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do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (At
4.33). O mesmo aconteceu ao apóstolo Paulo: “A minha
palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem
persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e
de poder” (1 Co 2.4). Mas o escopo desse poder não se limita
ao serviço, pois lemos em 2 Pedro 1.3: “Visto como pelo seu
divino poder nos têm sido doadas todas as cousas que condu
zem à vida e àpiedade, pelo conhecimento completo daquele
que nos chamou para a sua própria glória e virtude”. Por
isso, as várias graças do caráter cristão, “amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,
domínio próprio” são atribuídas diretamente a Deus, sendo
chamadas de “o fruto do Espírito” (G15.22; comparar com 2
Co 8.16).
- Deus exerce sobre seus eleitos uma influência ou
poder orientador.
No passado, Deus guiou seu povo através do deserto,
dirigindo o andar deles por meio de uma coluna de nuvem,
durante o dia, e de uma coluna de fogo, durante a noite. Hoje
Ele continua a orientar seus santos, com a diferença que agora
opera neles interiormente. “Este é Deus, o nosso Deus para
todo o sempre; ele será nosso guia até à morte” (SI 48.14).
Porém, Deus nos guia operando em nós o querer e o efetuar
a sua boa vontade. As palavras do apóstolo, em Efésios 2.10,
mostram claramente que é assim mesmo que o Senhor nos
guia: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para
boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que
andássemos nelas”. Desta forma, é removida toda a possibi
lidade de jactância humana, e somente o Senhor recebe toda
a glória, pois temos de dizer juntamente com o profeta:
“Senhor, concede-nos a paz, porque todas as nossas obras tu
as fazes por nós” (Is 26.12). Então, quão verídica é a decla
ração: “O coração do homem traça o seu caminho, mas o