Snlviição^81
íibiiim os olhos do cego antes que possa ver, mas não há intervalo entre
oh dois fatos. Logo que se lhe abrem os olhos, ele vê. Assim também
ili*ve o homem nascer de novo antes de “ver o reino de Deus” (Jo 3.3).
íi mister ver o Filho para crer nEle. A descrença se deve à cegueira
espiritual — quem não crê no que ouve do evangelho, não vê em Cristo
"formosura” alguma, para que possa desejá-Lo. A obra do Espírito, ao
"vivificar” quem está morto em pecados precede à fé em Cristo, tal
como a causa sempre antecede o efeito. Mas, logo após o coração voltar-se
para Cristo, através da operação do Espírito, o Salvador é recebido pelo
pecador.
3 Com isso não se nega que o Espírito também opera, de certo modo,
nos que permanecem descrentes e finalmente perecem. O Espírito pode
“agir” nos impenitentes (Gn 6.3) e os homens podem resistir às suas
operações (At 7.51,52). Há uma obra geral do Espírito nos que ouvem a
verdade que, em certos casos, parece a obra salvadora (cf. Mt
13.5,6,20,21); mas, visto que a inimizade do coração natural não é
removida, essa obra do Espírito não é efetiva. Visto que todos vivem em
inimizade contra Deus, o Espírito não atuaria efetivamente em todos se
Ele não operasse de modo especial e regenerador nos eleitos, capaci
tando-os a confiar nas verdades salvadoras que o “homem natural não
aceita” (1 Co 2.14).