26 Deus é Soberano
especial, enquanto sábios e eminentes foram deixados de lado!
E por que foi revelado o nascimento do Salvador àqueles
estrangeiros, e não àqueles em cujo meio Ele nasceu? Pode-se
perceber nisso um maravilhoso prenúncio da maneira pela
qual Deus lidaria com a raça humana durante toda a
dispensação cristã — soberano no exercício de sua graça,
concedendo favores conforme Lhe apraz, muitas vezes às
mais improváveis e indignas pessoas.
1 Há alguns anos, um pregador “evangélico” de renome nacional visitou
a cidade onde morávamos; e, no decurso do sermão, repetia sempre:
“Pobre Deus! Pobre Deus!” Não há dúvida que tal pregador é que merecia
a nossa compaixão.
2 Um estimado amigo, que gentilmente leu o manuscrito deste livro e a
quem temos de agradecer por diversas e excelentes sugestões, observou
que a graça divina é bem mais do que “favor não-merecido”. Dar comida
a um mendigo que bate à minha porta é um “favor não-merecido”, mas
está longe de ser graça. Suponha-se, porém, que eu alimentasse esse
mendigo faminto depois de ter sido assaltado por ele — isto seria “graça”.
A graça, por conseguinte, é um favor demonstrado quando, na realidade,
há demérito da parte de quem o recebe.