O Estado de São Paulo (2020-03-22)

(Antfer) #1

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A20 Metrópole DOMINGO, 22 DE MARÇO DE 2020 O ESTADO DE S. PAULO


Falecimentos


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O


s parques da cidade
de São Paulo ama-
nheceram fechados
no sábado, dia 21. Ontem foi
o primeiro dia da nova medi-
da, publicada pelo prefeito
Bruno Covas (PSDB) no Diá-
rio Oficial do município na
sexta-feira, 20, para conter o
avanço do novo coronaví-
rus. A proibição do acesso
aos espaços se estende aos
parques estaduais, em cum-
primento ao estado de cala-
midade pública, também de-
cretado na sexta pelo gover-
nador João Doria (PSDB).

O fechamento dos 107 par-
ques da capital vale por tempo
indeterminado. A decisão en-
globa o Parque das Bicicletas,
localizado em Moema, na zona
sul da capital, e o Centro Espor-
tivo, Recreativo e Educativo do
Trabalhador (Ceret), na zona
leste da cidade. Apesar da ação
emergencial para esvaziar as
ruas e os lugares de grandes
aglomerações, populares en-
contraram um jeito de burlar as
regras.
Nas primeiras horas do sába-
do, algumas pessoas utilizaram
o lado de fora do Parque do Ibi-

rapuera para praticar exercí-
cios. Cartão-postal da cidade, o
local costuma receber cerca de
150 mil pessoas aos fins de se-

mana. Por mês, registra aproxi-
madamente um milhão de en-
tradas.
Outro ponto de circulação in-

tensa aos sábados e domin-
gos, a Avenida Paulista tam-
bém teve movimentação
bem abaixo do normal na ma-
nhã de ontem. Entre os que
passavam pelo endereço
mais famoso de São Paulo, a
maioria adotava o uso de
máscaras protetoras, indica-
da para quem apresenta sin-
tomas de covid-19.
Os efeitos do decreto de
Covas em outras áreas come-
çaram a valer na sexta-feira,
quando o comércio de toda a
cidade fechou as portas. Lo-
jistas estão proibidos de
atender presencialmente o
público por 15 dias. A medida
não vale para farmácias, mer-
cados, feiras livres, lojas de
conveniência e postos de
combustível, entre outros es-
tabelecimentos. Bares, pada-
rias e restaurantes podem
funcionar, mas com regras
adicionais de higiene

Monica Scaramuzzo


Pesquisa feita pelo Instituto
Locomotiva indica que as
pessoas entendem que o go-
verno bate cabeça e não há
discurso alinhado com gover-
nadores e prefeitos. O levan-
tamento, feito na sexta-feira
(dia 20), foi obtido com exclu-
sividade pelo Estado, e mos-
tra que só um terço da popula-
ção brasileira acredita que o
País está preparado para
combater o novo coronaví-
rus. Foram ouvidas 2.305 pes-
soas, por telefone, de todas
as capitais do Brasil, além do
Distrito Federal. “Apenas 3
em cada 10 brasileiros acredi-
tam que o País esteja prepara-
do para a pandemia”, afirma
Renato Meirelles, presidente
da Locomotiva, empresa de
pesquisa especializada na
classe C.
A visão mais pessimista so-
bre o combate da pandemia es-
tá na população mais jovem, de
18 a 29 anos. Nesta faixa, 86%
não acreditam que o sistema pú-
blico de saúde consiga conter o


avanço da doença. Já entre as
pessoas acima de 60 anos, a
crença é maior: 37% estão oti-
mistas e 63% não.
“Há alguns fatores que pesa-
ram na pergunta sobre o Brasil
estar ou não preparado para a
pandemia. O principal era se o
sistema público de saúde está
preparado para receber os
doentes. E a impressão geral é
de que não. As pessoas também
acham que o governo está ba-
tendo cabeça entre eles e de
que não há um discurso alinha-
do do presidente Jair Bolsona-
ro com governadores e prefeitu-
ras. E isso é um fator de preocu-
pação”, explica Meirelles. Ou-
tro ponto de dúvida é sobre o
que é gripe ou pandemia. “A po-
pulação acredita que outros paí-
ses estão mais organizados pa-
ra combater o coronavírus.”
A pesquisa mostra que 86%
da população está muito preo-
cupada com a epidemia. Ou-
tros 11% estão um pouco preo-
cupados e apenas 3% não estão.
A maior tensão com a doença se
expressa em todas as faixas etá-
rias nas cinco regiões do País.

Os grupos ouvidos foram dividi-
dos entre pessoas de 18 a 29
anos; de 30 a 39 anos; 40 a 49
anos; 50 a 59 anos e 60 anos pa-
ra cima.
Para Meirelles, contudo, ape-
sar da preocupação dos brasilei-
ros, ainda não “caiu a ficha” das
pessoas sobre a necessidade de
fazer o confinamento. Isso fica
claro na abordagem feita pela
Locomotiva sobre a necessida-
de de fechamento das escolas e
também sobre restringir o
transporte público. Quase a to-
talidade da população, ou
96,5% dos pesquisados, é a fa-
vor do fechamento das escolas.
No entanto, 42,3% dos entrevis-
tados defendem que os trans-
portes públicos devem conti-
nuar funcionando.
“As pessoas não têm claro
ainda o que é o confinamento.
Não caiu ainda a ficha. Elas são
favoráveis a fechar a escola,
mas podem pegar ônibus. É
contraditório. Isso também é
difícil para outros países, como
na Itália e Espanha. Mas se acen-
tua aqui num país com tama-
nha desigualdade”, disse.
A maioria da população tam-
bém defende o fechamento do
comércio. A resistência é maior
na população mais velha (de 50
anos para cima). Na aborda-
gem, 84% são favoráveis; 15%
preferem, entretanto, que as lo-
jas fiquem abertas e 1% não sou-
be responder.

Supermercados. Um terço
dos entrevistados ouvidos pela

pesquisa disseram por telefone
que passaram a estocar produ-
tos: 33% contra 67%.
Outro fator de preocupação
de Meirelles diz respeito à ava-
liação das pessoas sobre as fa-
mílias estarem preparadas con-
tra a pandemia.
Neste caso, também, 62%
das pessoas dizem que suas fa-
mílias estão conscientes sobre
o combate da doença. Outros
38% não estão. O maior pessi-
mismo, neste caso, está na po-
pulação das regiões Norte e
Nordeste: 53% e 49%, respecti-
vamente, dizem não estar pre-
paradas. A faixa etária entre 30
e 39 anos também não tem pers-
pectiva positiva sobre o tema
abordado.
A pergunta, neste sentido, te-
ve dois direcionamentos, se-
gundo informações de Meirel-
les. Do ponto de vista de conhe-
cimento das informações divul-
gadas sobre a doença e sob o
ponto vista econômico. “Quan-
to tempo dá para ficar na pró-
pria casa com seu dinheiro?
Sob o ponto de vista econômi-
co, na baixa renda, oito em cada
dez brasileiros não têm poupan-
ça. Por não ter reservas, literal-
mente essa faixa da população
vai ter de vender o almoço para
comprar a janta.”
Ainda de acordo com Meirel-
les, para um trabalhador autô-
nomo, essa situação econômi-
ca complica ainda mais o cená-
rio atual. “Não estou falando
das pessoas empregadas e que
podem perder o emprego. Aqui
também estão os trabalhado-
res informais. Pessoas que, de
fato, vão sofrer porque seu em-
pregadores estão isolados.”
Na semana que vem, o Insti-
tuto Locomotiva vai divulgar
pesquisa com um raio x da eco-
nomia. Ou seja, o levantamen-
to pretende medir o impacto
do coronavírus no bolso das
pessoas. Haverá também uma
abordagem para medir a per-
cepção que o brasileiro tem de
perder seu emprego.

PANDEMIA DO CORONAVÍRUS


lRisco

Baixada proíbe


acesso às praias


de nove cidades


UM SÁBADO SEM OS


PARQUES DA CAPITAL


Acesso às áreas de lazer da cidade está proibido


País não


está pronto


para lutar


contra vírus


Doença leva a hábitos religiosos online; metade das dioceses católicas já tem missa sem fiel. Pág. A21 }


“Quanto tempo dá para
ficar na própria casa com
seu dinheiro? Sob o ponto
de vista econômico, na
baixa renda, 8 em cada 10
brasileiros não têm
poupança.”
Renato Meirelles
PRESIDENTE DO INSTITUTO
LOCOMOTIVA

Maria Regina Bernardo – Aos
95 anos. Filha de Regina Maria da
Conceição e Manuel Bispo da Silva.
Era viúva. Deixa filhos, parentes e
amigos. O enterro foi realizado no
Cemitério Parque dos Girassóis.
Renata Mohr – Dia 18, aos 91
anos. Deixa os filhos Arnaldo, Danie-
la, parentes e amigos. O enterro foi
realizado no Cemitério da Paz.
Maria Luiza Appy – Aos 91 anos.


Filha de Alfredo Luthold e Frida Bar-
bara Moser. Deixa os filhos Claude,
Isabel, Bernard e parentes. O enter-
ro foi realizado no Cemitério da Paz.
Clara Zeitel Milchteim – Aos 88
anos. Filha de Salomão Zeitel e Bi-
na Zeitel. Deixa o filho Mauro, paren-
tes e amigos. O enterro foi realizado
no Cemitério Israelita do Butantã.
Rosa Sgarbi – Aos 83 anos. Filha
de Uszer Singal e Esther Singal. Dei-

xa parentes. O enterro foi realizado
no Cemitério Israelita do Embu.
Maria Delza Barbosa da Silva
Justiniano – Aos 74 anos. Era viú-
va de Angelo Lourenço Justiniano.
Deixa os filhos Elisângela, Everal-
do, parentes e amigos. O enterro foi
realizado no Cemitério e Cremató-
rio Primaveras.
Nelson Assanuma – Aos 80
anos. Era casado com Yurye Assa-

numa. Deixa os filhos Wilson, An-
dréia, parentes e amigos. O enterro
foi realizado no Cemitério e Crema-
tório Primaveras.
Jorge Roberto Maximino de Li-
ma – Aos 75 anos. Filho de Francis-
co Maximino de Lima e Thereza de
Jesus Lima. Deixa parentes e ami-
gos. O enterro foi realizado no Cemi-
tério Municipal de Bebedouro.
Marcos Luiz Genaro – Dia 20,

aos 68 anos. Filho de José Genaro
Sobrinho e Irene Genaro Sobrinho.
Era casado com Suely Maria Fran-
cisco Genaro. Deixa os filhos Lucia-
na, André e Daniel. O enterro foi rea-
lizado no Cemitério da Paz.
Valentin Pablo Ossietinsky –
Aos 67 anos. Filho de Jacobo Ossie-
tinsky e Berta Vainstub. Deixa os fi-
lhos Mayan, Yaakov, parentes e ami-
gos. O enterro foi realizado no Cemi-

tério Israelita do Embu.
João Roberto de Oliveira – Aos
53 anos. Deixa os filhos Mateus, Vic-
tor, Guilherme, Beatriz, Laura, Ale-
xandre, Eduardo, Gustavo e paren-
tes. O enterro foi realizado no Cemi-
tério e Crematório Primaveras.
Cemitério Israelita do Butantã
(Matzeiva)
Heinz Segal – Hoje, às 10h30 no,
S O - Q 348 – Sep. 06.

O acesso às praias está proibido
em nove cidades da Baixada
Santista (Bertioga, Guarujá, Cu-
batão, Santos, São Vicente,
Praia Grande, Mongaguá, Ita-
nhaém e Peruíbe). Hotéis e pou-
sadas não podem receber hóspe-
des e os shoppings estão fecha-
dos. As medidas foram anuncia-
das na quinta-feira, 19, após vi-
deoconferência entre os prefei-
tos do Consórcio de Desenvolvi-
mento da Baixada Santista
(Condesb). A alegação é de que,
com o fechamento de empresas
e comércio na capital e cidades
do interior, o fluxo de pessoas
em direção ao litoral aumen-
tou. Nas praias, a proibição in-
clui banhistas, ambulantes, bar-
racas, cadeiras e guarda-sol.

WERTHER SANTANA/ESTADÃO

Fechado. Ibirapuera fica lotado com diversas atividades

Dia diferente

WERTHER SANTANA/ESTADÃO

População desconfia sobre capacidade


do governo para combater a covid-19


Amostra. Levantamento ouviu 2.305 pessoas. por telefone, em todas as capitais brasileiras mais o distrito federal

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