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Kelsey Castle
Summit Lake
15 de março de 2012
Dia 11
APÓS SAÍREM DO RESTAURANTE, KELSEY E PETER PEGARAM
direções opostas. Peter foi para casa, para começar sua investigação sobre a
companheira de moradia de Becca; Kelsey se dirigiu ao Winchester, na
expectativa de tomar um banho e trocar de roupa antes de começar a próxima
fase da jornada relativa ao caso Eckersley.
Com a bolsa pendurada no ombro e o diário de Becca guardado ali dentro,
Kelsey seguiu ao longo da margem do lago até alcançar a Tahoma Avenue, onde
seguiu na direção oeste para a Maple Street e para a entrada do Winchester. Na
metade do quarteirão, ela se deteve. Adiante, na entrada para carros, na frente do
hotel, avistou três viaturas da polícia estadual paradas, com as luzes vermelhas e
azuis piscando. Um único policial se achava diante do prédio, falando num rádio
e, ocasionalmente, erguendo os olhos para os quartos do último andar.
Kelsey se pôs num vão de uma galeria de arte e respirou fundo. Então,
lembrou-se de que se esconder nas sombras chamava mais atenção do que
simplesmente caminhar pela rua. Assim, saiu do vão da galeria e, rapidamente,
começou a caminhar no sentido contrário, voltando para a margem do lago, e
depois, na direção sul, ao longo da Shore Drive.
Com o coração aos pulos, fixou o olhar na torre da igreja de São Patrício
enquanto andava. Passou pelo cais da fileira de palafitas, e, quando alcançou a
Tomahawk Avenue, virou à direita e seguiu até a esquina da Maple. Do outro
lado da rua, estava o Café Millie.
Alguns carros passaram antes de Kelsey atravessar a rua. Ela deu uma olhada
furtiva para a direita e viu a frota de carros de polícia a alguns quarteirões de
distância, no Winchester. Abriu a porta do café, entrou e avistou Rae atrás do
balcão. Não levou muito tempo — apenas o rápido contato visual de Rae e o
aceno de cabeça — para Kelsey saber que algo estava errado. Antes de ela
conseguir escapar pela porta, o detetive Madison apareceu nos fundos do café.