A garota do lago

(Carla ScalaEjcveS) #1

com Livvy, não a encontrará aqui. Ela deu uma sumida desde que Becca foi
morta, como falei, mas mora aqui na cidade. Do lado oeste, nas encostas das
montanhas. Tente um telefonema. Não posso garantir que ela falará com você.
Kelsey tirou seu bloco de anotações e registrou o nome de Livvy Houston.
— Algo que possa me dizer a respeito daquele dia? A respeito de Becca?
— Não muito. — Rae deu de ombros. — Fiquei trabalhando na cozinha, pois
o movimento estava muito devagar. Por isso, não apareci muito aqui no salão.
— Você conhece a maioria dos clientes?
— Sem dúvida. E a maioria pelo nome. Exceto nos fins de semana, quando
recebemos muitos turistas.
— Lembra-se de alguém ter chamado a sua atenção no dia em que Becca foi
morta?
Rae pensou por um instante.
— Não. Ninguém em especial. Era uma sexta-feira normal.
— Quanto tempo Becca ficou aqui naquele dia?
— Duas horas, no mínimo. Deu a impressão de estar estudando alguma coisa.
— Sim, estava mesmo. Você viu se outra pessoa além de Livvy conversou
com ela?
— Não. Pelo que me lembro, ela entrou e saiu sozinha.
Kelsey fez uma pausa, observou suas anotações e tomou um gole de café.
— Tudo bem. Importa-se se eu voltar para conversar com você a respeito
daquele dia se precisar de mais alguma coisa?
— De jeito nenhum. — Rae apontou para o grupo de fofocas no balcão. —
Toda gente vem aqui para falar disso. Todas as manhãs, bebem café com leite e
fofocam, e todos têm suas próprias teorias a respeito do que aconteceu com
Becca. Algumas são bem extravagantes — Rae prosseguiu, sorrindo. — Você é
bem-vinda para se juntar à conversa.
— Obrigada. — Kelsey sorriu. — E obrigada pelo café.
— Boa sorte.


O HOSPITAL FICAVA A QUATRO QUARTEIRÕES E MAIS
QUATROCENTOS metros do Winchester Hotel, ao norte do centro da cidade,
às margens do lago Summit. As portas automáticas se abriram quando Kelsey se
aproximou da entrada principal. No balcão de recepção, ela fez; algumas
perguntas e, em seguida, foi encaminhada ao terceiro andar, onde se localizava o
posto de enfermagem.
— Olá — Kelsey saudou. — Estou procurando o dr. Peter Ambrose.
— Ele deve estar em seu consultório — a enfermeira informou e apontou o
corredor. — Última porta, à direita.

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