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(Marcelobf) #1
122 Deus é Soberano

modo uniforme, prefere e escolhe o mal, ao invés do bem, como o
fazem os anjos caídos, não contradiz a sua ação moral livre mais do que
o fato de estar ele em uma condição em que prefere e escolhe o bem com
a mesma coerência manifestada pelos anjos santos”. (Nota de The Banner
ofTruth.)

4 “A única base ou garantia para o ato humano de anunciar o
perdão e a salvação a seu semelhante é a autoridade e a ordem de Deus,
através de sua Palavra” (Historical Theology, William Cunningham,
Volume II, pp. 347-8).

Nota sobre a Responsabilidade:
A afirmação de que a responsabilidade pressupõe ter capacidade
é uma argumentação filosófica, e não uma afirmação bíblica. No entanto,
no século XIX tal pensamento foi popularizado por evangelistas como
Charles G.Finney, por exemplo, e se tornou aceito quase que
universalmente. Ao considerar o posicionamento de Finney, Charles
Hodge escreveu: “No seu entendimento, é uma verdade fundamental
afirmar que o livre-arbítrio é essencial para a obrigatoriedade moral e
que de nenhum homem é exigido fazer o que está fora de seu próprio
poder.
“É bastante evidente a falácia pela qual Finney é culpado. Ele
transporta uma máxima, que é um axioma de uma determinada doutrina,
para uma outra doutrina, que não tem força de legitimidade. É uma
verdade fundamental a afirmação de que um homem sem olhos não tem
a obrigação de enxergar ou que alguém sem ouvidos não tem o dever de
ouvir. Portanto, no campo das impossibilidades físicas, sem dúvida é
verdadeira a máxima de que o dever é limitado pela capacidade. Porém,
não é menos verdadeiro afirmar que a incapacidade do homem é perfei­
tamente coerente com o fato do homem ser sempre responsável por seus
atos, visto que tal incapacidade tem sua origem no pecado, se constitui
do que é pecaminoso e se relaciona à ação moral. Um dos fatos mais
comuns relacionados à consciência é que o sentimento de obrigação é
coerente com a convicção da total incapacidade. É um dito filosófico:
‘Eu tenho a obrigação; portanto, eu posso’. A isto todo coração que
sente o peso do pecado responde: ‘Eu deveria ser capaz, mas não sou’.
Tal é o testemunho da consciência e, também, a pura doutrina bíblica...
Segundo Neander, o princípio radical da doutrina pelagiana levou à
conclusão de que a liberdade moral consiste na capacidade de escolher
entre o bem e o mal”. (Charles Hodge, Essay and Reviews [Ensaios e
Resenhas], pp. 252-261 - Nota de The Banner ofTruth.)

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