não obteve nenhuma resposta, bateu com mais força. Então, a luz da cozinha
finalmente se acendeu. As cortinas foram puxadas para o lado e, em seguida, a
porta foi aberta.
— O que houve? — Rae perguntou.
— Preciso de sua ajuda.
— Entre. — Rae usava calça de pijama de flanela, camiseta e chinelos. — O
que está acontecendo?
— O chefe dos detetives do caso Eckersley acabou de me fazer uma visita.
Com ar sonolento, Rae observou com os olhos meio fechados o relógio da
parede.
— Que horas são?
— Quase meia-noite.
— Por que a polícia apareceu em seu quarto de hotel à meia-noite?
— Porque acho que estou metida numa encrenca. O nome do sujeito é
Madison, e ele quis saber por que eu estava bisbilhotando tanto por aí.
— Diga a ele que você está escrevendo um artigo. Isso não é crime.
— De acordo. Porém, entrei ilegalmente no prédio do condado, na outra noite
com Peter, e examinei um relatório da autópsia que não foi tornado público.
— Achei que era um segredo.
— Pois é. Deixou de ser quando uma câmera de segurança na frente do prédio
me filmou.
— Ah, não!
— Sim.
— Os melhores jornalistas se tornam os piores criminosos. Não é o que diz o
ditado?
Kelsey fez um gesto negativo com a cabeça.
— Tudo bem. Não entre em pânico agora, Kelsey. O que ele quer?
— Que eu vá embora de Summit Lake.
— Quanto falta para você terminar o artigo sobre Becca?
— Não muito. No mínimo, estão me ocorrendo algumas ideias que não
correspondem às da polícia. Só preciso de algum tempo para desenvolvê-las. O
delegado Ferguson disse que os detetives estaduais estão obcecados com a teoria
de um estranho que apareceu na cidade naquela noite e entrou na casa dos
Eckersley ao acaso.
— Sem dúvida, você discorda dessa teoria.
— Totalmente. Becca foi assassinada por alguém que ela conhecia.
— Quem?
— Não sei. Estou bem perto de descobrir, mas não tenho os recursos de que
preciso. Em outra situação, eu conversaria com a família para obter um quadro
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1