Valor Econômico (2020-03-18)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 11 da edição"18/03/2020 2a CAD A" ---- Impressapor VDSilva às 17/03/2020@22:25:1 9


Quarta-feira, 18 de marçode 2020|Valor |A


Internacional


EpidemiaPagamentosfazempartedepacotedeajudadeUS$1,2trilhão


EUA preparam distribuição


de dinheiro para população


JoshWingrove, Laura Davison
e Saleha Mohsin
Bloomberg, de Washington

O governo do presidente dos
EUA,Donald Trump, discute um
plano que podechegar aUS$ 1,
trilhão em gastos —entreeles pa-
gamentos diretos de US$ 1.000 ou
maisa americanos dentro de duas
semanas—paraamenizarpartedo
impacto econômico da expansão
daepidemiadocoronavírus.
OsecretáriodoTesouro, Steven
Mnuchin, propôs enviar US$ 250
bilhões em cheques no fim de
abril euma segunda série de che-
ques, no total de US$ 500 bilhões,
quatrosemanasdepois, se ainda
houver umaemergência nacio-
nal, de acordo com uma fonte fa-
miliarizadacomoassunto.
“Os americanosprecisam de di-
nheiro agora, eopresidente quer
dar dinheiro agora. E quero dizer
agora, naspróximas duassema-
nas”,disseMnuchinontemnaCasa
BrancaaoladodeTrump.
“É um númerogrande”, disse
Mnuchinarepórteresmaistarde,
no Congresso.“Esta éuma situa-
ção muitograndenestaecono-
mia,colocamosumapropostana
mesaque injetará US$ 1 trilhão
naeconomia.”
Ogovernoestudava lançarum
pacotede ajudano totalde US$
850 bilhões,mas discussõespos-

terioresincluíramgastosde até
US$ 1,2 trilhão,segundofontes
familiarizadascomoassunto.
Os pagamentosem dinheiro
fazempartede um planode estí-
muloque Mnuchin negocia com
o Congresso. Ogovernoainda
não decidiuquantoenviaráaos
americanos, mas querque os
chequessejamsuperioresaUS$
1.000,segundoduasfontesfami-
liarizadascomoassunto.
A proposta de Mnuchin prevê
US$ 300 bilhões em empréstimos
para pequenas empresas, US$ 200
bilhões em fundosde estabiliza-
ção,US$250bilhõesempagamen-
tos em dinheiro eapossibilidade
de umasegunda rodada de che-
ques,disseramfontes familiariza-
das com o assunto. Com a inclusão
do adiamento no pagamentode
impostos, o custo do plano ficaria
emtornodeUS$1,2trilhão.
Mnuchin disse que o governo
não tem a intençãode enviar che-
quesparamilionários, mas ressal-
tou anecessidade de urgência. O
envio dos cheques estarásujeito a
algum tipo de verificação de ren-
da,deacordocomumafontefami-
liarizadacomoassunto.
A ideia de enviar cheques aos
americanos foi aprovadapor par-
lamentares de todo oespectro
ideológico. Mas entregar dinheiro
aos americanostão rapidamente
quanto Trump deseja pode não ser
possível. Quandoo Congresso dis-
tribuiu cheques paracombater a
crisefinanceiraem 2009 houve
uma demora de maisde doisme-
ses da sanção do projeto até o en-

viodoschequespelocorreio.
Émaisrápidoemaissimplespa-
ra oCongresso enviaromesmo va-
lorparacadapessoa,masaindaas-
sim levará mesesparaacontecer,
disseMarcGerson, ex-consultor
tributário da ComissãodeFinan-
ças Públicasda Câmara. Se os par-
lamentares decidirem dar mais di-
nheiro aos trabalhadoresde baixa
renda,oprocesso se tornará ainda
mais complicado.“Existem limita-
çõespráticasememitircheques.”
JaredBernstein,economistado
Centro de Orçamento e Priorida-
des Políticas, disse que se os che-
ques de fato saíremem duasse-
manas, o impulso para a econo-
mia será visível em três semanas.
“Isso mostra o quantoas pessoas
já estãosob pressão.Esses che-
ques irãodiretamente paraopa-
gamento de dívidas, comode hi-
potecas ou cartões de crédito, ou
paracolocarcomidanamesa.”
Em outra medida para aliviar o
estresse financeiro dos america-
nos, Mnuchin disseque os contri-
buintesindividuaispodemganhar
umaextensãodoprazoparapagar
impostos de até US$ 1 milhão e as
empresas poderãoadiar paga-
mentos de impostosdeaté US$ 10
milhões. Segundo osecretário, es-
ses adiamentos podemsomar US$
300bilhões,valorsuperioraosUS$
200bilhõesqueelehaviaproposto
nasemanapassada.
Oadiamentode 90 dias dáaos
contribuintesmaistempoparapa-
gar suasdívidas fiscais vencidas
sem jurosou multas. Aindaassim,
aCasaBrancaincentivouoscontri-

buintes quenão devem dinheiro
de imposto de renda a entregarem
suasdeclaraçõesaté15deabril.
O líder da maioria no Senado,
MitchMcConnell,disse que o Par-
tido Republicano no Senado tra-
balharácomogovernoparaelabo-
rar um projeto de estímuloede-
pois começaráanegociarcom os
democratas,cujos votosserão ne-
cessáriosparaaprovaropacote.
“Nãovamos sair da cidade até
que tenhamos construído e apro-
vadooutralei”,disseMcConnell.
O Senadovotaráo pacoteque
foi aprovadopela Câmarae não
tentará combiná-lo com ne-
nhumplanodeestímulo.
A forte queda dos preços das
ações e a redução abrupta dos
gastos dos consumidores duran-
teumperíododedistanciamento
socialcristalizaramanecessidade
de o Congressoagir de maneira
rápida e ousada. O Federal Reser-
ve (o banco central dos EUA) já
utilizougrande parte de suas fer-
ramentaspara escorar a econo-
mia, o que deixa aos formulado-
resdepolíticasaopçãodeusares-
tímulosfiscais paraamenizar a
extensãodosprejuízos.
A notícia sobreas novas inicia-
tivas do governo para compensar
osprejuízosfinanceiroscausados
pelaepidemia levou a uma recu-
peraçãonasaçõesdosEUA.OS&P
500 subiuaté7%antes de cair pa-
ra 4%, para entãofechar com um
ganho de 6%, em meio à contínua
forte volatilidade do mercado. O
índice DowJonesIndustrialAve-
ragefechouemaltade5,2%.

IMPACTOSDO


CORONAVÍRUS


Governostêmde gastaro


queforpreciso paraconter


a recessão do coronavírus


Análise


MartinSandbu
FinancialTimes

À medida que fica maisclara a
enormidade das prováveis conse-
quências econômicas da covid-19,
osgovernosdevemse prepararpa-
ra problemas igualmente gigan-
tescosnas finançaspúblicas.Isso
não deve sermotivode alarme. Pe-
lo contrário,se os déficits dos go-
vernosnãoseampliaremnumaes-
cala sem precedentes numacrise
financeira mundial, então pode-se
considerar que as políticas gover-
namentaisfracassaram.
Entre 2008 e 2010, adívida pú-
blica dos países do G-7 (as sete
maiores economiasricas desen-
volvidas) cresceu entre 10 e 25
pontos percentuais, em termosde
relação com o ProdutoInterno
Bruto (PIB). Os déficits públicos
aumentaram entre 4 e10pontos
percentuais. A maiorparte disso
foi resultadoda fortecontraçãodo
PIB,que reduziu as receitastribu-
tárias e aumentouos gastos com
itens comoauxílio-desemprego —
a entrada em açãodos “estabiliza-
dores automáticos” dos orçamen-
tos dos governos. Umaparteme-
nor decorreu dos pacotes de estí-
mulofiscallançadosem2009.
Agoraparece que estaretração
econômica serátão profunda
quanto a causadapela crise finan-
ceira mundial de 2008. Economis-
tasacreditamqueoPIBchinêscaiu
até 13% nos dois primeiros meses
do ano. É provável que também
ocorram contrações dramáticas
nas economias dos EUA e da Euro-
pa, já que as viagens internacio-
naisestãoquaseparalisadasemui-
tas atividades dossetores de vare-
jo,serviços eindústria foram redu-
zidaspelasmedidasdeisolamento
edistanciamentosocial.
Comoaponta oprofessorde
economiaPierre-OlivierGourin-
chas, se as medidas para conter o
vírusreduzirem aatividadeeco-
nômica para metade do seunível
normalporummês,eemseguida
para três quartospor maisdois
meses, o crescimentoanual será
decercademenos10%noano.
Se a recessãodesteano for mais
profundado que em 2008-09, de-
vemosesperar déficits públicos
maioresdoque os daqueles anos.
Mas mesmo isso não serásuficien-
te. O estímulofiscal discricionário
necessário hoje émuito maiordo
que o1,5% do PIB realizado na
UniãoEuropeiaháumadécada.
Omotivo éque a resposta fiscal
corretahoje,alémdaobviedadede
gastaroquanto for necessário em
medidas de saúde pública,éga-
rantir arenda que as pessoasespe-
ravam ternão fossepelo vírus.Em-
boraadoençaeasmedidasdecon-
tenção constituam um choque de
oferta temporário (esperamos), as
repercussõesna demanda torna-
rão arecessão maisprofundae
mais longa. Odesaparecimentode
encomendas, empregose salários
—eaincerteza gerada—leva as
pessoas a restringir suas compras
muitomais do que seriaexplicável
só pelo efeito direto dos transtor-
noscausadospelaepidemia.
Épor isso que éum erro argu-
mentar que um grandeestímulo
da demandanão traránenhum
benefício porqueademandaé li-

mitadapelascadeiasde forneci-
mentointerrompidasepela me-
nor capacidade de gastar das
pessoasque se isolam.Oobjetivo
de um programafiscal,dimen-
sionado parasustentara renda
de todosduranteacrise, égaran-
tir que ademandanão se reduza
aindamais.Aquedadramática
nas expectativasde inflaçãosu-
gereque os mercadosesperam
umacontraçãomuitomaiorda
demandadoqueonecessário.
Para seus opositores, quais são
os riscos de um programa maciço
de transferência fiscal?Que as pes-
soasnãogastemessesrecursospor
serem fisicamente incapazes de fa-
zê-lo?Pelo menoselas não corta-
rão seus gastos porque temempor
seufuturo,queéoquepodecausar
umaespiraldescendente na de-
manda.Ouoriscoédequeadívida
adicional seja insustentável? Mas
os bancos centrais asseguram que
taxasde juro ultrabaixas podem
sermantidasnolongoprazo.
Ou o risco éde que eles tenta-
riam,sim, gastar os recursos, mas,
por causa das interrupções na
oferta, issocausaria uma altainfla-
cionária?Mas isso seria um sinal
de sucesso: provaria que uma con-
traçãomaisprofundadademanda
foi contida. Assimque acapacida-
de se normalizar,oaumento da
produçãoreduziráainflação.Pode
até haver um bônusadicional se a
demanda reprimida criar pressão
por umaproduçãomaior e por
melhorasnaprodutividade,exata-
mente quando as pessoasestive-
rem ansiosaspara voltar ao traba-
lhoecompensarotempoperdido.
O resultadode tudo isso édu-
plo. Em primeiro lugar, os gover-
nos devemabandonar acautela e
gastarmaciçamente. Luis Garica-
no,professor de economiaedepu-
tado europeu, propõe um progra-
made€500bilhões,oucercade4%
do PIB da UE. Mesmoisso podeser
muito modesto. Oprofessor Gou-
rinchas sugere que o tamanho do
estímulofiscal deve sertão grande
quantoaquedadoPIB.Seosgover-
nosterminaremoanocomdéficits
orçamentários de só um dígito,
provavelmenteterãofeitopouco.
Em segundolugar, arapidez é
essencial quando o objetivoé
tranquilizar as pessoas egarantir
que elas não ficarão mais pobres.
Isso coloca em pauta ideias políti-
cas que até ontem pareciam radi-
cais.Transferências universais pa-
ra todos os americanos estão sen-
do discutidasseriamente nos EUA
(seguindo o exemplo de Hong
Kong) como a maneira maisrápi-
da de obter tração na economia
real. A defesa por muitosecono-
mistas da garantia de renda, inde-
pendentemente da contraçãoda
oferta eda possível inflação,equi-
vale a um endosso tácito de uma
metapara o PIB nominal.
Quanto àzona do euro, épossí-
vel conceber amutualizaçãode
partedanovadívida,sejapormeio
de bônus comunseuropeusou de
recursos do BCE, paragarantir que
mercados de bônus inconstantes
não atrapalhem os gastos dosgo-
vernosparacombaterovírus.
Acontenção do vírusjá virou o
nosso dia a dia de cabeça para bai-
xo. Oremédio fiscalnecessário po-
de muito bem fazeromesmocom
muitas ideias econômicas
preconcebidas.

Françaadmiteestatizarempresasem dificuldade


Agências internacionais

A França está pronta para usar a
armada estatização para proteger
suas principais companhias da
turbulência nos mercados desen-
cadeada pela pandemia da covid-
19, afirmouontem o ministro das
Finançasfrancês,BrunoLeMaire.
“Não vamos hesitar em usar to-
das as armasdisponíveis”, afirmou
Le Maire. “Isso podeser uma capi-
talização,que pode ser feitapor

etapas. Eu possoaté mesmo usar o
termoestatização,senecessário.”
O ministrofrancêsdisseque
estáavaliandocomooEstadopo-
de dar apoioà Air France-KLM,
que tem sofrido pesadasperdas
comoresultadoda pandemia.Le
Mairedisseque se reuniu com o
executivo-chefe da companhia
aérea,Ben Smith,esta semana
paradiscutiracrise.
A Françaestá engajada numa
“guerraeconômica e financeira”,

continuou Le Maire.“Estaguerra
será longa,será violentae deve-
mos mobilizartodasnossasfor-
ças,nacional,europeiaedoG-7.”
A segunda maioreconomiada
zonado euro deveencolher cerca
de 1% este ano, em vezda previsão
inicial de crescimentode maisde
1%,disseoministrofrancês.
Le Maire forneceu ontemosde-
talhesde€45 bilhões em isenções
fiscais diretas epagamentos esta-
tais diretospara aeconomiado

país.alémdos€300 bilhões em
empréstimos garantidos pelo Es-
tadojáanunciados.
Amedidadeemergênciade€ 45
bilhões inclui€32 bilhões por mês
de adiamento no pagamento de
imposto das empresas e de encar-
gos de seguridadesocial. Também
inclui€8,5 bilhões em pagamen-
tos do Estado, por dois meses,a
trabalhadores temporariamente
demitidos por causa da crisepro-
vocadapelocoronavírus.

Curtas


Recessãoglobal
Economistasdobancodeinves-
timentosGoldmanSachsedo
MorganStanleyafirmamqueoco-
ronavíruslevaráaumarecessão
globalnesteano.OMorganStan-
leytemumarecessãocomocená-
riobase,comexpansãode0,9%do
PIBglobalnesteano.OGoldman
Sachs,porsuavez,prevêqueo
mundocresça1,25%nesteano.

Economiados EUA
AsvendasnovarejonosEUA
caíram0,5%(comajustesazonal)
emfevereiro,segundooDeparta-
mentodeComércioamericano.O
relatórioabrangeuummêsem
queocoronavíruscomeçouase
espalharnosEUA,masonúmero
decasospermaneciarelativamen-
tebaixo.Asvendasdeveículoscaí-

ram0,9%emrelaçãoajaneiro,as
vendasdeeletrônicosrecuaram
1,4%easvendasnossupermerca-
doscederam0,1%.Poroutrolado,
aproduçãoindustrialsemanteve
forteantesdapandemia,comum
crescimentode0,6%nomêsemfe-
vereiro,segundorelatóriodoFed.

Sentimento alemão
Oíndicedesentimentoeconô-
micodaAlemanhaelaboradopelo
institutoZewcaiuabruptamente
emmarçopara-49,5pontos,de
8,7emfevereiro,umaquedade
58,2pontos,amaiorquedadesde
queapesquisacomeçouaserfeita,
emdezembrode1991.Oresulta-
dorefleteosefeitosdacovid-19.“A
fortequedaapontaparagrande
declínionoPIBalemão”, dissea
consultoriaCapitalEconomics.

Epidemia e crisefortalecem candidatura de Biden


A ameaçadocoronavírusestá
beneficiandoo pré-candidato
democrata JoeBiden(foto),mostram
pesquisas.NosEstadosdeIllinois,
Flóridae Arizona, quetiveram
primáriasdemocratasontem,a
maioriadoseleitores disseconfiar
maisemBidendoqueemBernie
Sanderspara lidarcomumagrande
crise. SegundopesquisasdoEdison
Research,quecostumafazer
pesquisasdebocadeurna,metade
doseleitoresdeIllinoisestava“muito
preocupada" comosefeitos
potenciaisdapandemia, quelevou
Ohioa cancelarasprimáriasprevistas
para ontem. Aspesquisasindicaram
quesete dedez eleitores naFlóridae
seisde dez emIllinoise no Arizona
confiavam maisemBidendoque em
Sandersemumacrisecomo a atual.
Ex-vice-presidente,Bidenassumiua
dianteira dacorridademocrata nas
últimas duassemanas.Nanoitede
ontem,BidenderrotouSanders nas
primáriasdaFlóridae estavaa
caminho devenceremIllinois.A
candidatura democrata serádefinida
AP naconvençãodopartido, emjulho.

VenezuelapedeUS$5 bilhões


ao FMIpara conterpandemia


MarsíleaGombata
De São Paulo

A Venezuela pediuontem US$ 5
bilhões ao Fundo Monetário Inter-
nacional (FMI) para reforçar a ca-
pacidadedo sistemade saúdeem
meioàpandemiadocoronavírus.
Em carta à diretora-gerente do
FMI, KristalinaGeorgieva, o presi-
dente Nicolás Maduro pede que o
Fundo disponibilize US$ 5 bilhões
do Instrumento Rápidode Finan-
ciamento (RFI, na sigla em inglês),
ferramentade assistência aos paí-
ses com necessidadesurgentes. Se-
gundoele, o dinheiro será usado

para “fortalecer os sistemasde de-
tecçãoerespostaaovírus”.
OgovernoMaduroestásobsan-
çõesdo Tesouro americano.Para
emprestar a países sob sanções, o
FMI precisa de autorização do go-
vernodos EUA,que é seu maior
acionistaedificilmenteofaria.
“Maduroestá se aproveitando
da situação”, afirmaCarlosde Sou-
sa, da consultoria Oxford Econo-
mics, ao ressaltar que a pandemia
éumadesculpaparaogovernope-
dir recursos que necessitava antes
da epidemia. Os US$ 5 bilhões pe-
didos,diz, equivalema75% do to-
talimportadopelopaísem2019.

Argentinasuspendemeios


detransportesporcincodias


MarinaGuimarães
BuenosAires

O governoargentinovoltoua
endurecerasmedidasparaevitar
acirculaçãode pessoaseanun-
cioua suspensãode voosinter-
nos, ônibuse trensde longadis-
tânciaapartirdehoje.
A medida valerá por cinco dias,
durante o feriadoprolongadodo
DiadaMemória,quelembraoani-
versário do golpemilitar de 1976.
O objetivodo presidente Alberto
Fernández é reduzir ao mínimoa
circulaçãodepessoasparacontera
propagaçãodocoronavírus.

A Argentina já havia determina-
do o fechamento das fronteiras
terrestres,aéreas emarítimas do
país.O pacote anunciado ontem
tambémprevêrestrições ao fun-
cionamentodo transportepúbli-
co. As operações só serão normali-
zadasnapróximaquarta-feira.
A Agência Nacional de Seguran-
ça Viáriaintensificará afiscaliza-
ção para desestimular a circulação
nas rodoviase estradas de todoo
país.Na capital e na província de
Buenos Aires,regiãomaispopulo-
sa do país, os ônibus só poderão
transportarpassageirossentadose
separadosumdooutro.

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