Valor Econômico (2020-03-21, 22 e 23)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 6 da edição"23/03/20201a CADB" ---- Impressa por ccassianoàs 22/03/2020@20:48:0 1


B6| Valor|Sábado,domingoe segunda-feira, 21, 22 e 23 de marçode 2020


Empresas


|
Serviços&Tecnologia

Laboratório


tambémse


ajusta à


quarentena


Saúde


BethKoike
De São Paulo

Apesar da forte demanda por
examespara detecção do novoco-
ronavírus, os laboratórios de me-
dicina diagnóstica tambémestão
sendo afetados pela queda do mo-
vimento nas cidades e política de
isolamentodapopulaçãoparaevi-
tarqueadoençasealastre.
ADasa, maiorrede de medicina
diagnóstica do país com 737 labo-
ratórios, fecha a partir de hoje 287
unidades. Comisso permanecem
em operação 450laboratórios de
várias bandeiras comoDelboni,
SalomãoZoppi, Lavoisier, Sergio
Franco,entreoutras.
Os funcionários das unidades
fechadas entrarãoem férias ou se-
rão deslocadosparaos hospitais
da rede Ímpar, que pertence ao
mesmogrupo controlado pelafa-
mília Bueno. A Ímparédona dos
hospitais Santa Paula,Nove de Ju-
lho (SP), São Lucas e Complexo
Hospitalar Niterói(RJ), Hospitale
MaternidadeBrasília(DF).
No laboratório Cura,da gesto-
ra VinciPartners,o horáriode
atendimentofoireduzido.
SegundoSamiFoguel,presi-
denteda Alliar, donado labora-
tórioCDB, aexpectativaé que a
covid-19provoquereflexosmais
negativosdo que positivos,por-
que muitosoutrostiposde exa-
mes,que muitasvezessão mais
caros,estãosendocancelados.
Atualmente, praticamentetodo
osetor de medicinadiagnóstica
trabalha em sua capacidade máxi-
ma para processaros examespara
o novocoronavírus, mas ao mes-
motempoestácomseuestoquede
insumos para processaros testes
próximodolimite.Asempresasas-
sociadas àAbramed, associação
dos laboratórios de medicina
diagnósticaquerepresenta50%do
setor, estão realizando 15 mil tes-
tesparacovid-19pordia.
AAbramed pediu àAgênciaNa-
cional de Vigilância Sanitária (An-
visa) a liberação imediata de rea-
gentes para processar examesda
covid-19.O setorsofrecom baixo
estoque desseinsumo, que éim-
portado dos Estados Unidos eEu-
ropa. Em média, o reagentefica
nos portos e aeroportos parains-
peçãodaAnvisaentre5a15dias.
“Hoje atendemos o mercado,
mas comoa demandaestámuito
alta e mudatodos os dias, não sa-
bemos comoficará nos próximos
dias. Precisamos reduzir os prazos
deliberaçãodessesinsumos”,disse
Priscilla Franklim Martins, direto-
raexecutivadaAbramed.
A forte demandaprovoca au-
mento no prazo de entrega de re-
sultado dos exames.Há 15 dias era
de 24 a 48 horas e agora oscila en-
tre48a72horas.Óbitospeladoen-
ça têm sido registradosantesmes-
modosresultadossaírem.

Curta


CasinonaFrança
AredefrancesaCasinoconcor-
douemvenderamaiorpartede
suaslojasLeaderPricenaFrançae
centrosdedistribuiçãoparaogru-
poalemãodesupermercadospo-
pularesAldi,namaisrecentede
umasériedevendasdeativosdes-
tinadasareduziroendividamen-
to,segundoo“FinancialTimes”.
Jean-CharlesNaouri,executi-
vo-chefeeacionistacontrolador
doCasino,temcorridopararedu-
zirerefinanciardívidasnãoape-
nasdogrupo,mastambémdaRal-
lye,suaempresacontroladora.A
Rallye,quefazpartedeumaca-
deiadeholdingspormeiodas
quaisNaouricontrolaoCasino,foi
postasobproteçãojudicialcontra
credoresemmaiode2019.Pores-
seesquema,conhecidocomo“sal-
vaguarda” sobaleifrancesa,aRal-
lyesóprecisaráretomaraliquida-
çãodasdívidasem2023eesten-
deuseuspagamentosaolongode
umadécada.NoBrasil,oCasino
controlaoGPA,donodasredes
PãodeAçúcar,ExtraeAssaí.

‘Reavaliamos todo o orçamento’, diz Renner


CLAUDIO BELLI/VALOR

Fa ccio,daRenner:negociaçãocomshopping e fornecedorpara cortarcusto

Varejo demoda


CibelleBouças
De São Paulo

“Foi uma decisão difícil, mas
temposdifíceispedemmedidas
enérgicas”, disse opresidente da
Renner, Fabio Faccio, sobre ofe-
chamento de todas as 602 lojas do
grupono Brasil, Uruguai e Argen-
tina,por tempo indeterminado,
devido ao avançodo coronavírus.
Adecisãofoianunciadanaquinta-
feira. A companhiafoi aprimeira
entre as grandes varejistasde mo-
da do país asuspender as opera-
ções na rede física, mantendo ape-
nas vendason-line. Depois dela,
C&A,Riachuelo, Marisa ePernam-
bucanasanunciaramomesmo.
Desde oinícioda semanapassa-
da, aRenner vinhafechando lojas
gradualmente, nos Estadose mu-
nicípios que determinaram a sus-
pensão do comércio. Mas diante
da expansão maisrápida de casos
de covid-19 eda queda acentuada
nas vendas, resolveu mudar a es-
tratégia.“Considerando os riscos
de disseminação da doença para
nossos clientesenossosfuncioná-
rios eosriscos para onegócio, vi-

mosqueamelhoropçãoerafechar
as lojas,preservando as vidas e os
empregos”,afirmouFaccio.
DonadasredesRenner, Camica-
do,Youcom e Ashua, acompanhia
emprega24,1milpessoasnoBrasil
edemaispaísesdaAméricadoSul.
Faccio disse, em entrevista aoVa-
lorna sexta-feira, que a empresa
ainda negociava as condições para
manterosfuncionáriosemcasa.
“Estamosvendoamelhorop-
ção caso acaso. Os profissionais
das áreasadministrativasestão
trabalhandode casa.Nos outros
casosestamosfazendoa com-
pensação de bancode horas,fé-
rias vencidas”, afirmou.“Em al-
gunsEstadosestamosnegocian-
do com os sindicatosa possibili-
dadede fazeresse períodocomo
fériascoletivas.”
Oexecutivodissequeavaliausar
todosos instrumentoslegais dis-
poníveis para evitar demissões e
que acompanhaas conversas no
governo sobre reduçãoda jornada
detrabalhoedesalários.
Para fortalecer seu caixa, aRen-
nerfechouacordoscombancosre-
centementeegarantiuacessoano-
vas linhasde crédito, segundo ele.
Etambém vai congelaros investi-

mentosem lojas —para este ano,a
previsãoeradeR$910milhões.
“Reavaliamostodooorçamen-
to para2020,incluindoinvesti-
mentosedespesas. Suspende-
mos as contratações eosinvesti-
mentos em novaslojas.E esta-
mos cortandodespesas.Todas as
açõessão parapreservar nosso

caixa”,afirmouFaccio.
A Renner fechou 2019 com cai-
xa eequivalentes de caixa de R$
1,37 bilhão. A sua dívida líquida
equivale a0,3 vezeso seu lucro an-
tesdejuros,impostos,depreciação
eamortização(Ebitda).
Faccio disseaindaque negocia
redução de custos comgrandes

fornecedores e diminuiçãode alu-
guéiscomshoppingcenters.
Na sexta-feira, em teleconferên-
cia com analistas, o presidente da
C&A no Brasil, Paulo Correa, disse
queparalisouosinvestimentosem
novas lojasereformas atésegunda
ordem. “Tudo isso éuma situação
momentânea e vamos acelerar ao
menorsinal de luz no fim do tú-
nel”,afirmou. Eletambém ressal-
tou que a prioridadeépreservar
caixa. No fim de 2019, arede tinha
R$ 400 milhões em caixa. No sába-
do, a C&A anunciou o fechamento
detodasaslojasnopaís.
AMarisa,quesuspendeuasope-
rações físicas no fim de semana,
trabalha com o cenário de três me-
ses com receita zero de vendas. A
simulação considera apenas aen-
tradade recursos da carteira de re-
cebíveispara irrigar ofluxodecai-
xa, cujo valoréde R$ 800 milhões,
disseAdalberto PereiraSantos, vi-
ce-presidentefinanceiro e admi-
nistrativo. “As vendasserãozero,
mas terá a entrada dos recebíveis”,
afirmouaanalistasnasexta-feira.
Acompanhiafez um aumento
de capitalde R$ 500 milhões no
fim de 2019.(ColaboraramAdria-
na Mattose AlexandreMelo)

EstratégiaCompanhiatemdelidar


comcenáriosdiversosem41países


Na Stefanini,


coronavírus é


desafio global


JoãoLuiz Rosa
De São Paulo

À frente de umaequipe de 25
mil funcionários distribuídos
por 41 países —14 mil no Brasil
—Marco Stefaninitem o desafio
deenfrentarapandemiadecoro-
navírussob cenáriosinternacio-
nais muito diferentesentre si. Os
ciclos de infecçãoda doença va-
riamde país para país,assimco-
mo as medidasadotadaspelas
autoridades, observa ele, oque
requer respostas muitoparticu-
laresparacadamercado.
“NosEstadosUnidosenaEu-
ropa,aadoçãode políticaspara
restringiro contatoentre as pes-
soas temsido gradativa, mas em
outrospaísesvem ocorrendode
maneira maisbrusca”, diz oem-
presário, fundadorda Stefanini,
empresa de softwaree serviços
empresariaisdetecnologia.
Em Manila, nas Filipinas, fun-
cionárioschegaram a dormir no
escritório porque a cidade foi fe-
chadapelas autoridades, pegando
apopulação de surpresa. Para evi-
tar danos, a companhia se apres-
sou paraorganizar um sistema
emergencial de “home office”. Em
quatro dias, providenciou trans-

porteeorganizou otrabalhoem
casaparaquasemilfuncionários.
“Na China, não perdemos ne-
nhumserviço”, diz Marco. Os cerca
300 empregados da empresa no
país —onde o vírussurgiu no fim
do ano passado e que, até agora,
reúneo maiornúmero de pessoas
infectadasno mundo —foram to-
dos mandadospara casa, em regi-
me de “home office”. Nos últimos
dias,com a desaceleração no au-
mentode novos casos,já estãovol-
tandoaosescritórios.
A diretriz é que o presidente de
cadasubsidiária,oudeumaregião
internacional, decida oque fazer
nos locais sob sua responsabilida-
de. Depois, comunica aos demais
parafomentaratrocadeexperiên-
cias. “Nosso presidente na Europa,
porexemplo,jáestásemsairdeca-
sa há duassemanas”, diz Marco.
Quemenfrentauma situação co-
mo essa pode dar orientações pre-
ciosas para quem, eventualmente,
venhaapassarporalgoparecido.
Omodelo de trabalho em casa
tem sidoadotadogradualmente
na Stefanini. Éprecisopreparar a
infraestrutura, a gestão e a comu-
nicação,diz Marco,ese preparar
para riscos típicosdo ambiente di-
gital, comoas ameaças de hackers
evírus,quetendemaaumentar.
Na companhia,todas as viagens
internacionais cessaram. As nacio-
naiscomeçaram a ser evitadas.Por
ora, nada de avião.Adiretriz levou

IMPACTOSDO


CORONAVÍRUS


CLAUDIO BELLI/VALOR

EmManila,nasFilipinas,funcionáriostiveramdedormir noescritório,contao empresário MarcoStefanini


Marco ainterromperarotina de
voosaque se acostumounocargo
de presidente mundial da compa-
nhia. Em média, são trêsaquatro
viagensinternacionais por mês e
duas dentro do país. “A gente pre-
cisadaroexemplo”, diz,sobreade-
cisãodeseafastardosaeroportos.
A orientaçãona Stefanini, que
Marco temincentivadopessoal-
mente,énãocancelar nenhum
compromissoouprojeto,masusar
a tecnologia digitalpara manter o
ritmodetrabalho.Asreuniõespas-
saramaserfeitasadistância,viain-
ternet. Todos os dias, o empresário
seconectaparaconversarcomexe-
cutivosdaempresa,principalmen-
teospresidentesdassubsidiárias.
A Stefanini encerrou o ano
passadocom receitade R$ 3,3 bi-
lhões,umaumentode10%em
relaçãoa2018.Aempresa forne-
ce serviçosedesenvolveprogra-

mas em áreascomoautomação,
nuvemcomputacional,internet
dascoisaseinteligênciaartificial.
Ogrupoé formadopor 15 em-
presasetem830clientes.
Porenquanto, diz Marco, nãoé
possívelpreverqualseráoimpac-
to da pandemia nos negócios. A
companhia tem clientesem vá-
rias áreas de atuação, que estão
sendo afetadas de maneiradesi-
gualpelo coronavírus. “Na Euro-
pa temosclientes de manufatura
que fecharam[temporariamen-
te]. Mas,em alguns segmentos,
comonaindústriafarmacêuticae
na área médica em geral, estão
pedindomais produtos”, afirma.
“Éprecisocalibrar[aoferta].”
Nos últimosdias, a atençãona
Stefaninitem se voltadoparaa
América Latina,especialmente o
Brasil,ondeonúmerodeinfecta-
dos evítimasfataiscontinuaa

aumentar.“A mensagemédeque
[a situação]vai piorar”, diz Mar-
co. “Mas estamos trabalhando
para resistirao pico [da doença],
que, acreditamos,se dará em três
ouquatrosemanas.”
Em meioàs providências para
contero contágio na Stefanini,
Marcoencontroutempo,nase-
manapassada, para organizar
um grupode WhatsAppcom ir-
mãs,sobrinhosefilhospara que
seuspais,idosos, não precisem
sair de casa.A famíliapassoua se
revezarem tarefascomofazer
comprasparaocasal.
Na Stefanini,Marcocomemo-
ra ofato de não ter nenhuma
ocorrênciade coronavírus,mes-
mo com pessoalalocadoem paí-
ses bastanteatingidos.“Temos
gentede quarentena,mas ne-
nhumcaso comprovado.Éuma
notíciamaravilhosa.”

Companhias abertas adotam açõesde prevençãoe controle


RitaAzevedo
De São Paulo

Ao menosuma vez por dia, cin-
co diretores da empresa educacio-
nal Ânimaeum infectologista se
reúnemvirtualmenteparadiscutir
os efeitosda expansão do corona-
vírus nas atividades da empresa,
dos seus 140 mil alunose dos fun-
cionários,eparadecidir quaisme-
didasserãotomadaspara lidar
comasituaçãoextraordinária.
As reuniões começaramaser
feitas no fim de fevereiro,quando
adoença já havia se espalhado pe-
la Itália e por outrospaíses euro-
peusepassoua afetar o planeja-
mentoda companhia. Desde en-
tão,jáfoidecidido pelogrupodes-
de a manutenção preventiva de ar-
condicionado até asubstituição
das aulas presenciais por on-line e
aadoção gradual do trabalhore-

motoparafuncionários.
“Nós tambémacompanhamos
todososcasossuspeitoseatualiza-
mos as decisões de autoridades es-
taduais e municipaispara tomar
decisões de forma imediata”, diz
Carolina Marra, vice-presidente de
pessoasetransformaçãodigital.
Das 59 empresas de capital
aberto que divulgaram nos últi-
mos sete dias avaliações prelimi-
nares sobreos reflexos da pande-
mia nos negócios, 32 declararam
ter criado um comitêde crise, res-
ponsável por elaborarplanosde
contingência etomarmedidas co-
mo a antecipação de férias coleti-
vas, ofechamento de estabeleci-
mentoseareduçãodasjornadas.
Na Duratex,que fabricapai-
néis de madeira,louçasemetais
sanitários, o temacomeçou aser
acompanhadoemjaneiro.Emfe-
vereiro,aárea de recursoshuma-

nos começouafazerpartedas
discussõese, em março, foi insta-
ladoum comitêde crisemais
abrangente,incluindotodasas
áreasda empresae representan-
tes dos negócios no Brasilena
Colômbia.“Asreuniõessão diá-
rias, inclusiveaos finaisde sema-
na, e acontecem virtualmente
durando, em média,umahora”,
diz AntônioJoaquimde Oliveira,
presidentedacompanhia.
Na EDP Energias do Brasil, o co-
mitêde crise é composto por dez
pessoas,incluindomembrosdaal-
ta administração, como diretor-
presidente e presidente do conse-
lho, oresponsável pela gestão de
riscos, por recursoshumanos e pe-
la comunicação. Desdejaneiro, a
rotina do grupo inclui apresenta-
ções diárias sobreasituação do ví-
rus pelomundoe nos Estados em
que aempresa atua,eomonitora-

mento de possíveiscasos entre
funcionáriosoufornecedores.
“Decidimos que as equipes de
campo,quetrabalhamcomcortee
religação de energia, deveriamser
divididasemgruposmenorespara
evitar o encontro de muitas pes-
soas ao mesmo tempo”, disse Van-
derleiFerreira,diretordegestãode
riscoecoordenadordocomitê.
Na Linx, fornecedora de softwa-
res para o varejo, alémdos proce-
dimentos para evitar ocontágio, o
comitêtambém discute o anda-
mentodeprojetos eacompanhaa
qualidade do suporte aos clientes,
que passoua ser feito por funcio-
nários em casa. “Até omomento,
todasasatividadesestãonormaise
o atendimento aos clientes segue
no mesmonível de qualidade”, diz
Flávio Menezes, vice-presidente de
pessoasemarketing.
A possibilidade de trabalho re-

motoparaparteouatotalidadede
funcionários foi adotadapor 40
empresaseaconcessão de férias
coletivaspor oito, das 59 que di-
vulgaram comunicados ou co-
mentaram sobreapandemia nas
demonstrações financeirasdesde
que a Comissãode ValoresMobi-
liários(CVM)recomendouàscom-
panhias abertas, há umasemana,
que considerem“cuidadosamen-
te” os impactosda pandemia nos
negócios e avaliem,caso a caso, a
necessidade de divulgar ao merca-
docomentáriossobreotema.
As empresastambém fecha-
ram fábricasou lojas,flexibiliza-
ramjornadas,escalonaramhorá-
rio de entrada de fábricas ou
obras,cancelaramviagensnacio-
nais e internacionais, cancela-
ram eventos,intensificarama hi-
gienizaçãoe aquarentenapara
funcionárioscomsintomas.

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