A Nossa Espera/
Nos Batailles
(Bélgica, 2018.) Dir. e roteiro
(com Raphaëlle Desplechin)
de Guillaume Senez, com Ro-
main Duris, Laetitia Dosch,
Laure Calamy.
Quarteto Fantático/
Fantastic Four
(EUA, 2005.) Dir. de Tim Story, com
Ioan Gruffudd, Jessica Alba, Chris
Evans, Michael Chiklis, Julian McMa-
hon, Kerry Washington, Stan Lee.
Wyatt Earp/
Wyatt Earp
(EUA, 1994.) Dir. de Lawrence Kas-
dan, com Kevin Costner, Dennis
Quaid, Gene Hackman, Michael
Madsen, Jeff Fahey, Bill Pullman.
Amigos viajam ao espaço num
experimento científico e são
submetidos a uma nuvem
cósmica que provoca muta-
ções em seus corpos. Chris
Evans faz o Tocha e, por causa
do personagem, ele quase não
conseguiu interpretar o papel
que o transformou em astro –
Capitão América.
GLOBO, 15 H. COLORIDO, 106 MIN.
Luiz Carlos Merten
Dois filmes em um. Ro-
main Duris faz trabalhador
engajado na defesa da cate-
goria. Logo, sua vida sofre
uma mudança de rumo. A
mulher desaparece, e ele
tem de lidar com os filhos e
o impacto produzido pelo
abandono. O que está ocor-
rendo? O filme foge a es-
quemas preconcebidos.
Começa político, vira dra-
ma familiar. Duris entrega
uma interpretação forte.
TEL. CULT, 20H10. COL., 98 MIN.
A história do lendário delega-
do serve para uma súmula do
Oeste. A juventude de Wyatt,
o casamento, a morte da mu-
lher, o alcoolismo, a transfor-
mação em homem da lei, o cé-
lebre duelo com os Clanton,
no OK Corral. Sólido e som-
brio, o filme beneficia-se do
elenco de astros.
TCM, 22H. COLORIDO, 212 MIN.
PROGRAMAÇÃO
l Junho
6 - Caetano Veloso e Ivan Sacer-
dote no Espaço das Américas
27 - Maria Bethânia no Unimed-
Hall
27 - Skank no Espaço das Améri-
cas
l Julho
10 - Chitãozinho e Xororó no Es-
paço das Américas
10 - Lenine no Teatro Opus
17 - Thiago Arancam, Tom Brasil
18 e 19 - Taylor Swift no Allianz
Parque
l Agosto
14 a 23 - Ópera ‘Don Giovanni’,
de Mozart, no Teatro Municipal
l Setembro
11 - A-Ha no Espaço das Améri-
cas
24 - McFly no UnimedHall
l Outubro
22/10 a 4/11 - Mostra Internacio-
nal de Cinema de São Paulo
30/10 a 8/11 - Bienal Internacio-
nal do Livro de São Paulo
l Novembro
Segunda quinzena - Wu Tang
Clan no Espaço das Américas
l Dezembro
3 a 6 - CCXP
4, 5 e 6 - Lollapalooza Brasil no
Autódromo de Interlagos
Eliana Silva de Souza
Dias de distanciamento social,
de ficar em casa para evitar
contato com outras pessoas
que possam estar com sinto-
mas de coronavírus. O momen-
to é complicado, precisamos
refletir sobre nós e os outros,
como contribuir para que a
pandemia cesse o mais rapida-
mente possível. Bem, enquan-
to somos forçados a ficar quie-
tos em casa, vamos aproveitar
para curtir o que há de melhor
e mais interessante nas plata-
formas de streaming ou on de-
mand. Aqui, algumas dicas de
séries curtas para você marato-
nar e se divertir um pouco.
Aqui vai uma que tem ape-
nas seis episódios e nos remete
a um futuro de caos. Trata-se
da série Years and Years, produ-
ção da HBO com a britânica
BBC. Criada por Russell T Da-
vies, segue a vida da família
Lyons, com todos seus proble-
mas e conflitos. Vamos vendo
no decorrer dos episódios o
que cada membro pretende da
vida. Em paralelo, vemos a es-
calada de Vivianne Rook (Em-
ma Thompson), adepta de po-
lítica populista para se tornar a
primeira-ministra do Reino
Unido. Todas as histórias indi-
viduais vão se encontrando em
um mundo que vai se alteran-
do radicalmente pelo período
de 15 anos.
Agora uma que está no Glo-
boplay e que você assiste em
um piscar de olhos. No catálo-
go da operadora estão disponí-
veis duas temporadas, no
aguardo de que tenha sequên-
cia, valeria. Killing Eve é uma
espécie de trama de gata e rata,
pois temos uma detetive deter-
minada à caça de uma assassi-
na muito doida. A cada episó-
dio, vamos acompanhar histó-
rias recheadas de humor e
boas tiradas. Seguimos a agen-
te da inteligência britânica Eve
Polastri, interpretada por San-
dra Oh, que tenta desvendar
assassinatos e, para isso, fica
no calcanhar da assassina de
aluguel russa Villanelle (Jodie
Comer). E essa relação, de an-
tagonistas que se atraem, faz
com que uma acabe admiran-
do a outra e começando uma
relação um tanto estranha para
a situação.
E que tal ser uma mãe perfei-
ta, zelosa, casada, bem de vida
e de repente se meter com um
dos maiores bandidos da cida-
de? Pois bem, em Good Girls,
que está na Netflix, traz não
uma, mas três mulheres em
apuros depois de aceitarem
trocar de rota para conseguir
dinheiro. Prepare-se para mui-
ta ação e diversão com o trio
formado por Beth Boland (Ch-
ristina Hendricks), Ruby Hill
(Retta), Annie Marks (Mae
Whitman), além do bandido
Rio (Manny Montana).
E, na Amazon Prime Video,
destaque para a recente Hun-
ters, que traz o quase octogená-
rio Al Pacino na pele de Meyer
Offerman, um sobrevivente do
Holocausto. Na Nova York dos
anos 1970, Meyer se une a ou-
tros para formar um grupo de
caça a nazistas que vivem infil-
trados na sociedade americana
e têm como objetivo criar o
Quarto Reich. Em meio a isso
está o jovem Jonah Heidel-
baum (Logan Lerman), um ór-
fão criado pela avó Ruth (Jean-
nie Berlin), que morre em um
assalto suspeito.
Leandro Nunes
Na cidade fantasma de Milão,
o ilustrador Emiliano Ponzi ca-
minha por ruas vazias. No bair-
ro de Navigli, onde o italiano
mora, a região de bares e res-
taurantes está silenciosa. Uma
cena que o faz lembrar do fil-
me Eu Sou a Lenda, com Will
Smith. “Eu deveria esperar
uma horda de zumbis vindo
me atacar”, diz ele, em artigo
especialmente escrito para o
jornal The Washington Post.
Ponzi é um dos artistas que
têm retratado cidades impac-
tadas pela quarentena em de-
corrência do novo coronaví-
rus e partilhado as imagens
nas redes sociais.
No Instagram, o ilustrador co-
meçou o diário de imagens Itá-
lia Vs Covid-19 – Um Filme Que
Nós Não Queríamos Assistir, em
que narra a nova rotina da prin-
cipal capital italiana, epicentro
da contaminação pelo novo co-
ronavírus na Europa. “Estou no
meu estúdio. São 7h34 da ma-
nhã e tenho esse impulso de me
levantar e ir ao café na esquina.
Os hábitos são difíceis de ma-
tar, mas todas as cafeterias e
restaurantes foram obrigados
a fechar ontem”, escreveu ele,
nesta quarta-feira, 17.
O olhar de Ponzi pela cidade
é repetido por outros artistas
visuais ao redor do mundo. Há
os que preferiram registrar os
efeitos da quarentena nas cida-
des, enquanto outros artistas
usam suas habilidades para fa-
zer o trabalho de conscientiza-
ção, informando a população
sobre hábitos saudáveis contra
o novo coronavírus.
O cartunista brasileiro Mau-
ricio de Sousa entrou nessa
campanha com um feito inédi-
to e inusitado. No perfil da Tur-
ma da Mônica no Twitter, ele
publicou a imagem do Cascão
diante de uma pia, pronto para
lavar as mãos. O famoso perso-
nagem criado pelo cartunista é
conhecido por ter pavor de
água, de tomar banho e de chu-
va. “Já lavaram as mãos? Esta é
a principal forma de se preve-
nir contra o novo coronaví-
rus”, informa o post.
No Reino Unido, os fotógra-
fos Jamie Beck e Kevin Burg, do
Ann Street Studio, começaram
a postar imagens diárias, entre
elas fotografias de natureza-
morta, em sua conta no Twit-
ter sobre a nova rotina de isola-
mento, com a hashtag #isola-
tioncreation.
Outra publicação que ga-
nhou as redes em prol do isola-
mento foi feita por duas brasi-
leiras, a artista plástica Rita
Wainer e a designer Júlia Gas-
tin. Junto com a imagem de um
coração vermelho, há a mensa-
gem: “Fique em casa. Por amor.
Por empatia. Não é por um, é
por todos”.
A fotógrafa Arina Voronova,
de Nova York, criou uma cam-
panha de arte de rua que se es-
palhou pelas ruas da cidade em
quarentena. Ela é autora de The
Act of Love, um projeto urbano
que traz imagens de pessoas
usando máscaras respiratórias
enquanto se beijam.
Com a cidade de Nova York
perto de um bloqueio total, a
fotógrafa tentou trazer uma
mensagem de amor em um
momento difícil. Caminhan-
do pelas ruas, Arina abordou
casais pelas ruas e já fotogra-
fou dezenas de pessoas, disse
em entrevista ao The Guar-
dian. “É uma campanha de hu-
manização. O objetivo é mos-
trar amor, positividade e
apoio a todos os países.”
No Instagram, o projeto traz
fotos de bastidores pelas ruas
nova-iorquinas. “A tarefa que de-
vemos definir para nós mesmos
não é a de nos sentirmos segu-
ros, mas sermos capazes de tole-
rar a insegurança”, descreve a fo-
tógrafa em uma publicação.
Lollapalooza e CCXP vão
ocorrer na mesma data
DESTAQUE
PANDEMIA DO CORONAVÍRUS
Visuais. Em Nova York, fotógrafa faz imagens de casais se beijando com máscaras; no Brasil, Mauricio de Sousa cria cena com Cascão
Filmes na TV
Guilherme Sobota
João Ker
Com o surto do novo coronaví-
rus, diversos eventos, shows e
festivais em São Paulo foram
adiados para junho e todo o se-
gundo semestre de 2020. Mui-
tos deles ainda não informaram
as novas datas, mas na lista ao
lado a reportagem levantou os
principais eventos no calendá-
rio da cidade para esse período.
A principal coincidência será
entre o Lollapalooza (adiado
por conta da epidemia) e a
CCXP: ambos ocorrem no fim
de semana dos dias 4, 5 e 6 de
dezembro.
Outra coincidência, que já es-
tava prevista, é a Mostra de Ci-
nema e a Bienal do Livro serem
realizadas entre o fim de outu-
bro e o início de novembro.
Na quarta-feira, 18, a organiza-
ção do festival britânico Glaston-
bury informou que sua edição
deste ano está oficialmente can-
celada por causa da pandemia
do novo coronavírus. Os ingres-
sos deste ano, que teria Taylor
Swift, Diana Ross, The Killers e
Paul McCartney como headli-
ners, valerão para o evento que
será realizado em 2021. “Clara-
mente, essa não é uma medida
que queríamos adotar na nossa
edição de aniversário de 50
anos”, anunciou a organização
do evento em comunicado.
ILUSTRAÇÕES DE EMILIANO PONZI
Campanha. Cascão enfrentou a água por hábito saudável
Quarentena inspira artistas pelo mundo
Momento complicado, séries podem ajudar
‘Killing Eve’. Série mostra divertida caçada de gata e rata
GLOBOPLAY
Milão. O
olhar do
ilustrador
italiano
Emiliano
Ponzi
para os
efeitos do
isolamento
na cidade
VITRINE FILMES
MAURICIO DE SOUSA
%HermesFileInfo:C-5:20200319:
O ESTADO DE S. PAULO QUINTA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2020 Caderno 2 C5