DEZ DESCOBERTAS
QUE NOS MANTÊM
VIVOS POR ÁLVARO SILVAA EVOLUÇÃOMÉDICA179 8
VACINA
Até então, evitava-se
varíola com um
costume turco de
colocar secreções
das feridas dos
doentes sob a pele
de pessoas sãs.
Adquiria-se a
doença de forma
leve, ficando imune
ao contágio forte.
Mas muitos mor-
riam. Em 1798, o
inglês Edward
Jenner coletou a
secreção de vacas
(daí o nome “vaci-
na”). Como a varíola
bovina não matava
ninguém, Napoleão
mandou vacinar
suas tropas.1846
ANESTESIA
O dentista William
Thomas Green
Morton já havia
utilizado nitrogênio
para anestesiar
pacientes com
inflamações
dentárias. Em 1846,
ele fez um paciente
inalar NO2 antes da
operação. O
paciente nada
sentiu. E, cheio de
si, Morton disse que
aquela era a mais
gloriosa descoberta
na história da
ciência. A sala onde
a demonstração foi
feita é hoje patrimô-
nio da humanidade.1895
RADIO-
GRAFIA
O alemão Wilhelm
Roentgen descobriu
por acaso a estra-
nha radiação que
passava por certos
materiais e imprimia
uma espécie de
fotografia. Fez sua
esposa meter a mão
no meio da radiação
e notou que aquele
raio que ele chamou
de “X” seria útil à
medicina.1867
ASSEPSIA
Não havia mais dor,
mas cerca de 45%
dos operados
morriam misteriosa-
mente. Foi Joseph
Lister, cirurgião
inglês, quem
conseguiu explicar e
controlar o fenôme-
no. Baseado nos
estudos de Louis
Pasteur, Lister
percebeu que
micro-organismos
infeccionavam as
feridas dos opera-
dos. Decidiu usar
um desinfetante, o
ácido fênico, durante
os trabalhos. O
número de mortes
em cirurgias caiu
para 1%.1901
TRANSFU-
SÃO
Em 1901, quando o
austríaco Karl
Landsteiner publicou
um artigo sobre os
tipos sanguíneos,
era proibido tentar
fazer transfusões de
sangue. Seu estudo
foi um grande
avanço, mas não
conseguira identifi-
car o tipo AB. A
correção foi feita em
1909, por Emil von
Dungern e Ludwick
Hirsfeld. E, desde
então, as transfu-
sões passaram a ser
uma prática rotineira.LINHA DO TEMPO