Aero Magazine - Edição 310 (2020-03)

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das aeronaves a pistão. No ano de
2008, antes da crise financeira glo-
bal, foram comercializados 2.119
aparelhos desse segmento. As
vendas dos três fabricantes que en-
tão lideravam o mercado (Cessna,
Cirrus e Diamond) somavam 75%
desse total, com a Cessna respon-
dendo isoladamente por 34,6%.
Em 2019, as vendas totalizaram
em 1.509 aparelhos, apresentando
um robusto crescimento de 16,4%
em relação ao ano anterior. Mas a
soma dos três líderes (Cirrus, Pi-
per e Diamond) representou 57%
do total, indicando uma descon-
centração desse mercado.

BOAS NOTÍCIAS
No relatório das entregas de apare-
lhos em 2019, destaca-se o aumen-
to de 9% no número de aeronaves
de asa fixa vendidas em relação a
2018, totalizando 2.658 unidades.
A venda de jatos de negócios (809
unidades) representou o melhor
número dos últimos dez anos, o
que se refletiu em um incremento
no faturamento dos fabricantes,
que chegou a 23,5 milhões de
dólares (contra 20,6 milhões em
2018), consolidando a tendência
de alta dos últimos três anos.
O relatório não inclui a conso-
lidação do segmento de asas rota-
tivas, já que alguns dos fabricantes
não haviam divulgado os números
na data da publicação, em especial
a italiana Leonardo. Dos que di-
vulgaram, destaque para a Airbus
Helicopter, que entregou 300
helicópteros em 2019 (sendo 159
do modelo H130 e seus derivados,
o primeiro do ranking), a Bell,
que colocou no mercado 262
aeronaves (101 do novo 505), e a
Robinson, que teve 196 entregas
(111 do modelo R44).

JATOS DE NEGÓCIOS


os modelos oferecidos por Gulfs-
tream, Dassault e Bombardier, que
seguem com boas vendas.
Nessa categoria, os fabricantes
deixaram de discriminar as entre-
gas por modelos e agruparam os
resultados de acordo com as famí-
lias de aeronaves. Em 2019, a Gul-
sfstream colocou no mercado 147
aeronaves, sendo 33 jatos G280 e
114 modelos G500/G600/G550/
G650/G650ER – em 2010, foram


  1. Já a Bombardier entregou no
    ano passado 54 aviões da família
    Global, composta pelos modelos
    Global 6000/6500/Express/7500,
    contra 49 em 2010. Por fim, a
    Dassaut pôs no mercado 40 jatos
    Falcon, incluindo modelos 2000 (S
    e LXS), 900 LX, 7X e 8X, menos da
    metade de 2010, quando entregou
    95 jatos Falcon.
    O mercado norte-americano
    segue respondendo por 67,1%
    das vendas de jatos, seguido pela
    Europa, com 14,3%. Em relação
    aos fabricantes, o maior numero
    de unidades entregues ficou com
    a Textron/Cessna (206 unida-


Os números do mercado global de
aeronaves corporativas com moto-
res a reação mostram a consolidação
do segmento de entrada – Personal
Jets ou Very Light Jets –, que seguem
disputando parte da fatia da aviação
geral antigamente ocupada pelos
turbo-hélices.
Na outra ponta do segmento,
um mudança importante, que
vem garantindo o aumento da
rentabilidade do setor. Em 2010,
Airbus, Boeing e Embraer, juntas,
entregaram 38 jatos corporativos
derivados de modelos comerciais.
No ano passado, a Airbus registrou
a entrega de seis exemplares (dois
ACJ319neo e quatro ACJ320neo)
e a Boeing vendeu somente dois
BBJ 787 enquanto a Embraer, pelo
segundo ano seguido, não entregou
nenhum Lineage.
A consolidação dos jatos de
cabine larga e ultralongo alcance
projetados exclusivamente para
missões de negócio explica esse
fenômeno. Os clientes corporativos
em busca de espaço, conforto e
grande autonomia migraram para

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