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Bombardier conclui
em 2020 um plano
de recuperação de
cinco anos traça-
do em novembro
de 2015. Na ocasião, diante das
dívidas acumuladas por programas
como o CSeries e o Learjet 85, a
direção impôs ao grupo canadense
um conjunto de metas drásticas
e austeras, tendo como horizonte
encerrar a década com mais receita
e mudanças no portfólio, além
de transformações operacionais
e aperfeiçoamentos no modelo
de negócios. O objetivo era – e
ainda é – garantir um crescimento
sustentado e lucrativo dos ganhos
da companhia, com incremento na
geração de fluxo de caixa. A poucos
meses do encerramento do prazoestabelecido por seus executivos,
a empresa parece ter definido sua
estratégia: desfazer-se das unidades
de negócios voltadas à produção
de trens e aviões comerciais para
concentrar seus esforços e investi-
mentos exclusivamente nos jatos
das famílias Learjet, Challenger e
Global, voltados a missões privati-
vas e especiais.
Para comandar a nova fase, o
conselho de administração da Bom-
bardier trouxe de volta o engenheiro
Éric Martel, que já presidiu as
divisões de Aeronaves de Negócios,
Serviços ao Cliente e Aeronaves
Especializadas da empresa e teve
passagens em cargos de liderança
por Pratt&Whitney e Rolls-Royce.
Ele assume as posições de presidente
e CEO no lugar de Alain Bellemare,que foi o responsável por colocar
em prática o plano de recuperação
financeira do conglomerado. “Com
um profundo entendimento tanto
de nossa organização como do
portfólio de produtos da Bombar-
dier, assim como da indústria global
de aeronaves de negócios, o Éric é o
líder certo no momento certo, já que
a empresa está concluindo seu plano
de recuperação e se concentrando
no crescimento de sua principal
divisão, a de aviação de negócios”,
declarou Pierre Beaudoin, presiden-
te do conselho de administração da
Bombardier.COMPLEXA
TRANSFORMAÇÃO
Na última meia década, Alain
Bellemare geriu o complexoLinha de produção
da Bombardier em
Dorval, no Canadá,
fabrica os jatos da
família Challenger