te mulheres e crianças, já que os homens da
cidade basca e vilarejos vizinhos estavam em
disputa na Guerra Civil Espanhola.
O ataque massivo contra inocentes era um
tétrico ensaio para a Segunda Guerra Mundial,
que devastou áreas civis de Londres, Dresden,
Hiroshima e Nagasaki nos anos seguintes. “O
bombardeio de terror contra Guernica teve o
objetivo de levar as lideranças bascas ao pâni-
co e forçá-las a aderir ao general Francisco
Franco (que estava em guerra contra os repu-
blicanos)”, descreveu o historiador Paul Pres-
ton, autor de The Destruction of Guernica.
Franco venceria em 1939 e se manteria como
ditador até morrer, em 1975. E foi só depois
desse período que Guernica, de Pablo Picasso,
feita na França em 1937, foi para a Espanha – o
pintor teria exigido que seu trabalho só tocas-
se o país onde nasceu quando ele deixasse de
ser uma ditadura. Em 1991, chegou a Madri,
no Museu Rainha Sofia, onde permanece até
hoje. E, desde então, os moradores de Guerni-
ca tentam ficar com a guarda da obra que eter-
nizou o horror pelo qual passaram.