.417) (4.654) 7.838
Fluxo de caixa de atividades de financiamentos
Pagamento de empréstimos e financiamentos 24 (51.818) (93.477) (168.747) (253.341)
Captação de empréstimos e financiamentos 24 110.000 125.000 255.599 245.683
Venda de ações em tesouraria 18.5 71 – 71 –
Dos não controladores
Aumento de capital social de não controladores – – 775 (590)
Redução de capital social de não controladores – – (3.991) 4.899
Pagamento de dividendos para não controladores – – (445) (917)
Fluxo de caixa líquido gerado pelas
(aplicado nas) atividades de financiamentos 58.253 31.523 83.262 (4.266)
Aumento (redução) em caixa e equivalentes
de caixa, líquido 41.185(37.487) 15.323 (7.468)
Caixa e equivalentes de caixa em 1° de janeiro 37.378 74.865 90.604 98.072
Caixa e equivalentes de caixa em
31 de dezembro 3 78.563 37.378105.927 90.604
41.185(37.487) 15.323 (7.468)
As notas explicativas da Administração são parte das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhares de reais
Controladora Consolidado
2019 2018 2019 2018
Receitas 43.03426.739333.610 188.016
Receita de empreendimentos vendidos 46.222 25.864 331.077 189.495
Reversão (provisão) para créditos de liquidação duvidosa (4.388) 63 (3.825) (2.233)
Outras receitas 1.200 812 6.358 754
Insumos adquiridos de terceiros (62.326)(39.935)(307.266)(210.680)
Custos dos empreendimentos vendidos (43.508) (16.117) (235.688) (142.057)
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (15.318) (15.848) (49.696) (49.826)
Outras despesas (3.500)(7.970)(21.882) (18.797)
Valor distribuído bruto (19.292)(13.196) 26.344(22.664)
Retenções
Depreciação, amortização e exaustão (2.138)(2.154) (4.458) (5.848)
Valor adicionado (distribuído), líquido (21.430)(15.350) 21.886(28.512)
Valor adicionado (distribuído) recebido em
transferência
Resultado de equivalência patrimonial 58.236 29.322 6.977 9.531
Provisão para perdas em controladas (8.273) (14.139) (279) (584)
Receita financeira 28.36619.866 59.931 63.688
Valor adicionado a distribuir 56.89919.699 88.515 44.123
Distribuição do valor adicionado
Pessoal 12.03712.557 12.330 13.121
Remuneração direta 9.548 10.092 9.635 10.353
Benefícios 1.762 1.766 1.968 2.069
F.G.T.S. 727 699 727 699
Impostos, taxas e contribuições 6.795 4.671 23.598 17.110
Federais 6.660 4.610 22.623 16.117
Municipais 135 61 975 993
Remuneração de capitais de terceiros 36.45828.566 51.329 41.031
Juros 36.45828.566 51.329 41.031
Remuneração de capitais próprios 1.609(26.095) 1.258(27.139)
Resultado do exercício 1.609 (26.095) 1.609 (26.095)
Participação não controladores nos resultados – – (351) (1.044)
Valor distribuído 56.89919.699 88.515 44.123
As notas explicativas da Administração são parte das demonstrações financeiras

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019 - Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma


  1. Contexto operacional: A RNI Negócios Imobiliários S.A. (“Companhia”) com sede na cidade de
    São José do Rio Preto, Estado de São Paulo, na Avenida Francisco das Chagas de Oliveira, nº 2.500,
    Higienópolis, 15085-485, tem como objeto social a compra e a venda de imóveis, o desmembramen-
    to ou o loteamento de terrenos, a incorporação imobiliária e a construção de imóveis destinados à
    venda, a prestação de serviços a terceiros e a administração de carteira de recebíveis de financiamen-
    tos imobiliários de empreendimentos próprios ou de terceiros. Com capital aberto desde janeiro de
    2007, registrada sob o código CVM 20451 com ações no novo mercado com código de negociação
    RDNI3, a Companhia faz parte das Empresas Rodobens e seus empreendimentos imobiliários são
    constituídos na forma de SPEs - Sociedades de Propósito Específico e podem contar com a parceria de
    sócios locais mediante participações diretas nas SPEs. A Companhia atua no segmento de Incorpora-
    ção desenvolvendo um sólido portfólio de imóveis no padrão médio e imóveis enquadrados no Minha
    Casa Minha Vida (MCMV) que seguem o formato de condomínio fechado e oferecem soluções inte-
    gradas de qualidade, lazer, segurança e serviços e Urbanismo, que tem como foco o desenvolvimen-
    to de grandes áreas destinadas a lotea mentos. As controladas e controladas em conjunto da Compa-
    nhia estão sumarizadas na Nota Explicativa nº 8. A emissão dessas demonstrações financeiras foi
    autorizada pelo Conselho de Administração, em 11 de março de 2020. 2. Base de preparação das
    demonstrações financeiras: 2.1 Declaração de conformidade (com relação às normas IFRS e
    às normas do CPC): As demonstrações individuais e consolidadas foram elaboradas de acordo com
    as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS),
    aplicáveis às entidades de incorporação imobiliária no Brasil, registradas na Comissão de Valores Mo-
    biliários (CVM). Os aspectos relacionados à transferência de controle na venda de unidades imobiliá-
    rias seguem o entendimento da administração da Companhia, alinhado àquele manifestado pela
    CVM no Ofício circular /CVM/SNC/SEP nº 02/2018 sobre a aplicação da NBC TG 47 (IFRS 15). As de-
    monstrações financeiras individuais e consolidadas evidenciam todas as informações relevantes pró-
    prias das demonstrações financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com as utilizadas pela
    administração em sua gestão. As principais políticas contábeis aplicadas na preparação dessas de-
    monstrações financeiras estão apresentadas na Nota 3. As demonstrações financeiras foram prepara-
    das considerando o custo histórico, exceto por determinados instrumentos financeiros mensurados
    pelos seus valores justos, conforme descrito no resumo das principais políticas contábeis deste relató-
    rio. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e
    também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de aplica-
    ção das políticas contábeis do Grupo. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e têm
    maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as
    demonstrações financeiras, estão divulgadas na Nota 2.4. Demonstrações financeiras individuais
    e consolidadas: As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram elaboradas de acordo
    com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro
    (IFRS), aplicáveis às entidades de incorporação imobiliária no Brasil, registradas na Comissão de Valores
    Mobiliários (CVM). Demonstração do valor adicionado: A apresentação da Demonstração do Valor
    Adicionado (DVA), individual e consolidada, é requerida pela legislação societária brasileira e pelas
    práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a companhias abertas. A DVA foi preparada de acordo
    com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 - “Demonstração do Valor Adiciona-
    do”. As IFRS não requerem a apresentação dessa demonstração. Como consequência, pelas IFRS, essa
    demonstração está apresentada como informação suplementar, sem prejuízo do conjunto das de-
    monstrações financeiras. 2.2 Moeda funcional e moeda de apresentação: Essas demonstrações
    financeiras individuais e consolidadas são apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Compa-
    nhia. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram arredondadas para o milhar mais
    próximo, exceto quando indicado de outra forma. 2.3 Apresentação de informação por segmen-
    tos: As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente com o rela-
    tório interno fornecido para os principais tomadores de decisões operacionais, representados pela
    Diretoria Executiva e Conselho de Administração, os quais são responsáveis pela alocação de recursos,
    avaliação de desempenho dos segmentos operacionais e pela tomada das decisões estratégicas. Vide
    detalhes na nota explicativa nº 25. 2.4 Uso de estimativas e julgamentos: A preparação das de-
    monstrações financeiras inclui julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políti-
    cas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais po-
    dem divergir dessas estimativas. Estimativas: Estimativas e premissas são revisadas de uma forma
    contínua. Revisões com relação a estimativas contábeis são reconhecidas no exercício em que as esti-
    mativas são revisadas e em quaisquer exercícios futuros afetados. Os itens significativos, sujeito a es-
    timativas e premissas, é o custo orçado de empreendimentos utilizado para reconhecimento de recei-
    ta pelo método de percentual de conclusão da obra, descrito no nota explicativa 3.11, provisão para
    garantia, provisão para créditos de líquidação duvidosa, valor justo de instrumento derivativos e outras
    provisões e expectativas de vida útil de bens imobilizados. Julgamentos: As informações sobre julga-
    mentos realizados na aplicação das políticas contábeis que têm efeitos significativos sobre os valores
    reconhecidos nas demonstrações financeiras estão incluídas na seguinte nota explicativa: • Nota
    3.11 - Reconhecimento de receita de acordo com a os aspectos relacionados à transferência de con-
    trole na venda de unidades imobiliárias seguem o entendimento da administração da Companhia,
    alinhado àquele manifestado pela CVM no Ofício circular /CVM/SNC/SEP nº 02/2018 sobre a aplicação
    da NBC TG 47 (IFRS 15). Mensuração a valor justo: Uma série de políticas e divulgações contábeis
    da Companhia requer a mensuração dos valores justos, para os ativos e passivos financeiros e não fi-
    nanceiros. Na mensuração do valor justo de um ativo ou um passivo, a Companhia usa dados obser-
    váveis de mercado, tanto quanto possível. Os valores justos são classificados em diferentes níveis em
    uma hierarquia baseada nas informações (inputs) utilizadas nas técnicas de avaliação da seguinte
    forma: • Nível 1: preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos e idênti-
    cos. • Nível 2: inputs, exceto os preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo
    ou passivo, diretamente (preços) ou indiretamente (derivado de preços). • Nível 3: inputs, para o ativo
    ou passivo, que não são baseados em dados observáveis de mercado (inputs não observáveis). A Com-
    panhia reconhece as transferências entre níveis da hierarquia do valor justo no final do período das
    demonstrações financeiras em que ocorreram as mudanças. Quando o valor justo de ativos e passivos
    financeiros apresentados no balanço patrimonial não puder ser obtido de mercados ativos, é determi-
    nado utilizando técnicas de avaliação, incluindo o método de fluxo de caixa descontado. Os dados
    para esses métodos se baseiam naqueles praticados no mercado, quando possível, contudo, quando
    isso não for viável, um determinado nível de julgamento é requerido para estabelecer o valor justo. O
    julgamento inclui considerações sobre os dados utilizados como, por exemplo, risco de liquidez, risco
    de crédito e volatilidade. Mudanças nas premissas sobre esses fatores poderiam afetar o valor justo
    apresentado dos instrumentos financeiros. As técnicas de avaliação específicas utilizadas para avaliar
    os instrumentos financeiros classificados como Nível 2 incluem: considerações sobre risco de liquidez,
    risco de crédito e volatilidade. Mudanças nas premissas sobre esses fatores poderiam afetar o valor
    justo apresentado dos instrumentos financeiros. O valor justo dos swaps de taxa de juros é calculado
    como o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados com base em curvas de rendimento ob-
    serváveis. Informações adicionais sobre as premissas utilizadas na mensuração dos valores justos estão
    incluídas na nota 20 - Instrumentos financeiros. 3. Principais políticas contábeis: As principais polí-
    ticas contábeis descritas em detalhes abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente a todos os
    períodos apresentados nessas demonstrações financeiras individuais e consolidadas. 3.1 Base de
    consolidação: As seguintes políticas contábeis são aplicadas na elaboração das demonstrações finan-
    ceiras consolidadas. 3.1.1 Combinações de negócios: Nas demonstrações financeiras consolidadas,
    as aquisições de negócios são contabilizadas pelo método de combinação de negócios. A contrapar-
    tida transferida em uma combinação de negócios é mensurada pelo valor justo, calculado pela soma
    dos valores justos dos ativos transferidos pela Companhia, dos passivos incorridos pela Companhia na
    data de aquisição para os antigos controladores da adquirida e das participações emitidas pela Com-
    panhia em troca do controle da adquirida. Os custos relacionados à aquisição são geralmente reco-
    nhecidos no resultado, quando incorridos. 3.1.2 Participação de acionistas não controladores:
    A Companhia mensura qualquer participação de não controladores na adquirida pela participação
    proporcional nos ativos líquidos identificáveis na data de aquisição. Mudanças na participação da
    Companhia em uma subsidiária que não resultem em perda de controle são contabilizadas como
    transações de patrimônio líquido. 3.1.3 Controladas: A Companhia controla uma entidade quando
    está exposto a, ou tem direito sobre, os retornos variáveis advindos de seu envolvimento com a enti-
    dade e tem a habilidade de afetar esses retornos exercendo seu poder sobre a entidade. As demons-
    trações financeiras de controladas são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas a partir
    da data em que a Companhia obtiver o controle até a data em que o controle deixa de existir. Nas
    demonstrações financeiras individuais da controladora, as informações financeiras de controladas são
    reconhecidas por meio do método de equivalência patrimonial. 3.1.4 Ágio: O ágio resultante de uma
    combinação de negócios é demonstrado ao custo na data da combinação do negócio, líquido da
    perda acumulada no valor recuperável, se houver. Para fins de teste de redução ao valor recuperável,
    o ágio é alocado para cada uma das unidades geradoras de caixa da Companhia (SPEs) que irão se
    beneficiar das sinergias da combinação e é submetido anualmente a teste de redução ao valor recu-
    perável. Se o valor recuperável da unidade geradora de caixa for menor que o valor contábil, a perda
    por redução ao valor recuperável é primeiramente alocada para reduzir o valor contábil de qualquer
    ágio alocado à unidade e, posteriormente, aos outros ativos da unidade, proporcionalmente ao valor
    contábil de cada um de seus ativos. Qualquer perda por redução ao valor recuperável de ágio é reco-
    nhecida diretamente no resultado do período. A perda por redução ao valor recuperável não é rever-
    tida em períodos subsequentes. Quando da alienação da correspondente unidade geradora de caixa,
    o valor atribuível de ágio é incluído na apuração do lucro ou prejuízo da alienação. 3.1.5 Investimen-
    tos em entidades contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial: Os investimentos
    da Companhia em entidades contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial compreendem
    suas participações em coligadas e empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures). As co-
    ligadas são aquelas entidades nas quais a Companhia, direta ou indiretamente, tenha influência signi-
    ficativa, mas não controle ou controle conjunto, sobre as políticas financeiras e operacionais. Uma
    entidade controlada em conjunto consiste em um acordo contratual através do qual a Companhia
    possui controle compartilhado, onde a Companhia tem direito aos ativos líquidos do acordo contratu-
    al, e não direito aos ativos e passivos específicos resultantes do acordo. Os investimentos em coligadas
    e entidades controladas em conjunto são contabilizados por meio do método de equivalência patri-
    monial. Tais investimentos são reconhecidos inicialmente pelo custo, o qual inclui os gastos com a
    transação. Após o reconhecimento inicial, as demonstrações financeiras consolidadas incluem a parti-
    cipação da Companhia no lucro ou prejuízo do exercício e outros resultados abrangentes da investida
    até a data em que a influência significativa ou controle conjunto deixa de existir. 3.1.6 Transações
    eliminadas na consolidação: As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acor-
    do com os seguintes principais critérios: (i) eliminação dos saldos entre as empresas objeto da conso-
    lidação; (ii) eliminação dos investimentos entre as empresas consolidadas contra o respectivo patrimô-
    nio líquido da empresa investida; (iii) eliminação das receitas e despesas decorrentes de negócios entre
    as empresas consolidadas; (iv) eliminação do lucro nos estoques, quando aplicável, oriundo de vendas
    entre as empresas consolidadas; e, (v) cálculo de participação de acionistas não controladores no pa-
    trimônio líquido e no resultado consolidado, quando relevante. Diferenças de políticas contábeis entre
    as controladas e a Controladora, quando aplicável, são ajustadas às políticas contábeis da Controla-
    dora, para fins de consolidação. 3.2 Instrumentos financeiros: Os ativos financeiros são apresenta-
    dos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data
    do balanço. A Companhia e suas controladas utilizam contratos de Swap para proteger determinados
    contratos de empréstimos da exposição cambial. Os contratos são reconhecidos como ativos financei-
    ros ou passivos financeiros (a depender da marcação a mercado) mensurados ao valor justo por meio


do resultado. Não há alterações no reconhecimento e mensuração com a vigência da nova norma.
Modelo de impairment de recebíveis para perdas esperadas e incorridas: Com base em dados
históricos, a Companhia monitora a provisão para perda esperada de crédito para todos os contratos
de venda de unidades imobiliárias e constituiu provisão com base no índice esperado de perdas em
suas vendas. Esta abordagem está em linha com o expediente prático previsto pelo CPC 48 - Instru-
mentos Financeiros. Quando os referidos contratos que não apresentam a garantia real dos imóveis
vendidos e os clientes com posse se tornam inadimplentes em linha com a metodologia da classifica-
ção de risco e análise individual por contrato, a Companhia constitui a provisão da totalidade dos
saldos em aberto. No entanto, as atividades de cobrança para recuperação destes valores continuam
sendo realizadas continuamente com ativos de cobrança e inclusão do cliente e avalista, conforme o
caso, em órgãos de proteção ao crédito. A Companhia revisa periodicamente suas premissas para
constituição da provisão para risco de crédito, face à revisão dos históricos de suas operações corren-
tes e melhoria de suas estimativas. 3.2.1 Ativos não financeiros: Os valores contábeis dos ativos não
financeiros da Companhia, que não os estoques, são revistos a cada data de balanço para apurar se
há indicação de perda no valor recuperável. 3.3 Imóveis a comercializar: Representados por unida-
des construídas ou em construção ainda não comercializadas, bem como por terrenos para futuras
incorporações. Esses estoques estão demonstrados ao custo, adicionados pelos custos incorridos com
a evolução da obra e despesas estimadas para efetuar a venda. O valor líquido de realização, que é
representado pelo preço de venda estimado no curso normal dos negócios, menos os custos estima-
dos necessários para efetuar a venda, é superior ao seu valor contábil. A Companhia periodicamente
avalia a recuperabilidade de seus estoques, incluindo aqueles que são retornados após distratos com
clientes, e não tem identificado mudanças relevantes no seu valor realizável que pudessem apresentar
impactos significativos em suas demonstrações financeiras. 3.4 Despesas a repassar a SPEs (contro-
ladas e operações em conjunto): Representadas por gastos com empreendimentos em fase de
pré-lançamento, os quais são repassados para as SPEs quando da constituição destas, sendo lançados
como despesas nas respectivas SPEs ou apropriados ao custo dos imóveis comercializados, adotando-
se os mesmos procedimentos descritos no item 3.12 a seguir. 3.5 Despesas comerciais a apropriar:
Incluem os gastos com comissões diretamente relacionados aos empreendimentos imobiliários, sendo
apropriados ao resultado observando-se o critério de apropriação da receita, descrito no item 3.12 a
seguir, exceto as comissões sobre vendas canceladas, que são lançadas ao resultado no caso de can-
celamento ou quando for provável que não haverá pagamento dos valores contratados. 3.6 Imobili-
zado: 3.6.1 Reconhecimento e mensuração: Itens do imobilizado são mensurados pelo custo his-
tórico de aquisição ou construção, deduzido de depreciação acumulada e quaisquer perdas
acumuladas de redução ao valor recuperável (impairment). O custo inclui gastos que são diretamente
atribuíveis à aquisição do ativo. 3.6.2 Custos subsequentes: Custos subsequentes são capitalizados
apenas quando é provável que benefícios econômicos futuros associados com os gastos serão
auferidos pela Companhia. 3.6.3 Depreciação: A depreciação é calculada para amortizar o custo de
itens do ativo imobilizado, líquido de seus valores residuais estimados, utilizando o método linear ba-
seado na vida útil estimada dos itens. A depreciação é reconhecida no resultado. Ativos arrendados
são depreciados pelo menor período entre a vida útil estimada do bem e o prazo do contrato, a não
ser que seja razoavelmente certo que a Companhia obterá a propriedade do bem ao final do prazo de
arrendamento. Terrenos não são depreciados. As vidas úteis estimadas do ativo imobilizado são as
seguintes:
Taxa anual de depreciação - %
Stand de vendas 30
Máquinas e ferramentas 10
Computadores e periféricos 20
Móveis e utensílios 10
Prédios 4
Instalações 10
Benfeitorias em imóvel de terceiros 20
Os métodos de depreciação, as vidas úteis e os valores residuais são revistos a cada data de balanço e
ajustados caso seja apropriado. 3.7 Ativos intangíveis: Ativos intangíveis adquiridos separada-
mente: Ativos intangíveis com vida útil definida, adquiridos separadamente e substancialmente for-
mados por direitos de uso de software, são registrados ao custo, deduzido da amortização. A amorti-
zação é reconhecida linearmente com base na vida útil estimada dos ativos. A vida útil estimada e o
método de amortização são revisados no fim de cada exercício e o efeito de quaisquer mudanças nas
estimativas é contabilizado prospectivamente. 3.8 Custos de empréstimos: Os custos de emprésti-
mos atribuíveis diretamente à aquisição, à construção ou à produção de ativos qualificáveis, os quais
levam, necessariamente, um período de tempo substancial para ficarem prontos para uso ou venda
pretendida, são acrescentados ao custo de tais ativos até a data em que estejam prontos para o uso
ou a venda pretendida, conforme CPC 20 (R1)/IAS 23. Os ganhos sobre investimentos decorrentes da
aplicação temporária dos recursos obtidos com empréstimos específicos ainda não gastos com o ativo
qualificável são deduzidos dos custos com empréstimos elegíveis para capitalização. Todos os outros
custos com empréstimos são reconhecidos no resultado do exercício em que são incorridos.
3.9 Benefícios a empregados: Benefícios de curto prazo a empregados: Obrigações de benefí-
cios de curto prazo a empregados são mensuradas em uma base não descontada e são incorridas
como despesas conforme o serviço relacionado seja prestado. O passivo é reconhecido pelo valor es-
perado a ser pago sob os planos de bonificação em dinheiro ou participação nos lucros de curto prazo
se a Companhia tem uma obrigação legal ou construtiva de pagar esse valor em função de serviço
passado prestado pelo empregado, e a obrigação possa ser estimada de maneira confiável. 3.10 Pro-
visões: As provisões são determinadas por meio do desconto dos fluxos de caixa futuros estimados a
uma taxa antes de impostos que reflita as avaliações atuais de mercado quanto ao valor do dinheiro
no tempo e riscos específicos para o passivo relacionado. Os efeitos do desreconhecimento do descon-
to pela passagem do tempo são reconhecidos no resultado como despesa financeira. A Companhia
possui processos judiciais e administrativos em andamento de natureza trabalhista e cível. A política
para constituição de provisão adotada pela Companhia tem relação com a fase processual das ações
judiciais efetivamente ajuizadas pelos autores, de forma que a partir do conhecimento da sentença
judicial, altera-se a probabilidade de perda de “possível” para “provável”, ocasião em que o valor
atribuído à condenação é provisionado. Em 31 de dezembro de 2019, a Companhia constituiu provi-
são em montante suficiente para fazer face aos processos e às disputas que, no entender da Adminis-
tração e dos seus assessores legais, podem ter desfechos desfavoráveis. A provisão para garantia
constituída aplicando-se o percentual entre 1% e 2% sobre o custo incorrido das unidades vendidas.
Esse percentual foi determinado pela Administração com base nas perdas históricas que a Companhia
possui no reparo dos imóveis vendidos. A provisão para garantia é constituída com o objetivo de via-
bilizar correções de defeitos estruturais (até cinco anos) e de materiais e defeitos aparentes (até dois
anos). 3.11 Reconhecimento de receita: A Companhia e suas controladas reconhecem suas receitas
conforme o entendimento da manifestado pela CVM no Ofício circular /CVM/SNC/SEP nº 02/2018
sobre a aplicação da NBC TG 47 (IFRS 15). • Nas vendas de unidades não concluídas, o resultado é
apropriado com base nos seguintes critérios: (i) As receitas de vendas, os custos de terrenos e de
construção inerentes às respectivas incorporações são apropriados ao resultado à medida que a cons-
trução avança, uma vez que a transferência de riscos e benefícios ocorre de forma contínua. Desta
forma, é adotado o método chamado de “POC”, “percentual de execução ou percentual de conclu-
são” de cada empreendimento, ou seja, o reconhecimento das receitas e dos custos ocorre à medida
que a construção avança. O percentual de avanço físico do empreendimento é obtido utilizando a
proporção do custo incorrido em relação ao custo total orçado dos respectivos empreendimentos so-
bre as vendas contratadas. (ii) As receitas de vendas apuradas, conforme o item (i), incluindo a atua-
lização monetária, líquidas das parcelas já recebidas, são contabilizadas como contas a receber, ou
como adiantamentos de clientes, em função da relação entre as receitas contabilizadas e os valores
recebidos. • Nas vendas a prazo de unidades concluídas, o resultado é apropriado no momento em
que a venda é efetivada, independentemente do prazo de recebimento do valor contratual. • As
atualizações e os ajustes a valor presente são apropriados ao resultado, na rubrica de receita de em-
preendimentos vendidos, no período pré-chaves, e atualizações na rubrica de receitas financeiras, no
período pós-chaves, observando o regime de competência, independentemente de seu recebimento.
As receitas e as despesas são apropriadas ao resultado de acordo com o regime de competência. Para
os casos em que os clientes não obtêm sucesso na contratação de crédito com instituição financeira
ou perda da capacidade financeira, a Companhia analisa a viabilidade do crédito direto com o cliente
e para os casos em que não há viabilidade de crédito direto com o cliente, ocorre o distrato da venda
e o tratamento contábil adotado pela Companhia é o estorno do saldo devedor do cliente deduzindo
as receitas registradas na demonstração do resultado do período na rubrica “Receita líquida dos em-
preendimentos vendidos” e em contrapartida é estornado também o custo desta unidade na rubrica
“Custo dos empreendimentos vendidos” contra o estoque da Companhia. 3.12 Ajuste a valor pre-
sente: Os elementos integrantes do ativo e passivo, quando decorrentes de operações de curto prazo
(se relevantes) e longo prazo, sem a previsão de remuneração ou sujeitas a: (i) juros prefixados; (ii) ju-
ros notoriamente abaixo do mercado para transações semelhantes; e (iii) reajustes somente por infla-
ção, sem juros, ajustados a seu valor presente com base na taxa média de captação da Companhia
deduzida do IPCA, sendo suas reversões reconhecidas no resultado do exercício na rubrica “receita de
incorporação imobiliária” no período pré-chaves. Em 31 de dezembro de 2019, a taxa utilizada pela
Companhia para ajustar esses ativos e passivos a valor presente é de 5,19% a.a. (5,08% a.a. em 2018)
que correspondem a sua taxa média de captação. Ajuste a valor presente calculado na carteira da
Rodobens Urbanismo, em atendimento ao Pronunciamento Técnico Contábil - CPC 12, é utilizado
para fins de descapitalização, a taxa divulgada pela NTN-B de 10 anos (Nota do Tesouro Nacional -
Série B), considerada a taxa que melhor reflete o prazo médio da carteira. 3.13 Tributação: 3.13.1
Impostos correntes: As provisões de imposto de renda e contribuição social sobre lucro fiscal são
calculadas pelo regime de tributação Lucro Real Anual, à alíquota de 15% mais adicional de 10%
sobre a parcela excedente a R$ 240 ao ano para o Imposto de Renda e 9% para a Contribuição Social.
Determinadas sociedades efetuam apuração com base no regime de lucro real e outras com base no
regime do lucro presumido. Qualificam-se para o regime de lucro presumido as sociedades cuja recei-
ta bruta total, no ano-calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000. No regime do lucro
real, as alíquotas do imposto de renda e da contribuição social são aplicadas sobre o resultado do
período ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação fiscal. No regime de lucro presumi-
do, a base de cálculo do imposto de renda é calculada à razão de 8% e da contribuição social à razão
de 12% sobre as receitas brutas de vendas de imóveis e de 32% sobre as receitas de prestação de
serviços para ambos os tributos. Quanto ao regime especial de tributação (RET) em 19 de julho de
2013 foi publicada a Lei nº 12.844, que deu nova redação aos artigos 4º e 8º da Lei nº 10.931/04,
instituindo que, para cada incorporação imobiliária submetida ao Regime Especial de Tributação - RET,
a incorporadora ficará sujeita ao pagamento equivalente a 4% da receita mensal recebida, o qual
corresponderá ao pagamento mensal unificado do Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ, da Con-
tribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, do Programa de Integração Social/Programa de Forma-
ção ao Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguri-
dade Social - COFINS. 3.13.2 Impostos com recolhimento diferido: O imposto de renda e a
contribuição social sobre o lucro diferidos passivos são registrados no passivo não circulante e o PIS e
a COFINS diferidos passivos são reconhecidos no circulante e não circulante conforme projeção de
realização da receita, os quais são decorrentes da diferença entre o reconhecimento pelo critério so-
cietário, descrito no item 3.11 anterior, e o critério fiscal em que a receita é tributada no momento do
recebimento. 3.14 Resultado por ação básico e diluído: O resultado por ação básico é calculado
dividindo-se o resultado do exercício atribuído aos acionistas da Companhia pela média ponderada da

RNI NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS S.A.
CNPJ nº 67.010.660/0001-24

quantidade de ações do capital social integralizado no respectivo período. A Companhia não possui
instrumentos que poderiam potencialmente diluir o resultado por ação. 3.15 Novas normas e inter-
pretações adotadas em 2019: IFRS 16/CPC 06 (R2) - “Operações de Arrendamento Mercantil”:
Com essa nova norma, os arrendatários passam a ter que reconhecer o passivo dos pagamentos futu-
ros e o direito de uso do ativo arrendado para praticamente todos os contratos de arrendamento
mercantil, incluindo os operacionais, podendo ficar fora do escopo dessa nova norma determinados
contratos de curto prazo ou de pequenos montantes. Os critérios de reconhecimento e mensuração
dos arrendamentos nas demonstrações financeiras dos arrendadores ficam substancialmente manti-
dos. O IFRS 16 entrou em vigor para exercícios iniciados em ou após 1o de janeiro de 2019 e substitui
o IAS 17/CPC 06 - “Operações de Arrendamento Mercantil” e correspondentes interpretações.
A Companhia possui contratados de arrendamentos de computadores e outros equipamentos perifé-
ricos de TI, avaliados individualmente como ativos subjacentes e de baixo valor. Com base nessa ava-
liação, a Companhia adotou o expediente prático da norma, mantendo o reconhecimento dos contra-
tos como despesa no resultado, registrada de forma linear em contrapartida aos pagamentos, não
havendo, portanto, impacto nas demonstrações financeiras advindo da adoção do IFRS 16/CPC 06
(R2). IFRIC 23 - Incerteza sobre Tratamentos de Impostos sobre o Lucro: Essa interpretação es-
clarece como mensurar e reconhecer ativos e passivos de tributos sobre o lucro (IR/CS) correntes e
diferidos, à luz do IAS 12/CPC 32, nos casos em que há incerteza sobre tratamentos aplicados nos
cálculos dos respectivos tributos. Esta interpretação é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2019.
A IFRIC 23 não introduz novas divulgações, mas reforça a necessidade de cumprir os requisitos de
divulgação existentes sobre: i. julgamentos realizados; ii. premissas ou outras estimativas utilizadas;
iii. o impacto potencial de incertezas que não estejam refletidas nas demonstrações financeiras.
A Companhia avaliou os principais tratamentos fiscais adotados pelo Grupo nos períodos em aberto
sujeitos a questionamento pelas autoridades tributárias e concluiu que não há impacto significativo a
ser registrado nas demonstrações financeiras. As normas elencadas a seguir também foram adotadas
pela primeira vez para o exercício iniciado em 1º de janeiro de 2019, mas não tiveram impactos mate-
riais para a Companhia e suas controladas:
Norma Principais alterações
Aprimoramento
anual Ciclo
2015-2017

IAS 12/CPC 32 - “Tributos sobre o Lucro” - esclarece que os efeitos tributários
(impostos sobre a renda) sobre distribuições de dividendos relacionados a instru-
mentos financeiros classificados no IAS 23/CPC 20 - “Custos de Empréstimos”:
a alteração esclarece que, se um empréstimo específico permanecer em aberto
após o correspondente ativo qualificável estar pronto para o uso ou venda (con-
forme o caso), ele se tornará parte dos empréstimos gerais para fins de determi-
nação dos custos de empréstimos elegíveis para capitalização em outros ativos
qualificáveis, para os quais não existam empréstimos específicos.
IFRS 3/CPC 15 - “Combinação de Negócios”: esclarece que a obtenção de con-
trole sobre um negócio que anteriormente era uma operação conjunta (sob IFRS
11) da adquirente, é uma combinação de negócios em estágios (step-acquisi-
tion). Dessa forma, a adquirente deve remensurar a participação anteriormente
detida na operação conjunta ao valor justo, na data da aquisição.
IFRS 11/CPC 19 - “Negócios em Conjunto”: esclarece que, quando uma entida-
de obtém o controle conjunto de um negócio que é uma operação conjunta, ela
não remensura as participações anteriormente detidas nessa operação conjunta.
Alterações no
IAS 19/CPC 33 -
“Benefícios a
Empregados”

A alteração especifica que, quando ocorrer um evento de alteração, redução ou
líquidação de um plano de benefício definido, a entidade deve atualizar as
premissas anteriormente utilizadas e remensurar o custo de serviço corrente e os
juros líquidos pelo período remanescente, após as modificações.
Alterações no IAS
28/CPC19 -
“Investimento em
coligada,
controlada e
empreendimento
controlado em
conjunto”

IAS 28/CPC19 - “Investimento em coligada, controlada e empreendimento con-
trolado em conjunto.” O IFRS 9 exclui de seu escopo participações societárias em
coligadas e empreendimentos conjuntos, os quais são contabilizados pelo méto-
do de equivalência patrimonial de acordo com o IAS 28. A alteração ao IAS 28
esclareceu que a referida exclusão de escopo no IFRS 9 se aplica apenas aos
elementos dos investimentos que forem contabilizados pelo método de equiva-
lência patrimonial. Dessa forma, a contabilização de instrumentos financeiros de
longo prazo com uma coligada ou joint venture que, em substância, fazem parte
do investimento líquido nessas investidas, mas para os quais o método de equi-
valência patrimonial não se aplica, deve seguir os requerimentos do IFRS 9.
3.16 Novas normas e interpretações ainda não efetivas: As seguintes alterações de normas fo-
ram emitidas pelo IASB mas não estão em vigor para o exercício de 2019. A adoção antecipada de
normas, embora encorajada pelo IASB, não é permitida, no Brasil, pelo Comitê de Pronunciamento
Contábeis (CPC). • Estrutura Conceitual: em março de 2018, o IASB emitiu a revisão da Estrutura
Conceitual para Relatórios Financeiros, substituindo a versão anterior, emitida em 2010. Nenhuma
mudança será feita nas normas atuais. Contudo, as entidades que utilizarem a Estrutura Conceitual
para determinar suas políticas contábeis para transações, eventos ou condições que não sejam abor-
dados por nenhuma norma específica deverão aplicar a Estrutura Conceitual revisada a partir de 1º de
janeiro de 2020. As entidades devem considerar se suas políticas contábeis continuam adequadas de
acordo com a Estrutura Conceitual revisada. • Alterações ao IAS 1 “Presentation of Financial
Statements” e IAS 8 “Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors”: em
outubro de 2018, o IASB emitiu a definição de “material” e fez alterações pertinentes no IAS 1 e IAS
8, cuja versão revisada possui data efetiva de aplicação a partir de 1º de janeiro de 2020. A definição
de “material” ajuda as entidades a determinarem se as informações sobre um item, transação ou um
outro evento qualquer, devem ser fornecidas aos usuários das demonstrações financeiras. No entanto,
nem sempre essa definição é objetiva, sendo necessário fazer julgamentos sobre a materialidade na
preparação das demonstrações financeiras. As alterações efetuadas alinham a redação da definição de
material em todas as normas do IFRS, incluindo a Estrutura Conceitual. • Alterações ao IFRS 3
“Business Combinations”: em outubro de 2018, o IASB emitiu alteração ao IFRS 3 sobre a definição
de “negócio”, que possui data efetiva a partir de 1º de janeiro de 2020. A alteração efetuada (i) con-
firma que um negócio deve incluir inputs e processos relevantes, que em conjunto contribuem de
forma significativa para a criação de outputs; (ii) disponibiliza teste que auxilia na análise sobre se uma
empresa adquiriu um grupo de ativos e não um negócio; e (iii) estreita as definições de outputs, cujo
foco passa a ser geração de retorno por meio de produtos fornecidos e serviços prestados a clientes,
excluindo geração de retornos sob a forma de redução de custos e outros benefícios econômicos. Não
há outras normas CPC, IFRS ou interpretações IFRIC que ainda não entraram em vigor que poderiam
ter impacto significativo sobre as demonstrações financeiras da Companhia.


  1. Caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras
    Controladora Consolidado
    2019 2018 2019 2018
    Caixa e bancos (a) 954 788 3.555 2.646
    Aplicações financeiras (b) 77.609 36.590 102.372 87.958
    Total caixa e equivalentes de caixa 78.563 37.378 105.927 90.604
    Aplicações financeiras compromissadas como garantias
    de ações judiciais 82 74 130 141
    Títulos negociados no mercado 3.829 1.656 3.829 1.656
    Total aplicações financeiras 3.911 1.730 3.959 1.797
    Representadas por:
    Ativo circulante 78.563 37.378 105.927 90.604
    Ativo não circulante 3.911 1.730 3.959 1.797
    (a) O saldo mantido em bancos é remunerado pelos índices da poupança. (b) Essas aplicações
    financeiras são equivalentes de caixa por serem prontamente conversíveis em um montante conhecido
    de caixa e estarem sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Essas aplicações financeiras
    são representadas por títulos de renda fixa, com uma rentabilidade média de 100,03% (2018 -
    100,44%) do rendimento do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), e estão disponíveis para
    serem utilizadas nas operações da Companhia e de suas controladas.

  2. Créditos perante clientes: Controladora Consolidado
    2019 2018 2019 2018
    Créditos para contratação de financiamento (SFH) (a) 22.092 2.096 128.974 80.181
    Créditos diretos com clientes 20.716 9.604 374.488 287.102
    Outros créditos pro-soluto 2.466 1.744 31.849 30.147
    (-) Provisão para crédito de líquidação duvidosa (6.016) (1.628) (22.656) (18.831)
    Total 39.258 11.816 512.655 378.599
    Ativo circulante 27.692 2.545 230.490 129.574
    Ativo não circulante 11.566 9.271 282.165 249.025
    Total 39.258 11.816 512.655 378.599
    (a) Os créditos para contratação de financiamento com o Sistema Financeiro da Habitação (SFH) refe-
    rem-se ao valor de amortização que se encontra em processo de análise perante o agente do Sistema
    Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) ou perante a incorporadora. Processo de repasse:
    Quando a Companhia entrega seus empreendimentos, a maior parte dos clientes passa pelo processo
    de financiamento bancário (conhecido também como repasse), processo este requerido para a entre-
    ga das chaves e a tomada de posse da unidade. Clientes eventualmente não aprovados para financia-
    mento bancário serão analisados individualmente e poderão ser distratados, não recebendo, assim, as
    chaves e não tomando posse do imóvel. Clientes sem condições de financiamento não receberão as
    unidades e a Companhia devolverá, conforme contrato, parte do saldo recebido e colocará as unida-
    des à venda novamente. Os vencimentos dos valores em processo de repasse são referentes à data
    original que consta no contrato de compra e venda, sendo que a Companhia somente altera a data
    de vencimento no momento da efetiva renegociação com os clientes.
    Provisão para créditos de líquidação duvidosa (PCLD): Controladora Consolidado
    Saldo em 31 de dezembro 2017 (1.691) (16.598)
    Provisão no exercício (201) (6.314)
    Reversão no exercício 264 4.081
    Saldo em 31 de dezembro 2018 (1.628) (18.831)
    Provisão no exercício (4.655) (20.838)
    Reversão no exercício 267 17.013
    Saldo em 31 de dezembro 2019 (6.016) (22.656)
    A provisão para créditos de líquidação duvidosa é realizada quando existe uma evidência de que a
    Companhia não será capaz de realizar o fluxo de caixa esperado de acordo com os prazos de realiza-
    ção acordados. Os saldos do ativo circulante, líquidos do PCLD, em 31 de dezembro de 2019 e 2018,
    estão compostos pelos seguintes vencimentos:
    Controladora Consolidado
    2019 2018 2019 2018
    Vencidos: 1.653 727 44.902 49.591
    Até 30 dias 183 5 5.319 7.567
    31 a 60 dias 11 5 1.169 2.365
    61 a 90 dias 1.076 6 4.408 4.381


DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE
EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhares de reais
ControladoraConsolidado
2019 20182019 2018
Lucro líquido (prejuízo) do exercício 1.609 (26.095) 1.258 (27.139)
Outros resultados abrangentes – – – –
Resultado abrangente do exercício 1.609(26.095)1.258(27.139)
Resultado abrangente atribuído para:
Participação de controladores 1.609 (26.095) 1.609 (26.095)
Participação de não controladores em investidas – –(351)(1.044)
1.609(26.095)1.258(27.139)
As notas explicativas da Administração são parte das demonstrações financeiras

Controladora Consolidado
2019 2018 2019 2018
91 a 120 dias 5 2 813 1.291
121 a 180 dias 6 6 1.509 5.036
Acima de180 dias 372 703 31.684 28.951
A vencer: 26.039 1.818 185.588 79.983
Até 30 dias 7.192 1.338 42.336 12.429
31 a 60 dias 3.738 33 10.951 5.452
61 a 90 dias 1.369 33 6.172 4.289
91 a 120 dias 2.891 33 9.831 5.054
121 a 360 dias 10.849 381 116.298 52.759
Total 27.692 2.545 230.490 129.574
Os saldos do ativo não circulante em 31 de dezembro de 2019 e 2018, estão compostos pelos seguin
tes vencimentos: Controladora Consolidado
2019 2018 2019 2018
Ano de vencimento
Vencidos (a) 1.733 7.398 24.052 38.863
2020 – 487 – 40.173
2021 1.435 427 47.598 24.072
2022 1.634 354 24.246 18.173
2023 1.516 212 25.068 16.820
2024 1.371 105 20.526 15.949
Após 2025 3.877 288 140.675 94.975
Total 11.566 9.271 282.165 249.025
(a) Os valores vencidos registrados no não circulante refere-se a clientes em discussão judicial com
garantia real do imóvel visando o recebimento integral ou a reintegração do imóvel. Os saldos de
créditos perante clientes são atualizados conforme cláusulas contratuais, pelos seguintes índices:
(i) Até a entrega das chaves dos imóveis comercializados, pela variação do Índice Nacional de Constru-
ção Civil - INCC, e; (ii) Após a entrega das chaves dos imóveis comercializados, pela variação do Índice
Geral de Preços de Mercado - IGP-M ou pela Taxa Referencial - TR. (iii) Para Urbanismo pela variação
do Índice Geral de Preços de Mercado - IGP-M desde o início do contrato. 6. Contas a receber por
venda de terrenos: A Companhia e suas controladas efetuaram vendas de terrenos que estão segre-
gadas conforme datas descritas nos respectivos contratos de compra e venda. Estas operações foram
realizadas com os compromissos de pagamentos em moeda corrente, e Valor Global de Vendas com
valor mínimo garantido. Controladora Consolidado
Empreendimento 2019 2018 2019 2018
Controladora
Terreno Palhoça (*) 4.531 2.374 4.531 2.374
Terreno - Rio Preto VIII 19 38 – –
Terreno Cascavel II 947 963 947 963
Terreno Ponta Grossa 19.596 19.845 19.596 19.845
Terreno C&S – 2.113 – 2.113
Terreno São Paulo - SPE 403 658 631 658 631
Terreno São Paulo - SPE 404 8.667 8.721 8.667 8.721
Terreno Itajaí – 20.500 – 20.500
Controladas
Rodobens Urbanismo Ltda. (*) – – 22.056 22.014
Terra Nova Rodobens Incorporadora Imobiliária -
Residence IV - SPE Ltda. – – – 467
Terra Nova Rodobens Incorporadora Imobiliária


  • Santa Cruz do Sul I SPE Ltda. – – 1.040 1.120
    Rodobens Administradora 414 Ltda. () – – 12.480 46.458
    Rodobens Incorporadora Imobiliária 319 - SPE Ltda – – 3.300 –
    RNI Administração e Incorporação Imobiliária 444 Ltda – – 23.063 –
    Rodobens Malls Administração de
    Shoppings Centers Ltda. – – 1.308 1.661
    Total 34.418 55.185 98.056 126.867
    Total ativo circulante 994 1.140 3.888 2.149
    Total Ativo não circulante 33.424 54.045 94.168 124.718
    Recebimentos por moeda corrente 658 2.744 23.965 4.873
    Recebimentos por dação de unidades – – 11.960 11.960
    Recebimentos por VGV 33.760 52.441 62.131 110.034
    (
    ) Recebíveis com prazo estipulado para a quitação do Valor Geral de Vendas - VGV.



  1. Imóveis a comercializar: Representados por imóveis a serem vendidos e terrenos para futuras
    incorporações, assim distribuídos:
    Controladora Consolidado
    2019 2018 2019 2018
    Imóveis concluídos 9.116 32.970 47.614 92.147
    Imóveis em construção – – 106.390 82.037
    Terrenos para futuras incorporações 21.369 – 73.665 46.575
    Total ativo circulante 30.485 32.970 227.669 220.759
    Terrenos para futuras incorporações () 169.131 33.725 314.548 181.661
    Total ativo não circulante 169.131 33.725 314.548 181.661
    (
    ) Refere-se a terrenos com lançamentos previstos a partir de janeiro de 2021.
    O valor contábil do terreno de um empreendimento é transferido para a rubrica “Imóveis em constru-
    ção” quando o empreendimento é lançado. Juros capitalizados: No período findo em 31 de dezem-
    bro de 2019, o valor de juros capitalizados é de R$ 11.786 (R$ 12.514 em 31 de dezembro de 2018)
    no consolidado. 8. Investimentos: Os investimentos em controladas e controladas em conjunto com
    saldo de investimentos superior R$ 5.000 estão apresentados abaixo por entidade: (*) Nos termos do
    CPC 45/IFRS 12, a Companhia optou por agregar as informações das controladas e controladas em
    conjunto com saldo de investimentos inferior a R$ 5.000.
    Informações Investidas Reflexo na Companhia
    Patrimônio Receita Resultado Equivalência
    % RNI % RNIAtivo total líquidolíquidado período Investimentos Patrimonial
    Investimentos positivos 12.201912.2018 12.2019 12.201912.2019 12.201912.201912.201812.201912.2018
    Rodobens Administradora 414 Ltda. 100,00% 100,00% 16.381 14183 242 (1.224) 14.183 44.902 (1.224) (1.013)
    RNI Incorporadora Imobiliária 310 Ltda. (b) 100,00% 100,00% 9.549 7.530 – (84) 7.530 7.614 (84) (6)
    Rodobens Incorporadora Imobiliária 388 - Nova Nação América - SPE Ltda. 100,00% 100,00% 29.787 28.139 8.329 (2.679) 28.139 37.722 (2.679) 1.860
    Rodobens Incorporadora Imobiliária 392 - SPE Ltda. 100,00% 100,00% 9.600 9562 – (2) 9.562 9.303 (2) (1)
    Rodobens Incorporadora Imobiliária 393 - SPE Ltda. 100,00% 100,00% 13.711 13.605 – (1) 13.605 12.915 (1) (2)
    Rodobens Incorporadora Imobiliária 394 - SPE Ltda. 100,00% 100,00% 47.024 7.915 50.744 4.498 7.915 3.418 4.498 187
    Rodobens Incorporadora Imobiliária 411 - SPE Ltda. 100,00% 100,00% 24.266 13.833 – (77) 13.833 10.931 (77) (119)
    Rodobens Incorporadora Imobiliária 397 - SPE Ltda. 100,00% 100,00% 24.991 8.093 13.598 (776) 8.093 8.868 (776) (1.399)
    Rodobens Incorporadora Imobiliária 408 - SPE Ltda. 100,00% 100,00% 10.026 5.294 (2) (57) 5.294 – (57) –
    Rodobens Incorporadora Imobiliária 410 - SPE Ltda. 100,00% 100,00% 44.292 5.595 36.731 4.258 5.595 1.336 4.258 (69)
    Rodobens Incorporadora Imobiliária 444 - SPE Ltda. (a) 100,00% 100,00% 23.108 21.561 22.221 16.072 21.561 – 16.072 (358)
    Rodobens Urbanismo Ltda. 100,00% 100,00% 336.084 289.204 36.489 54.147 289.302 236.181 54.147 43.726
    Sistema Fácil, Incorporadora Imobiliária - Tamboré Houses II - SPE Ltda. 100,00% 100,00% 9.267 9.164 1.711 (999) 9.164 10.340 (999) (795)
    Terra Nova Rodobens Incorporadora Imobiliária - Feira De Santana VI SPE Ltda. (b) 100,00% 100,00% 12.925 7.289 1.621 (619) 7.289 7.907 (619) (235)


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