Valor Econômico (2020-03-24)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 2 da edição"24/03/20201a CADA" ---- Impressa por ccassianoàs 23/03/2020@21:23:0 1


A2|Valor|Terça-feira, 24 de marçode 2020


Brasil


João LuizRosa


Coma covid-19, viramos


personagensde filme


Nãoé dehojequea


ficçãonosadverte


sobre riscodosvírus


O


selementos


clássicosdeum


filmedeficção


científicaestão


todosreunidos:um


vírusletalparaaespécie


humana;ocientistaque


adverteasautoridades,masé


reprimido;oreceio


generalizadoentrea


população;acorridaaos


supermercadosparaestocar


alimentos;ruasquelembram


cidades-fantasmas.Mas,desta


vez,étudoverdade.


ImagensdaTorreEiffel,da


DisneyworldederuasdeNova


Yorkcompletamentedesertas,


porcausadapandemiadonovo


coronavírus,parecem


incomodamentefamiliares,


emborasejadifícillembrar


quandoesseslugaresficaram


vaziosrecentemente,seéque


ficaram.Sãoecosdecenasvistas


emfilmesesériesnosquaisa


civilizaçãochegoupertodese


esfacelarouatémesmo


desapareceu.Caminharnarua


dobairrosemninguémporperto


tornaaindamaispalpávelessa


sensaçãodequenostornamos


personagensdeumfilme.


Vírusnãosãonovidadeno


cinema.Ésurpreendentea


quantidadedetítulossobreo


assuntonosúltimosanos:


“Co ntágio”,“Epidemia”,


“Pandemia”,“Vírus”,


“Ex termínio”...Eporaívai.


Osparalelosentreas


pandemiasdaficçãoeda


realidadesãoinevitáveis,a


começarpelaorigemda


doença.Frequentemente,o


problemacomeçacomo


contatoentreoserhumanoe


algumanimalselvagem.


Em“Ep idemia” (1995),


estreladoporDustinHoffmane


MorganFreeman,ummacaco


contaminadoporumvírus


desconhecidoélevado


ilegalmenteparaumalojade


animaisnaCalifórnia,


transformandoaregiãono


epicentrodeumacrise.Ofilme


estreounomesmoanodo


primeirosurtodeebolanaÁfrica.


Morcegossãoaorigemmais


prováveldoebola,provocada


porvírusdogênerofilovírus.


Masmacacos,comoretratao


filme,tambémfazemparteda


históriadasepidemias.


Segundoateoriamaisaceita


pelospesquisadores,oHIV,que


causaaAids,teriavindodoSIV,


umvírusaltamentemutante,


encontradoemchimpanzése


macacos-verdesafricanos.


Nocasodacovid-19,


chegou-seafalarqueum


animalemriscodeextinção,o


pangolim,teriasidoo


hospedeirointermediáriodo


coronavírus.Atese,noentanto,


foiabandonada.Agora,os


morcegostêmsidoapontados


comoprincipaissuspeitos,


porquesuacarneévendidaem


mercadosdealgumasregiões


naChina.Asautoridadesde


saúdeglobaisaindanão


confirmaramessainformação,


masahipótesetem


precedentes:oanimalé


consideradoaorigemmais


prováveldosdoissurtos


anterioresdedoenças


respiratóriasprovocadaspor


coronavírus—aSars,que


contaminoumaisde8mil


pessoaseprovocou774mortes


entre 2002 e2003,eaMers,


com2.494contaminadose


mortesdesdesetembrode


2012.Atéontem,ocoronavírus


contabilizavamaisde353mil


casosepelomenos15mil


mortes,segundodadosda


UniversidadeJohnsHopkins,


dosEstadosUnidos.


Independentementedequal


foroanimalhospedeiro,


cientistaseambientalistastêm


alertadoparaoriscode


ocorrênciademaispandemias


nomundo,àmedidaqueo


desmatamentoaproxima


animaisselvagensdoconvívio


humano,comconsequências


imprevisíveis.Privadasdeseu


habitat,muitasespéciesestão


seadaptandoàvidana


proximidadedegrandes


cidades,ondepassamase


alimentardelixo.Eaconviver


comaspessoas.


“Co ntágio” (2011),dodiretor


StevenSoderbergh,mostra


outrosaspectosqueparecem


saídosdonoticiáriodaTV,em


particularaescalada


internacionaldeumanova


doençaeoesforçodoscientistas


paradeteracontaminação.Sem


saber,apersonagem


interpretadaporGwyneth


Paltrowespalhaumvírus


enquantoviajadeHongKong,


aondeforaanegócios,paraos


EstadosUnidos.Atramadeixa


claraadificuldadepara


estabelecerqueméopaciente


zero—ouseja,comquem


começouatransmissão—eoque


fazerparacriarumantídoto.


Paralelamente,mostracomoo


temordaspessoascomunscorrói


rapidamenteotecidosocial.Em


umasequênciadofilme,pessoas


nafiladeumafarmácia


depredamoestabelecimentoao


saberqueacotadiáriado


remédiorecomendadoacabou.


Diantedaescassez,ninguém


pensanosoutros.Lembraabusca


desenfreadanosúltimosdias


pelacloroquina,usadacontraa


malária,eahidroxicloroquina,


aplicadanotratamentodelúpus


eartritereumatoide.Emboranão


setenhacomprovadoaeficácia


dassubstânciasnocombateà


covid-19,aprocuraaumentou


tantoqueasautoridades


passaramatemerqueos


remédiosfaltemparaquem


realmenteprecisadeles.


Nofilme,oscientistas


conseguemproduzirumavacina


emtrêsmeses,emdoses


limitadas.Nomundoreal,China


eEUAtêmlideradoosesforços


paraencontrarumavacina,mas


muitosespecialistaspreveem


quenenhumasolução


comprovadaficaráprontaem


menosdeumanoemeio.


Emproduções


cinematográficasmais


fantasiosas,vírusebactérias


podemaparecercomometáfora


domal-estardasociedade.Éo


casodemuitashistóriasde


zumbi,emqueossobreviventes


infligemunsaosoutros


sofrimentostãooumaisgraves


queosmortos-vivos.“Ki ngdom”


(2019-2020),umasérie


sul-coreanadaNetflix,combina


umaepidemiadezumbiscom


intrigaspalacianasnacorteda


dinastiaJoseon,naeramedieval.


Umafamíliaaristocratatenta


tomarotronodosucessorde


direito,eusaadoençapara


conseguirisso.Entrecenasde


açãoeterror,háreferênciasà


guerradeinformação,que


muitospolíticosincitamem


épocasdeepidemiaparase


promoverdiantedopúblico.


Tambémháumaadvertência


quantoàameaçadeusarforças


danaturezaparacombater


inimigos,numaantecipaçãodas


guerrasbacteriológicasatuais.


Decertaforma,oescritorH.G.


Wellsjátratoudissoem1898,no


romance“A GuerradosMundos”.


Ahistória,váriasvezesadaptada


paraocinema,ficoucélebre


depoisdeOrsonWelles


transformá-laemumprograma


derádio,em1938,quemuitos


americanoslevaramasério.Éa


narraçãodeumasangrenta


invasãodemarcianosàTerra.


Depoisdepraticamentevencer


oshumanos,osalienígenas


morremrepentinamente.Sem


proteçãocontraosorganismos


doplaneta,acabamdetidospor


umasimplesbactéria.


JoãoLuiz Rosaé repórter especial


[email protected]


“Indústria deve se voltar para a


saúde”, diz pneumologista do HC


CAROLCARQUEJEIRO/VALOR

Ubiratan de Paula Santos: “A situaçãoestaria melhorse as equipes de saúdeda famílianão tivessemsidotão reduzidas”


MariaCristinaFernandes


De São Paulo


Professorda Faculdadede Me-


dicina da Universidadede São


Paulo e responsável por um dos


ambulatóriosde doençasrespi-


ratóriasdo Hospitaldas Clínicas,


o pneumologista Ubiratan de


Paula Santosassiste pela primei-


ra vez, em seus 40 anosde medi-


cina,atempestadeperfeitana


saúdepública:a conjunçãode


uma epidemia agressivacom um


sistemadesaúdefragilizado.


Em obediência às regras inter-


nas do seu departamento,que li-


mitaa presença ambulatorialde


médicos e enfermeiros acimade


60 anose portadoresde doenças


de risco, o pneumologista de 68


anos não está na linhade frente


ondeé feita atriageme o atendi-


mentodireto, mas vai todosos


dias ao HC, ondefica na sala dos


pneumologistasparaadiscussão


dos casosclínicos, conversacom


funcionários eacompanha aro-


tinado hospital no enfrenta-


mentodocoronavírus.


Pelos problemasque lhe che-


gam,concluique areaçãoàpan-


demia poderiaser muitomais


ágil se oBrasil não tivesseenfra-


quecido as equipesde saúde da


família. Preocupa-se comaine-


xistênciade protocolosbásicos


comoamediçãode temperatura


daquelesque chegamparatra-


balharno hospital ou a ausência


de fardamentoque possibilite a


trocadiáriade roupados funcio-


náriosdalimpeza.


Defendeumareconversão in-


dustrialpara equipamentosein-


sumos hospitalares, a exemplo


doquefoifeitonaSegundaGuer-


ra Mundialpara as tropasque es-


tavam no campo de batalha.


“Tambémestamos em guerra”,


diz aoValor, em entrevista feita


por telefone. Aseguir, os princi-


paistrechos:


Valor:O quesuarotinanoHC


temlhemostradosobreo enfrenta-


mentodaepidemia?


Ubiratan de Paula Santos:Asca-


rências pelas quais o SUS passa


hojedeveriam guiar um grande


projetodereconversãoindustrial.


Da mesma maneira que,na Se-


gundaGuerra Mundial, aindús-


triaseconverteuparaproduzirar-


mas efardamento para as frentes


de combate, hoje precisa se voltar


para os insumos hospitalares,


máscaras, lençóis eaventais. Tam-


bém estamos em guerra.Precisa-


mos tanto produzir respiradores


a baixo custoquantocuidar das


condições de trabalho de quem


está na ponta da linha. Os funcio-


nários que fazem alimpezados


hospitaisusamamesmaroupade


segunda asexta. Colocamafarda


quando chegam no hospital, pas-


samodiacirculandopelosleitose


depois vão para casa. Muitos mo-


ramemlugaresinsalubresedeal-


ta densidadedemográfica. Quan-


do voltam no outro dia colocam a


mesmaroupa porque não há ou-


traparatrocar.


Valor:Masnãoháumprotocolo


emrelaçãoa isso?


Santos:Não. Os funcionários


são,em sua maioria,terceiriza-


dos.Etodososcontratosdoshos-


pitaisacabarammuitoachata-


dos pela falta de recursos.Háal-


gunscuidadosbásicosque deve-


riamter sido estabelecidoseque


não foram,como, por exemplo,


medir a temperatura de todo


mundoque chegaparatraba-


lhar.São pessoas que estãono


contatodiáriocomo paciente.


Tampoucovejoprotocolos em


relaçãoa pessoas que atuamnos


serviços básicosdo país,na ma-


nutenção da rede de energiae de


águaou da coletade lixo.São


pessoasque pegamtransporte


públicoe continuama trabalhar


normalmente.Omonitoramen-


to das condiçõesde saúdedessas


pessoastem que ser acompanha-


do maisde pertoporquesão elas


quemantêmopaísrodando.


Valor:Oquepoderiatersidofei-


to parao Brasilchegaraessapan-


demiamaisbemaparelhadopara


enfrentá-la?


Santos:A saúdepública esta-


riamelhorseasequipesdesaúde


da famílianão tivessemsido tão


reduzidas. A ideiaoriginalera


atingirtodooterritórionacio-


nal, mas até no municípiode São


Paulo há áreasdescobertas.E


muitasdasequipesoperamsem


médicos ou treinamentoespecí-


fico para os enfermeiros,auxilia-


res de enfermagem ou agentes


de saúde.Há muitadificuldade


de reposiçãodos profissionais.


No iníciodestegovernose rom-


peu a cooperaçãodos médicos


cubanos paraoprograma Mais


Médicos. O programafoi refor-


mulado, excluindo as regiões


metropolitanas. Recuaram,mas


só agoraestãosendoelaborados


os editaisparaacontrataçãode


médicos. Em São Paulo, das 5,


mil equipesde saúdeda família,


cercade2milcontavamcommé-


dicosdoprograma,dosquaismil


eramcubanos.Foi graçasa esse


atendimento domiciliarque a


Alemanha conseguiu ter uma


das maisbaixastaxasde mortali-


dadedaEuropa.


Valor:Foi oatendimentodomici-


liarqueevitouasuperlotaçãodos


hospitais?


Santos: Sim. Comum bom


programa de saúdeda família


vocêconseguemapearondees-


tão as comunidades commais


pessoasidosasou portadores de


doençascrônicase agir preventi-


vamenteparaevitara contami-


nação,medir atemperaturae


orientarondepodeser feitoo


teste.Agoramesmo no inícioda


campanha de vacinação, as equi-


pes de saúdeda famíliapode-


riamsermuitoúteis.EmSãoPau-


lo há umaboa capilaridade de


UnidadesBásicasde Saúde,mas


não éassim em todolugar. Essas


pessoastêm que ser orientadas


porquetêm dúvidasse devem


pegarônibusou não eonde po-


demservacinadas.


Valor:Algunshospitaispúblicos


dereferência,comooHospitaldas


ClínicaseoHospitalSão Paulo,


mantêmatendimento aconvênios,


achamadaduplaporta.Comoesse


procedimentotemfuncionadodu-


ranteestaepidemia?


Santos:É um recurso aos quais


os hospitais e os médicos acaba-


ramrecorrendoparareporafalta


de recursosdo SUS e garantir


umarendaextra. Provoca situa-


ções comoa de um paciente que,


dependendodoandaremquees-


teja do hospital, podeter seu exa-


me marcado em uma semanaou


umano.Éinadmissívelqueconti-


nue aocorrer durante esta epide-


mia. O critério de atendimento


deve ser um só,odagravidade.


Mas, pelas informaçõesde que


disponho, no Incoreno Comple-


xo do Hospital das Clínicas, pelo


menos,asáreasdeatendimentoa


convênios eparticulares foram


reduzidasquasepor completo,


tanto pela redução de procura


quanto pelo cancelamento de


consultas de rotina por parte dos


médicos. Minha impressãoéde


que, durante a crise, na prática, a


duplaportadeixarádeexistir.


Valor:O ministrodaSaúdeesti-


mouumalongaduraçãoparaesta


epidemiacomdeclíniode casosape-


nasemagostoe setembro. Confere?


Santos:Os próximosdez dias


vão ser muitoimportantespara


aferirisso. Nossacurvaépareci-


da com a italianae fazemos pou-


cos testes. Tudo vai depender


das medidasque foremtoma-


das, mas não sou infectologista e


não tenhocomocontestaressa


estimativa. Só achoque seriam


bemvindasmedidascomoo fe-


chamentode divisasnos Estados


do Nordeste,por exemplo, onde


a rede hospitalarémais carente


e com menosleitosde UTI. Se a


doençase massificar lá éuma si-


tuaçãomuitograve.


Valor:Eem condiçõespioresde


saneamento...


Santos:Sim, não dá para uma


comunidade ficar sem águanum


momentodesses.Umaempresa


comoaSabesp,porexemplo,que


é superavitária,devereforçaros


procedimentos einformar ao


centrodegerenciamentodecrise


sobre eventuais problemas no


fornecimento.


Valor:Houveumacorridaàs far-


mácias nosúltimos dias paraa


aquisiçãodahidroxicloroquina. Há


algumaevidênciacientíficadeque


funcione?


Santos:Há doisestudossem


indicações precisas.Não há nada


consistentesobreseu uso nesta


epidemia.Quemtem artritereu-


matoidee tem prescriçãode uso


deve continuaratomar. Mas não


se devecomprare estocar. Pode


faltarparaquemprecisa,defato.


Valor:Durantea campanhaelei-


toral,houveumgrandeengajamen-


to dacomunidademédicanobolso-


narismo, empartepelareaçãoao


programaMaisMédicosquetrouxe


profissionaiscubanosparaopaís.


Estãoarrependidos?


Santos:A maioriapreferedi-


zer que não votou,esqueceuem


quemvotououvotouembranco.


Já vinhamcríticospor contado


comportamento do presidente


emrelaçãoàciênciaeagoracom


a criseo caldoentornou.Muitos


aindanão têmconsciência do


danoque um votopodecausar,


maspelomenoshojeestamosto-


dos imbuídosda mesmacons-


ciênciade que éprecisorecupe-


rar a capacidadede intervenção


do SUS. Este governotem o dis-


cursode que afiscalizaçãoeavi-


gilânciaatrapalhama produção.


Enão é assim.Estamosvendono


que dá odesmonte.Ofortaleci-


mentodoSUScresceucomouma


bandeiracomumatodos.


4EC
7-ElevenA
A Vulcabras AzaleiaB
AditusC
AlibabaB
AlmavivaB
AlpargatasB
AmazonA
ARCMercosulB
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AtentoB
AzimutC
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BarchartB
BarclaysC
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BNDESA8, B1, B3, B10, C
BNPParibasA
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