Valor Econômico (2020-03-18)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 5 da edição"18/03/20202a CADA" ---- Impressa por VDSilva às 17/03/2020@22:32:


Quarta-feira, 18 de marçode 2020| Valor|A


Brasil


IMPACTOSDO


CORONAVÍRUS


Medidasemergenciaistêm


cautelafiscalcomomarca


Fa bioGraner
De Brasília

Ogoverno tem mostradocaute-
laemadotarmedidasdeexpansão
degastosparacombateracrisege-
rada pela coronavírus. A primeira
leva de iniciativas, anunciada na
segunda-feira, deixou isso claro.
Umadasmotivaçõesparaessemo-
do de atuação parte da avaliação
de que, mesmodespesas discricio-
nárias e extraordinárias, acabam
gerandouma dinâmicainercial
nas conta públicas que poderiam
deterioraradinâmicafiscaldelon-
goprazodopaís.
Mesmo assim, adespeitode seu
corteliberaleda direção original
do governo em reduzir oEstado, a
equipe econômicaadmite acionar
gatilhos de gastos, comoos crédi-
tos extraordinários para a Saúde e
outras iniciativas, comoo reforço
no atendimento do BolsaFamília.
Além disso, estuda-se medidas
maisfortes, comimpactos fiscais,
comoa distribuiçãodevouchers
parapessoas na informalidade, e
dinheironovoparaaSaúde.
Na entrevista coletiva de an-
teontem, o secretárioMansueto
Almeida foi enfático em dizer que
a Saúde terá quanto dinheiro for
necessário,embora atéagora odi-
nheiro alialocado tambémjá esti-
vesse no orçamento, não é adicio-
nalaoOrçamento.
Há umaavaliaçãonaequipe
econômica de queacriseédeex-
pectativas eéprecisocuidardessa
dimensãocommuita dedicação.
Maso time liderado por Paulo
Guedesadmitetambémdevemser
olhadosaoferta edemanda, dado
que esses componentes da econo-
mia já estão sendo atingidos,ain-
da que os efeitos sejam vistos co-
motransitórios.
“Há um choque de expectativas
que geraefeitosde demanda e
oferta. No curto prazo, há setores
bem maispessimistas, e isso exige
alguma forma de atuação, por

mais liberais que sejamos, do Esta-
do. Mas épreciso uma intervenção
inteligente”,dizumafonte.
Esseinterlocutorlembraqueote -
todegastosjápreviasituaçõesdeca-
tástrofe enão será preciso abrir mão
desse mecanismode controledas
despesas para reagir ao coronavírus.
Outra fonte completa que não pode
haverdúvidasdequeaSaúdeterádi-
nheiro para enfrentar a crise. “Se
precisar colocar R$ 20 bilhões lá é
claroquetemquefazer”, disse.
Aindaassim,omododeaçãovai
levaremcontaaleituradadinâmi-
cainercialdogastopúblico,decor-
rente da mobilização degrupos de
pressão. “É preciso evitar oque foi
feito em 2008, quando se pegou o
álibida crise ecomeçou aaumen-
tar ogasto. Quando acrise acabou,
o governo continuou crescendo a
despesa”, apontou o interlocutor.
“Gasto tem inércia no orçamento,
mesmoquando nãoéexatamen-
te”, completou, argumentando
que há dosede oportunismo em
alguns discursosem defesade au-
mentonosgastos.
Seja comofor, aequipeeconômi-
ca sabe que ademanda por recursos
públicos tende a aumentare não te-
rácomoescapardeatenderpelome-
nos parcialmente.No anúnciode
ontem,oimpactofiscaldasmedidas
foi pequeno. Basicamente pelore-
forçono BolsaFamília, cujos pouco
maisde R$ 3 bilhõesservirão para
eliminar a fila de 1milhão de famí-
liascriadapeloprópriogoverno.
Dificilmente o governovai esca-
par de ter que aplicar recursosadi-
cionais parao público dessepro-
gramasocial. Não foi àtoa que o
ministro Paulo Guedes disseque
medidas serão anunciadasperio-
dicamente. Eque aequipe econô-
micajá deixa claroque aceita mu-
dar a metafiscal, algo que parece
cadavez maisprovável de aconte-
cer.Mas,dizoutrafonte,vaiagirde
olho tambémno longoprazoeem
garantirumapercepçãodesolvên-
ciaapósofimdessacrise.

Pedro Paulo:projetodoPlanoMansuetopodeterdispositivosespecíficospara ajudarEstadosa enfrentara crise

LUIS MACEDO/CÂMARA DOSDEPUTADOS
LuAikoOtta
De Brasília

O governodiscutiu ontem me-
didas parareforçar finanças de
Estados e municípios, para que
eles possam enfrentar os efeitos
da pandemia do coronavírus. En-
treasalternativas em exame, es-
tãoatransferência de recursos
pormeiodefundoseasuspensão
temporária do pagamento de dí-
vidas pelos Estados, segundo in-
formouo deputado Pedro Paulo
(DEM-RJ), que se reuniupela ma-
nhã com osecretário especial de
Fazenda,WalderyRodrigues.
Pedro Paulo é relator do proje-
to de lei complementar do Plano
Mansueto, uma das prioridades
do governodiante da crise. Pre-
tende ter seu textoprontopara
votar nestasemana, se houver
quórum e acordo em torno da
proposta.Otextopoderá,inclusi-
ve, receber novos dispositivos es-
pecíficosparalidarcomacrise.
A suspensão do pagamentode
dívidas pelo prazode um ano foi
pedidanasegunda-feirapeloCo-
mitêde Secretários de Fazenda
dos Estadose do DistritoFederal
(Comsefaz). O grupo também
pediua aprovação imediata das
medidas contidasno PlanoMan-
sueto,que permite contratação
deempréstimos.
Segundoo deputado,aequipe
econômicaavaliava ontem se a
suspensãodo pagamento seriaa
medida maisapropriadaparao
momento.Eleobservouqueseria
benéfica para São Paulo,por
exemplo.Masmenosefetivapara
Estados poucoendividados, co-
moosdoNordeste.Einócuapara
os Estados em situação financei-
ra maiscrítica,que já não estão
pagandoadívida.Sãooscasosde
RiodeJaneiro,RioGrandedoSul,
GoiáseMinasGerais.
Se aopçãofor pela suspensão
do pagamento das dívidas,isso
precisaráser incluído em lei. O
dispositivopoderia “pegarcaro-
na” no projeto do PlanoMansue-

PECEmergencial,se já estivesse


aprovada,barrariaplanos deGuedes


MarianaRibeiro
De Brasília

Parte do pacote do Ministério
da Economiapara combateros
efeitossobreaeconomiadoavan-
ço do coronavírus ficaria inviabi-
lizada se a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) Emergencial
já estivesse aprovada, segundo
ViníciusAmaral,consultordeOr-
çamentodoSenado.
Elencada pelo ministro da
Economia,Paulo Guedes,como
umadas prioridadesparafazer
frente àcrise, aPEC vedaria,por
exemplo, aredução a zero de alí-
quotas do Imposto de Importa-
ção paraprodutosde uso médi-
co-hospitalaraté o fim do ano e a
desoneração temporária de Im-
postosobreProdutosIndustriali-
zados(IPI) dos produtosnacio-
nais eimportados necessáriosao
combatedadoença.
As ações iriamde encontro ao
trecho da propostaque proíbea

concessãoou ampliaçãode in-
centivo ou benefício tributário
quandoa Uniãoestiver no cha-
mado “estadode emergência fis-
cal” —ouseja, descumprindoa
regra de ouro, que impedea
emissão de dívida parapagar
despesacorrente.Hoje,aesfera
federal já se encontraria em
emergênciafiscal,oque dispara-
riaessaeoutrasvedações.
Seriabarradatambémaex-
pansãodeR$5bilhõesdecrédito
do Proger/FAT paramicroepe-
quenas empresas,explicou Ama-
ral. Isso porque amedidades-
cumpriria a proibiçãode criação
ou expansãode programaseli -
nhas de financiamento. Além
disso, a reduçãode 50% das con-
tribuiçõesdo SistemaS por três
mesese o reforçoao BolsaFamí-
liapoderiamsercontestados.
Essasações fazem parte do pa-
cote emergencial de enfrentamen-
to àpandemia, que pretende inje-
tarR$147bilhõesnaeconomia.

“Quandoogovernoanuncia
medidasque seriaminconstitu-
cionaispela PEC que ele mesmo
propôs e está listando como
prioridade,não possodeixarde
ver nissouma revisãoda posição
anterior.Écontraditório”, afir-
mouAmaralaoValor.
Para ele, adificuldadeimpos-
ta pela PEC Emergencialéade o
governo, voluntariamente, se
desfazerde “grandepartede seu
arsenal” paralidar comsitua-
çõesadversas.“Até o momento,
ninguémsabequalserá a dura-
ção ou a intensidadeda crise.O
riscoéopróprio governose pri-
var de mecanismosque possam
ser necessários.”
A PEC tambéminviabilizaria,
explicouo consultor, a contrata-
ção emergencial de médicos,
anunciada pelo Ministério da
Saúde,já que vedaaadmissão
ou contratação de pessoal “a
qualquer título”em casos de
emergênciafiscal.

‘Regra deouro’ terádesercumprida


mesmo comcalamidadepública


Fa bioGraner
De Brasília

Ainiciativa de decretarcalami-
dadepública esuspendera meta
deresultadoprimáriocombaseno
artigo65daLeideResponsabilida-
de Fiscal (LRF) não eximirá ogo-
vernodecumprira“regradeouro”
das contas públicas. O dispositivo
que prevê que o governo não pode
se endividarpara fazer gastos cor-
rentes estána Constituição. E, nes-
se caso,ogoverno dependedo
Congresso aprovar um crédito pa-
rapoderdescumpri-lo.
Fontes do governo confirma-
ram que,seja qualfor ocenário,
não tem comoescapardepedir ao
Congresso a aprovação de crédito
para cumprira“r egra de ouro”. O
orçamento de 2020foiaprovado
com a necessidade de se aprovar
até R$ 342 bilhõesde crédito, em-
bora a necessidade, antesdo coro-
navírus,apontasseparamenos.
No último ano, ogovernopreci-

souqueoCongressoaprovasseum
crédito para considerara“r egra de
ouro” cumprida.Semcumpriresse
mecanismo, as autoridades po-
demseracionadas por crime de
responsabilidade. Comaprovável
elevação do gastopúblico para
combater os efeitosdo coronaví-
rus,ova lor do créditoaserpedido
émais incerto.“A‘regra de ouro’
não temsalvação. Temque pedir a
benção ao Congresso”, disseuma
fonte,apontando que a tendência
na área econômica é maisde alte-
rar a metafiscal no futuro do que
acionarestadodecalamidade.
O diretor-executivoda Institui-
ção Fiscal Independente (IFI),Feli-
pe Salto,concorda que a“regrade
ouro” não ésuspensapor uma
eventualdecretação de estado de
calamidade. E ressaltaque prefere
a ideia de se alterarameta fiscal a
acionar oartigo 65 da LRF.“Eu pre-
firoasaídadealteraçãodametade
resultadoprimário e aumento, se
necessário, do crédito suplemen-

tar autorizando rompimentoda
regrade ouro, via alteração da Lei
Orçamentária”, disse. Para ele, o
volumede crédito previsto no Or-
çamentoparecesuperestimado.
O especialista em finanças pú-
blicas Leonardo Ribeiro aponta
que umaalternativa é o governo
tentarsuspendera“regradeouro”,
por emenda constitucional ou por
lei complementar, já que acalami-
dadenão se aplica aesse dispositi-
vo. Para ele, oCongresso não deve
trazerproblemas paraqualquer
dessasalternativas.
Na visãode Ribeiro, maisimpor-
tante do que a questão da regrade
ouroéogoverno manter oteto de
gastos e alterar ameta de resultado
primário.Assim,poderáacionar o
mecanismode crédito extraordiná-
rio para fazerdespesas na área de
saúde e em outrasáreas, sem perder
aresponsabilidadefiscal.TantoSalto
quantoRibeirofalaramaoValoran-
tes de o governo pedir ao Congresso
adecretaçãodecalamidadepública.

to,que aguardaaprovação há
maisdeumanonoCongresso.
Umasolução menos difícil de
implementar seria o reforço dos
orçamentos de Estados e municí-
pioscomoaportedenovosrecur-
sos federais. Essa alternativa esta-
va em análise ontem. Ogoverno
já informouque poderá alterar a
metade resultado das contas pú-
blicas para abrirespaço no orça-
mentoparanovosgastos.
Essamudançadametaédefen-
dida pelos secretários estaduais
de Fazenda. Na carta, eles pedem
quesejarebaixada,“paraquenão
hajaameaça de contingencia-
mentonomomentoemqueoSis-

tema Único de Saúdemais preci-
sa eprecisará de recursosque im-
pactam diretamente nas presta-
çõesestaduaisdogênero.”
Osecretáriodo TesouroNacio-
nal, MansuetoAlmeida,adian-
tou que ogoverno anunciaráum
contingenciamento de recursos
do Orçamento nesta semana.
“Masserá curto”, afirmouMan-
sueto.Obloqueioderecursosdu-
rará“sóatémudarameta”.
Os Estadostambémpedemli-
beraçãoemergencialde maisre-
cursos para as secretarias de
Saúdee de recursos livres,“para
reforçoda capacidadefinancei-
ra dos Estados”.Sugeremainda

linhasde créditodo BNDESpara
investimentosem obrasecus-
teio da saúde.
O relatóriode Pedro Paulo pa-
ra o projetode lei do PlanoMan-
suetoseráveículoparaajustesno
Regime de RecuperaçãoFiscal
(RRF),umprogramaquepermite
a suspensãodo pagamentodas
dívidascom o Tesouroem troca
de medidasde apertofiscal.En-
tre as alteraçõesaseremincluí-
das pelorelator,está oalonga-
mentodoprazoparaoEstadore-
cuperarsua condiçãode paga-
mento.Hoje são três anos,pror-
rogáveis por mais três. Pedro
Pauloquermudarparadezanos.

ConjunturaMedidaserávotadanaCâmaraenoSenadoenecessitademaioriasimplesparaseraprovada


Governo pede decretação de estado de calamidade


Fa bioMurakawa, Ribamar Oliveira,
Marcelo Ribeiro, LuAiko Otta e
Fa bioGraner
De Brasília

O Paláciodo Planaltoanun-
ciouontemqueogovernopedirá
ao Congresso Nacionaloreco-
nhecimentode Estado de Cala-
midade Pública, em meio ao
avançono país da epidemiade
covid-19, causadapelo coronaví-
rus. A medidaajudaráo governo
aaumentar os gastossem des-
cumpriro teto constitucionalde
gastoseaLeide Responsabilida-
de Fiscal(LRF).Tambémpossibi-
litaráacompradeequipamentos
einsumosmédicossemlicitação.
Oanúncio foi feitona noitede

ontem, por meio de uma nota en-
caminhadaà imprensapela Secre-
taria Especial de Comunicação So-
cial da Presidência (Secom). Com
as empresasreduzindo jáseu rit-
mo de produção e pedindo que
seus funcionários permaneçam
em casa, ogoverno reconheceu no
documentoestar diante da pers-
pectivadequedadearrecadação.
“Em virtudedo monitoramen-
to permanenteda pandemiaco-
vid-19,da necessidadede eleva-
çãodosgastospúblicosparapro-
tegera saúdeeos empregos dos
brasileiros e da perspectiva de
quedade arrecadação,ogoverno
federal solicitaráao Congresso
Nacionaloreconhecimento de
Estadode Calamidade Pública.A
medidaterá efeitoaté 31 de de-
zembrode2020”,disseanota.
O governo explica no comuni-
cado que “o reconhecimentodo
Estado de CalamidadePública

temsuporte no disposto no arti-
go 65 da Lei de Responsabilidade
Fiscal(LRF) o qualdispensaa
Uniãodoatingimentodametade
resultado fiscal prevista na Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO)
e, em consequência, da limitação
deempenhoprevistanaLRF”.
EspecialistasouvidospeloVa-
lorexplicamquecalamidadepú-
blicadecretadaontemnão tem
naturezaconstitucional. Ela é
previstana LRF. Serávotadana
Câmaraeno Senadoe necessita
demaioriasimplesparaserapro-
vada.Pornãoternaturezaconsti-
tucional, évoltadaparaa ques-
tãofiscal,nãodeoutranatureza.
Amedida tampouco impede
aprovaçãodePropostasdeEmen-
da Constitucional (PECs) e outro
tipo de matéria. Ela será votada
pela duascasas assim que o siste-
ma remoto de votação for im-
plantado —medida adotada pelo

Parlamento para evitar aglome-
raçõesemmeioàpandemia.
Os gastosextrassob acalami-
dadepública serão feitos por
meiode medidaprovisóriaenca-
minhadapelo Executivoao Con-
gresso.Essas MPs irão prevercré-
ditosextraordinários, que não
entramnacontabilidadedoteto
de gasto—são contabilizados na
metafiscal.Coma decretaçãoda
calamidade pública,a LRF diz
que a Uniãofica desobrigada de
cumprira metafiscal,que era de
déficitde R$ 124 bilhões,disse
umafontedaáreaeconômica.
A vedaçãoa PECsocorreria em
situaçõesde estadode defesa,de
sítio ou intervenção federal.
Amedidanão estende seus
efeitosde liberaro cumprimen-
to de regrasfiscaisprevistas na
Lei de ResponsabilidadeFiscal
aos EstadoseMunicípios,que
tendema seguiro mesmocami-

nho do governofederal.
A decretaçãode calamidade
não liberaogoverno de cumprir
o teto de gastose a “regrade ou-
ro” das contaspúblicas,que são
dispositivos fiscaisprevistosna
constituição.
Na nota,oPlanalto reafirmou
seu compromissocomas refor-
mas e“a manutençãodo teto de
gastoscomoâncorade um regi-
me fiscalque assegurea confian-
ça e os investimentos pararecu-
peraçãode nossadinâmicade
crescimentosustentável”.
Em um cenário que ocresci-
mentodoPIB e areceita ainda in-
certa essa é a melhor alternativa
paranão termos que ficar a cada
dois mesesmudando aprojeção
da metado primário e pedindo
mudanças na LDO.Com amedida,
ogoverno mudar aprojeção do re-
sultado primário semter que fazer
contingenciamentoou mudanças

sucessivasnametanaLDO.
AoValoro presidenteda Câ-
mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmouque pediráque parla-
mentares compareçam nesta
quarta-feiraparatentarvotaro
reconhecimentodoEstadodeca-
lamidade.A decisãodo governo
foi alinhadacom o que Maiavi-
nha defendendosobreanecessi-
dadedealteraçãodametafiscal.
A expectativa é que o textoseja
votadona Câmaraeno Senadose-
paradamente, com necessidade de
apoio de maioria simples para
aprovação, semelhanteao que
ocorreunaépocadodecretodein-
tervenção federal no governo do
ex-presidenteMichelTemer.
Técnicos da Câmara avaliam
que o movimentonão deve ter ne-
nhumimpactonos trabalhos do
Poder Legislativo,permitindo in-
clusive atramitação de propostas
deemendaconstitucional(PECs).

Estados podem ter‘re forço’ nasfinanças


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