Valor Econômico (2020-03-21, 22 e 23)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 5 da edição"23/03/20201a CADC" ---- Impressa por vdsilvaàs 22/03/2020@20:17:30


Sábado,domingoesegunda-feira, 21, 22 e23demarçode 2020|Valor| C5


Finanças


RegulaçãoIdeiaéharmonizariniciativasdiantederiscoderecessãoglobal


G20 faz reunião de emergência


para coordenar ação anticrise


AssisMoreira e Álvaro Campos
De Genebra e São Paulo

Oslíderesdasmaioreseconomias
desenvolvidas eemergentes, que
formamoG20, farãoreunião de
emergênciavirtualnestasemanaem
busca de açõescoordenadas para
atenuaro impacto de uma recessão
global que parece inevitável no ras-
tro da pandemia do covid-19.Nesta
segunda, os ministros de Finanças e
presidentesdebancoscentraisterão
videoconferência parapreparar a
reunião extraordinária dos chefes
de Estado e de governo do G20, que
poderá se realizar na sexta.Significa
que o presidenteJair Bolsonaro, que
chamaocoronavírusdeuma“gripe-
zinha”, vai debatercom os outros lí-
derescomofrearaspioresameaçasà
saúde,economiaenaáreasocial.
Respostasemergenciais soman-
do trilhões de dólares estãosendo
anunciadas em grandeescala, se-
guindo um manual semelhante ao
queocorreunacrise de 2008e 2009.
Inclui cortes agressivos nos juros,
grandes injeções de liquidez pelos
bancos centrais, flexibilizaçãoma-
croprudencialecriaçãodelinhasde
crédito.Também estãosendo usa-
dos pacotes de alívio fiscal eprogra-
mas de garantia de crédito para aju-
dar o setor privado a suportarcho-
ques provocadospelo confinamen-
todepopulaçõesinteiras.
No entanto, aOrganização para
Cooperação e Desenvolvimento

Econômico (OCDE) alertou, no sá-
bado, que, apesar das primeiras me-
didas ambiciosas terem sido toma-
das, “somente um esforçocoletivo
internacional e coordenado”permi-
tiráenfrentaroquechamadeguerra
contraocoronavírus. Sugereações
conjuntas com ambição de um Pla-
no Marshall global. Em 1947, o pla-
no de ajuda àEuropa do pós-guerra
focouna reconstrução da economia
eocombateàfomeeàpobreza.
“Asmedidasaplicadasatravésdo
mundo, embora essenciais para
controlar a propagaçãodo vírus,
mergulham nossas economiasnu-
ma paralisia sem precedenteseda
qual elas não sairão simplesmente
ouautomaticamente”, dizaOCDE.
Ações dos BCsconseguiram frear
a degringolada ainda maior nos
mercadosna semana passada.Mas
analistas insistem que as maiores
economiasdomundoprecisamjun-
tar forçaspara fazerarecessão a
mais superficial possívelepavimen-
tar o terreno para a retomada.Em
editorial, o “Wall Street Journal”diz
que, se ofechamento de atividades
imposto pelogoverno continuar
pormaisdeumaouduassemanas,o
custohumanoemperdasdeempre-
go efalências vai exceder oque a
maioriadosamericanosimagina.
Entreações urgentesrecomenda-
das pela OCDE, que participadas
reuniões do G20, estão: primeiro, os
governosprecisamsuprimirobstá-
culosregulatóriosparavacinasetra-
tamentoscontra apandemia;se-
gundo, mais gastos públicos e mais
rapidamente para atenuar oimpac-
to negativoda crise eacelerar areto-
mada; erestabelecer aconfiança,

quepassaporevitarmaisconfrontos
comerciais e eliminar várias restri-
çõesnastrocasentreospaíses.
“A prioridade maisurgente é de
reduzir onumero de morteseos
efeitosnefastosdapandemiasobre
asaúdehumana”, afirmouosecre-
tário-geral da OCDE,AngelGurria.
“Masapandemia igualmentede-
flagrouumacriseeconômicagran-
dequevaipesarsobrenossassocie-
dadesnospróximosanos”.
OInstituto Internacional de Fi-
nanças (IIF), que representa 450 ins-
tituições financeiras de 75 países,
conclamaoG20 aresolver aguerra
de preços no mercado de petróleo,
conduzida por doispaíses mem-
bros: a ArábiaSaudita, na presidên-
ciarotativadogrupo,eaRússia.
Lembratambémque foi oG20
que criou o Conselho de Estabilida-
de Financeira (FSB, na siglaem in-
glês)nomeio da grandecrise finan-
ceira global. Notaque certossuper-
visores e reguladores na área finan-
ceiratem permitido às instituições
financeiras usaroespaçopermitido
por colchões de capital. Mas que é
preciso coordenar esse tipo de ação
globalmenteparadarresultados.
Ospacotesdesocorrosesucedem
entrepaíses do G20, sem coordena-
ção. Os ministros de finanças dos 27
paísesdaUE,emreuniãovirtualnes-
ta segunda, examinarão apossibili-
dadede utilização do Mecanismo
Europeu de Estabilidade (MES).
Com€410 bilhões (3,4%do PIB),es-
sa instituição financeira, criada du-
rante a crise da dívidaem 2012, po-
desocorrerpaísescomproblemasfi-
nanceiros agora,sem pesadas con-
trapartidas. E isso dará fôlego espe-

cialmenteàItália,superendividadae
amaisatingidapelapandemia.
Nos EUA,um pacotede estí-
mulofiscalde US$ 1trilhãoin-
clui envio de dinheiropara os ci-
dadãos eUS$ 208 bilhões de ga-
rantiasdeempréstimos.
AAlemanha deverá aprovar
nestasegundaumpacotedequase
€600 bilhões para socorrer famí-
lias e empresas. A Espanha tem pa-
cotedeUS$219bilhões.AItáliafez
um pacote de US$ 28 bilhões, mas
deve continuar com outras medi-
das. O governo francês prometeu
no total US$ 330bilhões de socor-
ro. Parte vai parapequenas e mé-
diasempresas, alemde dezenasde
bilhõespara trabalhadoresforça-
dos a parar as atividades com ofe-
chamentodelojaserestaurantes.
OReino Unidoanuncioupacote
de estímulofiscalde 14,5 bilhões
delibras.OBancodaInglaterra(BC
britânico) baixou os juros aprati-
camente zero. No Canadá,o pacote
de ajuda é de 82 bilhões de dólares
canadensesparaaosetorprivado.
OComitê de Basileia paraSuper-
visão Bancária realizou umatele-
conferência na sextapara discutir o
impacto da disseminação do coro-
navírus no sistema bancário global.
Oórgãoapoioumedidasdeflexibili-
zaçãodeexigênciasregulatóriasque
estão sendoadotadas por diversos
países edisse que estudanovasme-
didas. Nospróximos dias, o comitê
considerarámedidasadicionaisdes-
tinadasa apoiara resiliência finan-
ceira dos bancos e aresiliência ope-
racional da comunidadebancária e
de supervisão durante essestempos
semprecedentes”,informou.

Seguradoravaiindenizar


morte por coronavírus


FláviaFurlan
De São Paulo

ACaixa Seguradora,joint ven-
ture entrea seguradora francesa
CNP eaCaixa EconômicaFede-
ral, vai liberarindenizações no
casodemortecausadapelocoro-
navírus,medidaque deveser se-
guidapor concorrentesdo mer-
cado,segundoapurouoValor.
Mesmonão tendoa obrigação
legal, pagaremosas indeniza-
ções”, disse Laurent Jumelle, pre-
sidente da CaixaSeguradora.
A medidavale tambémparaa
Previsul eaYouse, que fazem
parte da mesma holding. “A
ideiaépagar as indenizaçõesem
todasas mortespor covid-19,
durantea pandemiae depois.”
Adecisãovaleráparaseguro
de vida,habitacional,prestamis-
ta epecúliodos planosde previ-
dência.Somados,eles envolvem
cercade 12 milhõesde clientes
impactados, considerando as
três empresasda holding. Todos
os produtos da seguradoraex-
cluemoriscodepandemia.
Clientescom oseguroviagem
tambémpoderão contarcoma
cobertura, comindenizaçãono
casode morteepagamentode
despesas decorrentes de assis-
tênciamédico-hospitalar einter-
nações.“Mascomoas viagenses-

tão suspensas,esse produto teve
a vendainterrompida até que o
cenáriofiquemaisclaro.”
Questionadosobreo impacto
que amedidapoderiater no ne-
gócio, Jumelledissequeémuito
difícil calcular, umavez que a
curvade contaminaçãono país
não está clara.“A evoluçãoda
pandemiano país aindaé muito
incerta. Estamospreparadospa-
ratodososcenários.”
AMAG Seguros (antiga Monge-
ral) também estáestudando in-
cluir as coberturas nas apólices
em que ela nãoestá prevista, no
casodos segurosde vida. “Uma
parte significativa do nosso port-
fólio garanteeventos decorrentes
de pandemia. Para os demais, es-
tamos em tratativas juntoaos nos-
sos resseguradores e ao mercado a
fim de encontrar umasolução”,
disseNuno PedroDavid, diretor
de marketing da MAGSeguros.
DeacordocomaadvogadaCa-
milaCalais,do escritórioMattos
Filho, nem todosos contratosde
seguroincluem acoberturapara
a morteno caso de pandemias,o
que costumaser discutido caso a
caso.“Todosestãobastantesensi-
bilizadossobreotema,e consi-
derandoqueataxademortalida-
de pela doençanão éaltíssima,
paraalgumasseguradorasnão
fazsentidomanteraexclusão.”

IMPACTOSDO


CORONAVÍRUS


destinandoR$ 30 milhõesem
açõesque têm comoobjetivoes-
timularocomércio.Asiniciativas
incluemisençãoda mensalidade
paratodasasmáquinaseequipa-
mentosadicionaissem custopa-
raoperaçãodedelivery.
Estarãodisponíveisferramen-
tas paravenderon-line,inclusi-
ve aos clientesda TON, joint ven-
ture entre a Stone e o Grupo Glo-
bo que visa avendade maquini-
nhaspara profissionaisliberaise
autônomosda base da pirâmide
atendida pelas credenciadoras
do país.AugustoLins,presiden-
te da Stone,diz que a medidas
chegamparamanter“pequenas
empresassaudáveis”.
AStone atingiu 495,1 mil
clientes no anopassado, com
226 mil novos,que transaciona-
ram R$ 129,2bilhões.(FF)

Stoneoferececrédito


e reduztaxaao varejo


De São Paulo


A credenciadora de cartões
Stonevai disponibilizarR$ 100
milhõesem microcrédito edar
descontoem taxasparao seg-
mentode varejo, em iniciativas
que estãolimitadasaos clientes
de Estadosque decretaram me-
didasrestritivaspara combatera
pandemiadocoronavírus.
O desconto será na taxa de an-
tecipaçãode recebíveis,cobrada
das transaçõesfeitascom cartão
de crédito. Como os recursos
dessas transações são repassa-
dos ao varejistaem 30 dias,as
credenciadoras dão aopçãode
anteciparetransferir em dois
dias,mas mediante o pagamen-
to de umataxade desconto.A
cobrançaserá reduzidaem 25%.
Alémdisso,aStoneaindaestá

Falta de coordenação federal prejudica


atendimento bancário durante a crise


Flávia Furlane
Maria LuízaFilgueiras
De São Paulo

Oavanço da pandemia do coro-
navírusdesvendou afalta de coor-
denação federalsobre oque fazer
com o atendimentobancário.Há
realidades distintas pelopaís,sen-
doquealgumasdelasmaisatrapa-
lhamdoqueajudamnocombateà
disseminação da doença. Enquan-
toháagênciascomfilasdepessoas
para sacarbenefícios ou acessarli-
nhasde crédito anunciadas pelo
governo,outrasestãofechadaspor
determinaçãodedecretose,emúl-
timocaso,apedidodapolícia.
“Oserviçobancárioéconsiderado
um serviço essencial à população,
portantodeviahaver umacoorde-
naçãodogovernofederalparaevitar
essa confusão sobreagênciasaber-
tas efechadas. Apopulaçãoéque
acaba prejudicada”, disseum execu-
tivo que ocupaalto cargo em banco
epreferiunãoseridentificado.
No sábado,opresidente Jair
Bolsonaro assinouumaMedida
Provisóriae decretoque definem
osprodutoseserviçosquedevem
continuarfuncionando—no se-
tor bancário,citou compensação
bancária, redesde cartõesdecré-
dito edébito, caixaseletrônicose
outrosserviçosnão presenciais
deinstituiçõesfinanceiras.
Os bancosvinham demonstran-
do preocupação com ofato de al-
gunsEstadosemunicípiosteremde-
cretado fechamento total das agên-
cias,considerandoque a medida
prejudicao saquede verbas rescisó-
riasedoFundodeGarantiaporTem-
po de Serviço (FGTS) em função de
desligamentos ou o pagamentode
benefícios do governo aos cidadãos
justamentedevidoàcriseatual.
Ao mesmotempo, evitar a aglo-
meração foi difícil nos últimos
dias, diante de anúncios do gover-
norelacionadosàCaixaeaoBanco
doBrasil.SegundoaConfederação
NacionaldosTrabalhadoresdoRa-
mo Financeiro (Contraf), filiada à
CUT, na quinta e na sexta-feira,
houvefilasgrandesdoladodefora
das agências, com as pessoas em
buscadebenefícios ecrédito. “O

governo anunciou medidas sem
explicá-las paraapopulação,que
está indo em agência buscar
R$ 200, dinheiro queainda nãoes-
tá disponível”, diz Juvandia Morei-
ra,presidentedaContraf.
No dia 19, o Banco Central (BC)
determinou que as instituiçõesmo-
difiquem o horário de funciona-
mento das agências, com o objetivo
de diminuirapropagaçãodocoro-
navírus.“Nãosendopossívelrealizar
suas transações por meiodos canais
digitais,asociedadepoderárecorrer
às agências para realizar transações
essenciais,comosaque de dinheiro,
pagamentodecontasoutransferên-
ciaderecursos”,comunicou.
Na sequência,a Febrabanin-
formou que as agênciasteriam
ajustespontuaisetemporários
no atendimento, com prioridade
no atendimentoao públicomais
vulnerável. Essesclientes estão
sendoatendidosem horáriosex-
clusivos, sem contatocom os de-
mais,segundoumafonte.
Oposicionamento do BC écon-
trário ao dos governadores. Em San-
ta Catarina, um decretodeterminou
que todasas agências bancárias fi-
quemfechadaspor sete dias, até o

dia 24, sob orisco de abordagemda
polícia para exigir o encerramento
imediatodasatividades—vencidoo
prazo, um novo seráreavaliado.
No Estado, foram confirmados 28
casos de coronavírusenenhuma
morteatéatardedesexta-feira.
No Distrito Federal, estãosuspen-
sosatéodia5deabrilosatendimen-
tos em todasasagências bancárias e
cooperativasde crédito,estenden-
do-seaos bancos públicos e priva-
dos,segundo odecreto do dia 19 de
março. Ficam excluídosos atendi-
mentos referentesaos programas
bancários destinados aaliviar as
consequências econômicas do novo
coronavírus, bem como de pessoas
comdoençasgraves.
Em Vitória, o prefeito Luciano Re-
zende,doCidadania,faloucomare-
portagem enquanto finalizava o de-
creto que determinavaofechamen-
to das atividadesna cidade, incluin-
do as agências bancárias. “Vai haver
agressãoàeconomia, mas preferi-
mos limitar o impacto da pande-
mia”,disse oprefeito,que também é
médico. Questionado sobrese isso
poderia prejudicar opagamentode
benefícios relacionados à própria
crise, como aos autônomos, ele afir-

mouque vai trabalhar nos “efeitos
colateraisӈmedidaquesurgirem.
Governadores e prefeitos têm
indicado que os cidadãosutili-
zem caixaseletrônicos instalados
em supermercados e postosde
combustíveis que continuarão
funcionando enquantoofecha-
mento das agênciasestiver em vi-
gência. Além dos canais digitais
dasinstituiçõesfinanceiras.
Em locais que as agênciasestão
abertas, conforme levantamento do
SindicatodeBancáriosdeSãoPaulo,
Osasco eregião, todos os grandes
bancos públicos e privados já aten-
deram boa partedasdemandaspre-
ventivas—comoreforçodelimpeza,
suspensão de viagens eeventos—e
estão fazendo escalonamento de
atendimentos,com controle de en-
tradadeclientesnasagências.
Os bancos iniciam agorauma re-
duçãodajornadade trabalho,con-
forme autorização de flexibilização
dadapeloBancoCentral.“Aspessoas
deviamestaremcasa,masestãomal
informadas pelo própriogoverno.
Em outros paísesoatendimento
bancáriotem sido de emergência e
com horamarcada”, sugere Juvan-
dia,presidentedaContraf.

Buscaporrecursosprometidospelogoverno,masaindanãoliberados,causafilaemagênciasdaCaixa noRi


CLÉBER JÚNIOR/AGÊNCIA O GLOBO

Empresáriossugerem


plano contrapandemia


MariaLuízaFilgueiras
De São Paulo

Empresáriosde grandes com-
panhiasbrasileirasestãosug erin-
do iniciativas ao governofederal
e oferecendo suporte privado, ca-
da um à sua maneira, para execu-
ção desse planoe reduçãodo im-
pacto econômico da crise gerada
pelo coronavírus. Eles também
apontam que, ainda que favorá-
veis ao livre mercado,asituação
demanda ações assistencialistas
paradeterminadossegmentos.
“Precisamos de um plano
Marshall, um bombaatômica, para
que oBrasil não entreem caos so-
cial”, disseGuilherme Benchimol,
presidente da XP Inc.. “Planos estru-
turados e pragmatismoajudam as
pessoas ase acalmaremeatomar
medidas mais bem pensadas”, disse
AndréStreet,fundadordaStone.
Eles destacam que,até omo-
mento, há iniciativas individuais
das empresas, do governo federal
e de governos estaduais.“É im-
portante agora que a gente reúna
a classe empresarial para estabe-
lecercomomanter aperspectiva
econômica, para ter uma conver-
gênciadoque fazer erápido,an-
tes que empregossejamperdi-
dos”, disseWilsonFerreiraJunior,
presidentedaEletrobras.
Em vídeoconferênciapromovi-
dadomingopelacorretora,osfun-
dadoresdeXP,Stone,CSN,MRV, eo
presidente da Eletrobras debate-
ramcomopresidentedaCaixa,Pe-

dro Guimarães, o cenário econô-
micoem meio àpandemiade co-
ronavírus. “As empresas precisam
se organizar minimamentepara
manter a cadeia produtivaacesa.
Seránecessáriotambémumtraba-
lho assistencial grande ou ope-
queno comerciante será dizima-
do”,disseRubensMenin,daMRV.
GuimarãesdestacouqueaCaixa,
em coordenaçãocom ogoverno, já
anunciou redução de custoem li-
nhasde crédito efará novosanún-
ciosestasemana,paracréditorota-
tivo, por exemplo. Steinbruch, pre-
sidenteda CSN, sugeriu que o go-
vernocomeceat rabalhar já com
umcenáriodeaçãode90dias,para
que as companhiaspossamfazero
mesmo, alongandoprazode paga-
mentosdeimpostosevencimentos
financeiros. “Precisamosalongara
curvada doença e do impacto eco-
nômico. Certamente até junhoes-
taremosconvivendocomessa si-
tuação”,disse.Guimarãesdisseque
a extensãode prazos é provável e
também sinalizou estudaruma
propostafeita por Street,para que
aCaixaeBNDESpossamusararede
de maquininhasda empresae de
concorrentes para levarcrédito ou
mesmocapital subsidiadoa pe-
quenosempreendedores.
“Já começamos a ver comporta-
mentos de desespero nas PMEspor-
que o capital de giro dura em média
27 dias”,disse Street. Para Benchi-
mol,énecessário um estudomais
profundosobre um “lockdown”es-
pecíficoparaogrupoderisco.

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