O Estado de São Paulo (2020-03-18)

(Antfer) #1

São Paulo 18 de março de 2020 |SEMINÁRIO INTERNACIONAL SESI DE EDUCAÇÃO| 5


EstematerialéproduzidopeloMediaLabEstadãocompatrocíniodoSesi.


VIÉS DE ALTA NO MAPA DO TRABALHO


Profissões ligadas à tecnologia vão crescer até 2023


APRESENTADO POR PRODUZIDO POR

Em busca


de um futuro


Como disse o embaixador da


Rockwell Automation para a


estratégiaSTEAM,JayFlores,


durante a abertura do Festi-


val Sesi de Robótica realiza-


do no Ibirapuera, “cereal não


nasceemárvores”.Afigurade


linguagem usada pelo enge-


nheiromecânicodeformação,


querodaomundoinspirando


jovens a se apaixonar por


Ciência,Tecnologia,Engenha-


riaeMatemáticaquermostrar


como é importante relacio-


nar os fatos entre si e, claro,


sempreestarpreparadopara


resolver problemas. Ou será


que uma fábrica de cereais


nãoprecisadaengenharia?


Os super-heróis modernos, para


Flores, são aqueles com capacidade


para resolver problemas, que pos-


samenfrentaros“desafiosimpostos


pelo mundo”.


Muito antes de chegarem ao


mercado de trabalho – e as pesqui-


sas mostram que as áreas científicas


e tecnológicas terão ainda muito


espaço para os jovens nos próximos


anos – os aproximadamente 1.500


alunos que enfrentaram os desafios


tecnológicos dentro da Fundação


Bienal no início de março seguiram


exatamente os conselhos do embai-


xador da Rockwell. Isto é, não fugi-


ram de um bom desafio.


Na modalidade First Lego Lea-


gue, por exemplo, os 100 times


que participaram do festival não


precisavam apenas ter um robô


eficiente, que fizesse as missões


predeterminadas em até 2 minutos


e meio. O grupo precisou defender


um projeto inovador para resolver


algum problema urbano, tema da


temporada atual, e mostrar que


consegue trabalhar em equipe.


Todos esses pilares são avaliados


de forma separada, e, depois, se


somam todas as notas para a defini-


ção do grupo campeão.


As rodadasfinais nas arenas da


First Lego League, onde compe-


tem robôs autônomos montados


sempre com peças de Lego, são


emocionantes. Gritos de guerra,


aplausos, aflições e concentração


para poder disparar os dispositivos


no momento certo para que eles


cheguem o mais rápido possível


na ponte antes do robô adversário


fazem parte do ambiente.


No somatório das quatro equi-


pes que fizeram a semifinal ha-


via na disputa quatro meninos e


quatro meninas. Como em toda a


competição apenas um time ven-


ce, também houve choro e frus-


trações antes de a dupla do time


Heroes, do Sesi Jundiaí, vencer a


competição dos robôs.


“Foiumaexperiênciaúnica.Estou


muito feliz de ter chegado até aqui”,


afirma Giovanna Tomazeto, 14, a


parte feminina da dupla campeã. Ela


estava ao lado do colega, e também


aluno do Sesi Jundiaí, Danilo Merlo,



  1. “Foi mais de um ano de prepara-


ção. Além de nós dois, a equipe tem


mais seis alunos, além do nosso men-


tor e técnico, professores da unidade


doSesidointeriorpaulista.”


No somatório geral da modalida-


de First Lego League, mesmo não


sendo a campeã na arena dos robôs,


o títuloficou com a Turma do Bob,


Rede pública inscreve projetos


Nos estandes da Bienal de São


Paulo, muitos sonhos foram exibi-


dos em forma de projetos de ino-


vação. Alguns times que participam


da First Lego League são de escolas


públicas do Brasil ou até mesmo


equipes de garagem, formadas por


jovens que estudam em escolas que


não se inscreveram na competição.


“Ser uma equipe de garagem é


complicado. Fizemos uma vaquinha


para estarmos aqui”, afirma Augus-


to Ernane, 16, que ao lado de Maria


Eduarda Mello, 16, e Adenir da Rosa


Jr., 15, forma a equipe de garagem


Conectados Old School, de Curitiba,


Maior potencial de crescimento com nível superior


Taxa de crescimento até 2023


Engenheiros Ambientais e afins


Pesquisadores de Engenharia e Tecnologia


Engenheiros Agrimensores e Engenheiros Cartógrafos


Gerentes de Operações de Serviços*


Engenheiros de Alimentos e afins


Engenheiros de Controle e Automação, Engenheiros Mecatrônicos e afins


Diretores de Serviços de informática


Pesquisadores das Ciências Naturais e Exatas


Ocupação


19,4%


17,9%


15,2%


15,1%


15,1%


14,2%


13,8%


12,5%


10,5


milhões


de trabalhadores terão


que ser qualificados em


ocupações industriais nos


níveis superior, técnico,


qualificação profissional e


aperfeiçoamento


22,4%


Maior taxa de crescimento


do número de vagas


vai para condutor de


processos robotizados


8,5%


Crescimento médio


projetado para as


ocupações industriais


*em empresas de transporte, de comunicação e de logística (armazenagem e distribuição)

CU
RR
ÍCU

LO


850.770


371.212


231.669


215.712


177.842


116.851


Metalmecânica


Alimentos


Confecção e vestuário


Eletroeletrônica


Energia e Telecomunicações


Química, Borracha, Petroquímica, Petróleo, Gás e Fármacos


Áreas com maior demanda por formação superior até 2023


Fonte: Mapa do Trabalho Industrial 2019-2023 do SENAI

Áreas com maior demanda por qualificação em geral (+200h) até 2023


Informática


368.057


Gestão


254.811


Construção


80.992


Metalmecânica


56.437


Produção


40.283


do Sesi de Governador Valadares,


em Minas Gerais. Seguido pela Sesi


Robotics School, de São Paulo, e


pelo time Heroes, de Jundiaí.


Na modalidade F1 nas escolas,


onde os times precisam disputar


provas com protótipos em escalas


reduzidas de carros de corrida, o


título ficou com a Spark - Sesi/


Senai, de Santa Catarina. As esco-


las podem competir ainda em uma


terceira modalidade, a First Tech


Challenge. Neste ano, o troféu ins-


piração desta categoriaficou com a


Geartech Canaã, de Goiânia (GO).


“Já vi o que vocês são capazes


de fazer”, disse Patrick Barnes, di-


retor para Educação do grupo John


Deere,empresaquecontratajovens


apaixonados por robótica.


Nossa escola


tem oficinas


de esporte,


música e


robótica. Por


isso, uma


das ideias


é fazer um


pavilhão para


a orquestra”


Gabrieli Welter, 11


Estudante de Porto Alegre


oriunda de uma escola pública. O


grupo desenvolveu, como projeto,


um sistema que transforma em tex-


to o idioma Libras. O objetivo deles


é ajudar os deficientes auditivos a


ter fluência com o português escrito.


Também vindos de uma escola


pública, mas da zona oeste de Por-


to Alegre, os integrantes da equipe


Lobóticos (Leonardo Balsamo, 15,


João Domingues, 15, Gabrieli Welter,


11, e João Welter, 15) também têm


sonhos. A proposta inovadora do


grupo é a reconstrução da Escola


Municipal de Ensino Fundamental


Heitor Villa Lobos, onde eles mes-


mos estudam. “Nossa escola tem


muitas oficinas de esporte, música e


robótica. Por isso, uma das ideias é


fazer um pavilhão onde, por exem-


plo, a orquestra de alunos possa


estudar e se apresentar para a co-


munidade da região”, diz Gabrieli. O


projeto tem ainda uma biblioteca.


O grande objetivo da equipe JP


Tech (Karen Santos, 13, Ana Luiza


Camelo, 12, Rodolfo Costa, 14, e Pau-


lo Marques, 13), da escola pública


Jarbas Passarinho, do bairro Souza,


em Belém (PA), é disponibilizar uma


maquete tátil em 3D no Forte do Pre-


sépio, um dos pontos turísticos da


cidade. A ideia deverá ser implemen-


tada no mundo real em breve.

Free download pdf