Aero Magazine - Edição 310 (2020-03)

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aeródromos com pistas despre-
paradas, é possível considerar as
redondezas. O uso de aeroportos
em uma cidade ou uma proprie-
dade vizinha com uma pista que
possa receber uma aeronave com
propulsão a jato sem problemas
operacionais são mais comuns do
que se imagina.

CONCLUSÃO
Na prática, a equação de escolha
entre um turbo-hélice e um VLJ
não é tão exata ou óbvia como
pode parecer. Com a chegada dos
VLJ, os jatos ganharam terreno
na concorrência com os turbo-
-hélices, mas a disputa continua

acirrada ao se considerar a
infraestrutura aeroportuária do
Brasil e também a performance
principalmente dos monoturboé-
lices em relação ao custo.
Também pesam a favor dos
turbo-hélices várias décadas de
aprimoramento em comparação
aos “recentes” VLJ, ainda que a
evolução tecnológica se revele
muito mais rápida hoje do que
era há 40 anos, com produtos
atingindo sua maturidade mais ra-
pidamente. Por fim, a versatilidade
é e sempre será a maior vantagem
dos turbo-hélices, que podem ser
empregados nas mais variadas
missões.

Vários turbo-hélices novos estão
previstos para chegar ao Brasil nos
próximos anos. Em 2019, o King
Air 250 foi o modelo de avião mais
entregue no país. Mas os jatos ganham
terreno em alta velocidade. Os VLJ
já somam cerca de 1.700 aeronaves
vendidas em todo o mundo e hoje se
mostram uma opção bastante compe-
titiva na escolha da sua nova aeronave.

* Jonas Lopez é piloto, administra-
dor de empresas e pós-graduado
em Marketing. Atua como diretor
da Global Aircraft no Brasil, em-
presa sediada nos EUA e especiali-
zada em comércio e gerenciamento
de aeronaves por todo o mundo.

A capacidade de
operar em pistas
menores e não
pavimentadas
frequentemente
compensa a
menor velocidade
de cruzeiro dos
turbo-hélices

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