JornalValor--- Página 8 da edição"16/03/20201a CADA" ---- Impressa por RCalheiros às 15/03/2020@20:32: 51
A8|Valor| Sábado,domingoe segunda-feira, 14, 15 e 16 de marçode 2020
Política
PartidosAexpectativaéquepelomenosquatrocandidatosdessecampodisputemprefeituradacapitalparanaense
Centro-direita se divide em Curitiba
AndreaTo rrente
Para oValor, de Curitiba
O campoda centro-direitaes-
tá divididona eleiçãode Curiti-
ba este ano. No centrodo qua-
dro de candidatosestá oprefei-
to da cidade,candidatoàreelei-
ção, Rafael Greca(DEM).
Ele cultivaboas relações com o
governador paranaenseRatinho
Junior(PSD), mas não oapoiou
naeleiçãode2018.
Do mesmopartidodo gover-
nador se apresenta novamente
paradisputaroatual secretário
da Justiça do Estado, Ney Lepre-
vost. Bolsonaristaconvicto, ode-
putado estadualDelegadoFran-
cischini(PSL)é umanovidade
no cenário.
Pelo Podemos,sigla dos sena-
dores Alvaro Dias e Oriovisto
Guimarães,foi lançadaaadvo-
gadaCarolArns.
Jornalista com mais de 20
anosdecarreira política,Lepre-
vost já comunicoua Ratinho Ju-
nior que querdeixaro governo.
Ele vai buscara revanchecontra
Greca que, há quatro anos,o
derrotouno segundo turnocom
53% das preferências.
Leprevostnão querrepetir o
erro de 2016quandoembarcou
oPCdoBna coligação. “As pes-
soas imaginaramque aquilona
épocapoderiacausarumaconta-
minação esquerdistana gestão.
Atrapalhou”, avalia. OPSD muni-
cipaljáaprovou uma moçãopa-
ra impedir alianças com partidos
deesquerdanapróximaeleição.
Grecatem 58% de aprovação
entreos curitibanos econfiano
legadode sua gestão,marcada
por um forteajustefiscalcritica-
do pelosservidorespúblicos, e a
pavimentação de 15% de todaas
ruasdacidade.
Quem vai tentar embaralhar as
cartas é oDelegado Fernando
Francischini (PSL). Deputado esta-
dualmaisvotado na história do
Paraná em 2018, com
417 mil votos, Francischini éinte-
grantedabancadadabalaeb olso-
narista. Porém não seguiu o presi-
dente Bolsonarona tentativade
criar um novopartido,oAliança
pelo Brasil. Ele integra a bancada
queapoiaRatinhoJunior.
“Nãovou procurarapoionem
do presidenteBolsonaronem
do governador RatinhoJunior,
achoque isso tem que vir natu-
ralmente se eles entenderem
queeumonteiumbomplanode
governo para Curitiba”, diz
Francischini,que não acredita
que a questãoideológica terá
pesonaeleiçãolocal.
“Hojehá duasCuritibas: uma
lindae maravilhosada propa-
gandada regiãocentral e uma
periferiaque cresceassustadora-
mente”, avalia o pré-candidato.
“A gestãona área de arquitetura,
urbanismo, achoque essafase
passou. Na próximaeleiçãoserá
a capacidadede gestãode cui-
dar das pessoas”.
Mais que Bolsonaro,quem po-
de influenciaro resultado da
eleiçãoé ogovernadorRatinho
Junior, que tem 73,6%de aprova-
ção no Estado,mas que ainda
nãosinalizouseapoiaráalguém.
RatinhoJuniorestá na confor-
tável situaçãode poderescolher.
Ney Leprevostseriaseu candida-
to natural:é seu secretárioe está
nomesmopartido. Já Francischi-
nicompõeabasealiada,tem
grandepesopolíticoeéfigura
paranãosedesagradar.
Seu filhoFelipe é deputado
federalpelo PSL e comandou a
Comissãode ConstituiçãoeJus-
tiça da Câmaraem 2019,amais
importante da casa.O governa-
dor tem tambémumaboa rela-
ção com RafaelGreca.
Outra pré-candidatura já
confirmadaéada advogada e
professora CarolArnspeloPo-
demos.Carolé filhado senador
Flávio Arns(Rede) e contacom
apoiotambémdos outrosdois
senadoresparanaenses,Álvaro
Dias e OriovistoGuimarães,am-
bos do Podemos.
Fora do campoconservador
está o deputadofederalGustavo
Fruet(PDT).Ele tambémanun-
ciou a intençãode retomara
prefeitura, que administrouen-
tre 2012e 2016.Há quatroanos,
com20% dos votos,não conse-
guiuse reeleger,ficandofora até
do segundo turno.
“A nossa gestão investiu
quaseR$ 300 milhoesna área
ambiental, por isso Curitiba
não viveuumacatástrofecomo
São Paulo,Rio de Janeiroe Belo
Horizonte.Só que não aparece,
só aparece se teriadadocatás-
trofe”, afirmaFruet,em referên-
cia aos alagamentosque acon-
teceramno Sudestenas últimas
semanas.
Na esquerda,asituaçãoainda
é nebulosa. Os nomesavaliados
pelo PT são três: o deputadoes-
tadualTadeu Veneri,já candida-
to a prefeitoem 2016;Angelo
Vanhoni,ex-deputado federale
atual presidentemunicipaldo
partido;eodoex-deputadofe-
deralDr. Rosinha.
“O eleitoradode Curitiba de-
monstroudificuldade em assi-
milarum candidato do PT. Isso
aconteceu em 2004com Lula,
mas depoisdissoo partidovem
perdendo espaçoe não tem can-
didatopara uma eleiçãomajori-
tária”, avalia ocientistapolítico
EmersonCervi,da UFPR.
‘Zelador’da
cidade, Greca
busca reeleição
Para oValor, de Curitiba
A imagemdo prefeitoRafael
Greca (DEM)que em janeirode
2017, recém-empossado e man-
gueira na mão, lavou o calçadão
da Rua XV no centrode Curitiba
já mostrava qual seriao rumode
sua gestão.Afigurado zelador,
atentoao decorourbanoe pala-
dinodo nostálgico bordão“Vol-
ta, Curitiba”, fez a famado polí-
tico que agoravai em buscada
reeleição na competição munici-
pal de 4 de outubro.
Eleitono segundo turnocom
53% dos votos,Grecaexibehoje
58% de aprovação,segundole-
vantamento feitoem dezembro
doanopassadopeloinstitutoPa-
ranáPesquisas,eliderapesquisas
deintençãodevoto.
Grecapriorizouasfaltaracida-
de. Ao todosão 350 quilômetros
de novapavimentaçãoeoprefei-
to promete chegara 700 quilô-
metrosaté o fim do mandatoa
15% de toda a malha viária.O to-
tal investidoédeR$ 295 milhões.
Nofimdoanopassado,aCâmara
Municipalaprovou um emprés-
timode R$ 250 milhõesjuntoà
CaixaEconômicaFederalpara fi-
nanciarobraspúblicas e em par-
teparaasfaltarnovasruas.
De acordocomaoposição, os
investimentosem obras públicas
só foram possíveisgraças a cortes
na saúde e educação. “Tivemos sa-
lários e planos de carreira dos ser-
vidores congelados”, afirmaave-
readora Professora Josete (PT). Ela
cita comoexemplo os chamamen-
tos de novoseducadores da rede
de ensino infantil que foram feitos
em regime de ProcessoSeletivo
Simplificado (PSS), ou seja com
contratostemporários e salários
baixos,decercadeR$1,5mil.
“Ele [Greca] cumpriu umapro-
messabásica da campanha, que é
fazerasfalto,havia um déficit eele
fez”, avalia Emerson Servi, profes-
sor de ciência política da Universi-
dadeFederal do Paraná (UFPR).
“Há,contudo, uma questão não
bem resolvida queéa organização
da saúde:ele não conseguiuater-
ceirização como ele queria na ges-
tãodospostosdesaúde”.
Logo no primeiro ano, Greca
lançou um plano de recuperação
fiscalpararestaurarasfinançasde-
terioradas do município e quitar
as dívidas por meiode leilões. Na
aprovação das medidas, ele pôde
contar comumasólidamaioria
entre os vereadores. Para cortaras
despesas do funcionalismo, en-
viou“pacotaços” à Câmara em
2017e2019 commudanças nos
planosde carreira, sistema previ-
denciário,reposição da inflaçãoe
extinção de vagas. As medidas ge-
raramdurasreaçõesdos funcioná-
rios públicos e as votações ocorre-
ramsobclimadefortetensão.
Para garantir a segurançados ve-
readores, em 2017 a votação em se-
gundo turnofoi transferidada Câ-
maraMunicipalpara oteatro Ópera
de Arame. Houve tentativa de inva-
são por parte dos servidores,con-
frontos com apolíciae dezenasde
feridos.Maisdemilpoliciais,inclusi-
ve vindos do interior, foram mobili-
zadosparaconterprotestos.
“A prefeituraestavavivendoum
apagão. Nãotivemos escolhas,ti-
vemosquefazerumviolentoajus-
te fiscal”, defendeem entrevista
aoValoro prefeito,que chama os
manifestantes violentos de black
blocs.“Quebramosalgunsprivilé-
gios, congelamos por um tempo
os salários.Inclusive omeu está
congelado até hoje, desde antes
demim”afirma.
Como ajustefiscal,Curitiba
reduziua dependênciados re-
passesdo Estado e da União. Ho-
je 60% da receitacorrentevêm de
impostos municipais. O orça-
mentopara 2020 prevêumare-
ceitadeR$9,4bilhões.
“O calcanharde Aquiles[de
Greca]éarelaçãocomservido-
res”,explicao professorServi.“A
gestãodele foi contraos servido-
res. Historicamente não tem
grandepesonaeleição,maséum
fatoraserlevadoemconta”.
Umadas políticasmaispolê-
micasadotadapelo prefeitofoi a
batalhatravadacom os morado-
res de rua desdeo iníciodo man-
dato.Já duranteacampanha,
Grecahavia afirmadoem sabati-
naqueaotransportarummendi-
go em seu carrovomitou “por
causado cheirode pobre”. Pediu
desculpas,mas sua campanha
perdeuforça.
Ao assumir, fechouum abrigo
docentrodacidadeeabriuoutro
nobairroafastadodoSítioCerca-
do. Oguarda-volumeda central
praçaOsóriotambémdeixoude
funcionar e a GuardaMunicipal
foiacionadaemváriasocasiões
paratentarretirara população
de rua e apreenderseus perten-
ces,comocolchõesecobertores.
As ações geraram a reação da
Defensoria Pública e do Ministério
Público do Paraná que solicitaram
à Fundação de AçãoSocial(FAS) —
órgão responsável pelas políticas
de assistência socialem Curitiba —
de se abster de “praticar políticas
de cunho higienista, violenta,ra-
cista ou com fim segregatório”co-
mo “remoções compulsórias” eto-
madadepertences.
Dados do cadastroúnicodo
Ministério do Desenvolvimento
Social (MDS)mostram queCuri-
tiba tinha 2.447 pessoas moran-
do nas ruas no fim do anopassa-
do,900 amais que em 2017, pri-
meiro ano de gestão. Para aten-
der essapopulação, acapital con-
ta com 1.800vagasde abrigos e
200vagasemtrêshotéissociais.
“A grande maioria[dos mora-
doresde rua] é de fora,de cida-
des e Estadosvizinhos”, afirmao
prefeito,que acusao MP e aDe-
fensoriaPúblicade quererman-
ter as pessoasnas ruas.“Ruanão
é moradia.A soluçãoé o resgate
social, a reinserçãofamiliar, o
trabalho psicológicoe psicosso-
cialcomapessoacaída,éolevan-
tamento das pessoas,éanãodis-
tribuição de comidanas sarjetas
porque também sarjetanão é
mesa.Ebueironãoéberço”.
O aumento da população de rua
foi potencializado pela criseeco-
nômicadaúltimadécada.Segundo
Doacir Quadros, professor de ciên-
cia políticada Uninter, há também
um fatorhistórico na cidade.“A
questão socialéum problemades-
de a eleiçãode CássioTaniguchi
[prefeitopor doismandatosde
1997 a2005].Semprechamou-se
atenção para oavançono planeja-
mentourbano, mas aquestãoso-
cialfoideixadadelado”, avalia.
Formadoem economiaeenge-
nharia e servidor aposentado do
Instituto de Planejamento Urbano
de Curitiba(Ippuc), Greca, 64
anos, foivereador, deputado esta-
dual,prefeito de Curitiba pela pri-
meiravezentre1993e1997,depu-
tado federaleministro do Esporte
e Turismono segundogoverno
FHC,entre1999e2000.
Sua passagempelo ministério
foi marcadapor um episódio lem-
brado até hoje por seus adversá-
rios: o fracassoda Nau Capitânia,
réplica de umacaravela portugue-
sa do século XV quedeveria parti-
cipar das comemorações dos 500
anos do descobrimento do Brasil.
Erros técnicos na projetação,obri-
garam Greca a retirar das celebra-
ções aembarcação, custadaR$ 3,
milhõesdaépoca(R$12,5milhões
emvalorescorrigidos).
Seu jeitobonachãoecaricato
—que disfarçaum caráterforte-
mentedecisional—criaramuma
aurafolclóricaemtornodeleque
oajudouaseaproximardo elei-
torado, inclusive das camadas
maispopulares, mesmoele sen-
do umapessoarefinada,conhe-
cedoradas artes,do urbanismo,
da geografia,da históriaedos
personagensdacidade.
Cria políticado urbanistae ex-
governadordo Paraná JaimeLer-
ner,Grecaécélebrepordeclamar
sempreque possívelseu amor
por Curitibae pela esposaMar-
garitaSansone.Pouco habituado
arespeitarprotocolosem even-
tos oficiais,frequentemente sur-
preendeseus ouvintescom poe-
mas,poesiasou entoando “a ca-
pela” ohinodacidade.Internado
ao longoda gestão,uma vez por
tromboembulia pulmonar e
duasvezespara a retirada de hér-
nias, o prefeitojura gozarde ple-
na saúde.“Souum gordosaudá-
vel,semcolesterol,efeliz”,brinca
sem fazerquestãode esconder
seupesode140quilos.(AT)
Greca:“Aprefeituraestavavivendoumapagão.Tivemosquefazer umviolentoajustefiscal. Quebramos alguns privilégios,congelamosporumtempoossalários”
PEDRORIBAS/DIVULGAÇÃO
Morte de Bebianno é revés para Doria na disputade 2022
CristianKlein
Do Rio
A mortedo ex-ministro-chefeda
Secretaria-Geral da Presidência e
pré-candidato aprefeito do Rio pelo
PSDB, Gustavo Bebianno,vítima de
um infarto fulminante, aos 56 anos,
no sábado, representa asaída de ce-
na de maisumpersonagem que se
colocava como uma ameaça ao pre-
sidente Jair Bolsonaro. Figuramais
importantena coordenação da
campanhaao Planalto,Bebianno
morreu duranteamadrugada, em
seu sítio,em Teresópolis,na Região
Serrana fluminense, onde estava
comofilhoeocaseiro.
Tornou-se desafeto de Bolsona-
ro por influência do filho do presi-
dente e vereador do Rio, Carlos
Bolsonaro (PSC), efoi o primeiro
ministro adeixar ogoverno, me-
nosde50diasdepoisdaposse.Ma-
goado, passoua ser um críticode
Bolsonaro e dava entrevistas cujas
declarações iam até olimite de sua
segurança. Dizia ter segredos
guardados, em gravações e cartas
enviadasa amigos,caso que lhe
“acontecessealgo”.
Os supostos segredosde Bebian-
no sobreBolsonarodizemrespeito
aoperíodoemqueseaproximoudo
entãodeputado federal, comoum
fervorososimpatizante, e juntosli-
deraram a pré-candidatura à Presi-
dência, à épocaencarada com des-
démpelamaioriadomeiopolítico.
Com perfil mais pragmático
que os filhos eoentornode Bolso-
naro, Bebianno usou de seus co-
nhecimentoscomoadvogadonu-
ma fase em queoprojetode poder
precisavade organizaçãoparali-
dar com a burocracia partidária e
eleitoral, paraaqualBolsonaro
nunca tevepaciência. Participou
da costura de acordos políticos, da
montagem de diretórios estaduais
do PSL edaarrecadação edistri-
buiçãoderecursospelopaísafora-
origemdoescândalodascandida-
turaslaranjasdoPSL,queserviude
pretextoparasuaexoneração.
Pormais de umavez, afirmou
que se sentiavulnerável e ameaça-
do.Temiaporsuavidaeadeparen-
tes.MenosemrazãodafamíliaBol-
sonaro,dequemvirou inimigo,e
maispelo estímulo do discursodo
presidenteedosfilhosnasredesso-
ciaisàviolência das hostesbolso-
naristasmais radicais, especial-
mente policiais armados. Sobreo
suposto arquivocom o qual pode-
ria comprometero presidente, de-
clarou àrádio Jovem Pan, em de-
zembro do ano passado: “Eu tenho
um material, sim, inclusive fora do
Brasil”. Em entrevista ao programa
“RodaViva”, da TV Cultura, no iní-
ciodomês,afirmouqueCarlosBol-
sonaro tentoumontar,nocomeço
dogoverno,comapoiodeumdele-
gadoda Polícia Federal,umórgão
de investigaçãoclandestina, numa
espécie de Agência Brasileira de In-
teligência(Abin)paralela.
No segundo semestrede 2017,
recém-chegado ao núcleo fami-
liar de campanha,Bebianno con-
quistou oespaço de protagonista
em meio ao ninhodos trêsfilhos
de Jair Bolsonaro. Gerou ciúmes
em Carlose desbancou a turma
de amigos de Flávio, que naquele
momento liderava a empreitada
e levaraopaiamigrar do PSC pa-
ra o PEN, sigla rebatizada como
Patriota. Numa guinada, Bolso-
naro seguiua orientaçãode Be-
biannoeselousuafiliaçãoedeto-
doogrupopolíticoaoPSL,ondeo
advogado assumiu apresidência
interinadopartido.
Era oauge do prestígio de Be-
bianno comBolsonaro. A ponto
de indicarseu amigo,oempresá-
rioPauloMarinho,comosuplente
na chapa de Flávio ao Senado.Era
na residência de Marinho, no
bairro do JardimBotânico,trans-
formadoemQGdecampanhapa-
ra o segundo turno contra Fer-
nando Haddad(PT), queocor-
riamreuniões,gravaçõesde ví-
deoseentrevistasàimprensa.
Rompidos com o bolsonarismo,
Bebiannoe Marinho voltaram-se
para ocentro do espectro político.
Saíramdo PSL e se filiaram ao
PSDB, ondeassumiram o partido
noRio,respectivamentecomopre-
sidentes dos diretórios da capital e
do Estado, sob as bênçãos do go-
vernador de São Paulo, João Doria.
Aintervenção gerou insatisfação
de tucanoshistóricos, como o de-
putado estadual eex-vice-gover-
nador LuizPaulo Corrêa da Rocha,
quesaiudalegenda.
Ao se filiar ao PSDB, Bebianno
acalentavaosonhodesercandida-
to a prefeito do Rio,embora asigla
já tivesse uma pré-candidata,aex-
secretária de Cultura no governo
do prefeito MarceloCrivella (Re-
publicanos) Mariana Ribas. O lan-
çamento oficial da candidatura,
noRio,seriaem4deabril.
Ao trazer Bebianno para o
PSDB,umdos objetivosde Doria
era contar com alguém com
grandeconhecimentodos pon-
tos fortese fracosde Bolsonaro,
para aconstrução de sua possível
candidatura ao Planalto em
2022.No radardo governador,
estava o planode que Bebianno
exercessepapelnacional seme-
lhanteao que o advogadode-
sempenhou,comocoordenador
decampanhaàPresidência.