Adega - Edição 173 (2020-03)

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MUNDOVINO |^


EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

O que se vende e o que se compra
Pesquisa mostra quais os mercados mais “chauvinistas” do mundo
Uma pesquisa interna do site Wine
Searcher, uma das maiores redes
de busca de varejistas ao redor
do mundo, quis analisar o que
consumidores de cada país buscam
em sua plataforma e o que os seus
lojistas oferecem. E curiosamente,
dos 11 países analisados (Alemanha,
Estados Unidos, França, Itália,
Portugal, Chile, Argentina,
Austrália, Espanha e Nova Zelândia)
apenas quatro mostraram que seus
consumidores buscam produtos
locais em primeiro lugar.
Entre os usuários franceses
do site, mais de 85% de todas as
pesquisas são para vinho francês,
uma porcentagem muito superior
a qualquer outra. Os varejistas da
França são ainda mais “chauvinistas”,
com 90,42% de todas as ofertas
representadas por vinhos locais.
Esses varejistas não são, no
entanto, os mais nacionalistas.

Essa posição ficou com o Chile,
onde 93,38% de todos os vinhos
oferecidos são locais. E isso reflete
um pouco o menor interesse pelos
vinhos importados, já que 62,1% de
todas as pesquisas no Chile são para
vinhos chilenos. Já os comerciantes
da Argentina oferecem 91,42% de
vinhos locais em seu portfólio, mas só
43,5% dos consumidores argentinos
buscam por eles.
Nos Estados Unidos, os os vinhos
norte-americanos representam
43,67% e apenas 36% das buscas
são feitas por eles, com a França
levando uma parcela semelhante e
a Itália um pouco atrás em terceiro
lugar. Curiosamente, sabe-se por
outras pesquisas que 67% dos vinhos
consumidos nos Estados Unidos são
locais.
Cerca de 81% dos vinhos
oferecidos por varejistas italianos
são nacionais, embora as pesquisas

apontem que 59,75% dos seus
consumidores procurem por vinhos
locais. Na Austrália e Portugal,
os vinhos domésticos respondem
por 61,5% e 88,3% das ofertas,
respectivamente, enquanto as
pesquisas significam 56,7% e 52,3%,
respectivamente.
Os enófilos da Espanha estão
procurando apenas 33,7% das vezes
vinhos locais enquanto 70% dos
rótulos oferecidos são domésticos. Na
Nova Zelândia 64% das pesquisas são
para vinhos de fora e apenas 50% dos
rótulos oferecidos são provenientes
de fora da Nova Zelândia (a maioria
é da Austrália).
O mais interessante de todos os
mercados internacionais de produção
de vinho é a Alemanha. Lá, apenas
18,75% dos vinhos listados pelos
varejistas são alemães e só 6,15%
de todas as buscas foram feitas em
vinhos nacionais.
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