festas dos mais variados tamanhos e, na nossa
visão, para trazer de volta um hábito que anda
meio perdido por aí: o de presentear o anfitrião
que nos recebe em sua casa, para qualquer
ocasião, seja almoço, jantar ou um chá da tarde.
“Ao fazer eventos, eu via que faltavam
fornecedores neste segmento. Eu conheço muita
gente que faz doce, só que eu sempre via a mesma
coisa, a apresentação não chegava legal. Sempre
senti falta de levar uma torta para alguém, numa
caixona bonita. E isso não existia”, conta Isabella.
Foi aí que ela procurou o Lucca, amigo de infância
que já fazia doces. Deu match.
“Eu queria que o meu doce fosse o melhor
possível e com um preço justo. Não achava
que valia a pena encarecer o colocando numa
embalagem melhor. Aí, vi que não é bem assim:
as pessoas valorizam a beleza e o carinho, antes de
mais nada”, diz ele.
Até abrirem as portas foram meses de
pesquisas em busca de quem tem a mesma
proposta, mundo afora. Aí, surgiu o desafio de
fazer a primeira coleção para o Natal. “Olha,
vendeu tudo. E muito rápido. Então vimos que as
pessoas realmente queriam a nossa ideia.”
Mas não só embalagens caprichadas, claro.
O conteúdo delas também precisa ser de primeira
linha. E é. Lucca é um confeiteiro de mão cheia,
riogoroso e cuidadoso. Aprendeu muito do que
sabe com a avó italiana (“eu sempre gostei muito,
desde não alcançar a pia, sabe?”), mas seguiu para
as imprescindíveis técnicas francesas, lendo muito.
E praticando, obviamente.
Hoje, ele trabalha tão bem com o chocolate
quanto com cremes e massas que dão origens a
receitas infalíveis (veja quadro), sem pesar na
mão. Isto é, Lucca tem a maior preocupação em
equilibrar o doce e o amargo (e até o salgado) para
não fazer aquele tipo de confeitaria vulgar que
mela a nossa boca e depois embrulha o estômago.
Os clientes pedem Nutella? Ok, ele usa a
contragosto, mas usa. O bombom recheado com
o creme de avelãs, por exemplo, conta com uma
fina camada de massa folhada, o que confere
textura e leveza para o doce. Se ele tem algum
preferido? A pergunta o faz balançar a cabeça para
os lados, até que Isabella responde pelo sócio: os
bolos de cenoura e aipim que fazia com a avó.
Pronto, fica a dica.Carmella Patisserie – Venda apenas on line
http://www.carmellapatisserie.com.brPratas da casa
Os doces que a
Isabella e o Lucca
mais gostamBolo de cenoura
com chocolate:
“Afetivo”Trufas de
chocolates: “Todo
mundo gosta”Bolo de coco com
aipim: “Simples e
elegante’Pão de mel:
“Denso por fora,
cremooooso por
dentro”Ovo de Páscoa: “Não
dá para evitar, né?”