erguendo-a e baixando-a à custa dos pés e da barriga das pernas que não me doíam
agora, não iriam doer-me, eu a segurar-lhe nas mãos
- Cavalinho cavalinho
pela primeira vez a segurar-lhe nas mãos pensando - Não vou ser capaz
e embora pensando que não ia ser capaz continuando a fazê-la pular - Cavalinho cavalinho
porque isso eu conseguia, que o seu cabelo para um lado e para o outro, que os seus
dedos apertando mais os meus, que a sua boca a um palmo da minha a dizer também - Cavalinho cavalinho
e apesar de ainda solteiros, de nenhuma camisa de rendas, de nem a sombra de uma
aliança no dedo a sua palma na minha nuca - Amor
e todas as pedras do mundo, palavra de honra, muito mais leves que a água.