O Estado de São Paulo (2020-03-17)

(Antfer) #1

Imersão


É o momento em que o proble-


ma a ser resolvido precisa ser


conhecido ao máximo. Valem


pesquisas exploratórias, obser-


vações e entrevistas para co-


lher a maior quantidade de infor-


mações possível.


Ideação


Com os conhecimentos obtidos


na imersão, passa-se a elaborar


propostas. Usa-se a técnica de


brainstorming, traduzida como


“tempestade de ideias”. O objeti-


vo é ser um “vale-tudo”, sem


ideias censuradas e com a


maior produção possível de da-


dos. No fim, pode-se definir o


que se obteve de dúvidas, supo-


sições e certezas para a resolu-


ção do problema.


Prototipação


Aqui as ideias tomam forma, tor-


nando-se visíveis e tangíveis pa-


ra serem melhor assimiladas e


aprimoradas. Podem ser desen-


volvidas representações vi-


suais com desenhos ou fotogra-


fias que indiquem a aplicação


gradual de uma ideia, denomina-


dos storyboards; reproduções


em papel, massa de modelar ou


elementos que mostram um pro-


duto de forma tridimensional


com o máximo grau de realis-


mo; e maquetes, nas quais um


projeto é retratado em uma esca-


la proporcional ou mesmo real.


3 PRINCIPAIS ETAPAS


O conceito de design thinking,


traduzido como o modo de pen-


sar de um designer, tem seus


primórdios na década de 1970


com a publicação do livro Expe-


riences in Visual Thinking , do


professor Robert H. McKim.


Docente do departamento de


Engenharia da Universidade


Stanford, McKim propôs im-


pulsionar o raciocínio com um


modo visual de pensamento


fundamentado em três elemen-


tos principais: ver, imaginar e


desenhar. A integração dos pro-


cessos ampliaria os métodos


de discernimento sobre os


mais diferentes temas e, conse-


quentemente, resultaria em


formas mais eficientes de reso-


lução de problemas.


Na década seguinte, o termo


design thinking seria populari-


zado com o trabalho de outro


professor de Stanford, Rolf


Faste. Diretor do programa de


design da instituição de 1984 a


2003, Faste promoveu a ideia


por meio de cursos nos quais


buscava desenvolver as habili-
dades inovadoras dos estudan-

tes. Ele fazia isso mapeando as


necessidades humanas e mos-


trando como a mente e o corpo


influenciavam a criatividade.


Dos cursos de produção vi-


sual, o design thinking saltou


para manuais e guias de gestão


com base na premissa de que a


união de aspectos cognitivos e


emocionais é importante para


identificar, analisar e resolver


problemas. Hoje, essa aborda-


gem é usada no dia a dia de em-


presas de diversos segmentos.


Com o design thinking, sai


de cena a fria abordagem admi-


nistrativa baseada em núme-


ros e dados estatísticos e ga-


nha espaço a observação das


pessoas e a compreensão do en-


torno como fontes de inspira-


ção. Ao mesmo tempo, a multi-


disciplinaridade torna-se in-


dispensável. A parceria entre


profissionais de áreas de co-


nhecimento distintas é funda-


mental para incentivar o am-


biente inovador nas institui-


ções. / A.G. e O.B.


Design thinking serve para identificar e analisar


situações; método alia emoção e cognição


Entenda origem


e o que significa


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lTerça-feira, 17 de Março de 2020I.EDU I 3

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