Valor Econômico (2020-04-01)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 2 da edição"01/04/20201a CADC" ---- Impressa por GAvenia às 31/03/2020@19:52:18


C2|Valor|Quarta-feira, 1 de abrilde 2020


Finanças


Juros


DI-Overfuturo- % ao ano
Jan/2021 Jan/2022

Ibovespa


Índiceem pontos


20/mar
2020

31/mar
2020

11/mar
2020

20/mar
2020

31/mar
2020

11/mar
2020

Bolsas internacionais


Variaçõesno dia 31/mar/20- em %


Ibovespa
fecha
pregãocom
queda de

-1,84

Fontes:B3 e Valor PRO.Elaboração:ValorData

Dow
Jones

S&P-
500

Euronext
100

DAX-
30

CAC-
40

Nikkei-
225

Xangai
SE

3,23

3,96
-1,60

0,85

4,05
67.069

0,11

4,19

5,61

5,02

2,17%


73.01 9

1,22

0,40

-0,88

85.171

20/mar
2020

31/mar
2020

11/mar
2020

20/mar
2020

31/mar
2020

11/mar
2020

Dólarcomercial


Cotaçãode venda- R$/US$


em relação
ao real

0,31%


Dólar
comercial
encerra
o dia em
alta de

4,7215

5,0260

ÍndicesdeaçõesValor/Coppead


Em pontos
CoppeadMV CoppeadIP 20

73.396

56.492

70.966

79.481

60.69060 690 09

5,1960 (^551960160) 97.185
IMPACTOSDO
CORONAVÍRUS
MercadosÍndice encerrou marçocom quedaacumulada de 29,9%
Em meio à pandemia, crescem
revisões para o Ibovespa
MarcelleGutierrez e
AnaCarolinaNeira
De São Paulo
Em março, apandemia da co-
vid-19 foi decretada e oIbovespa
registrou o pior desempenho
mensal em 22 anos.Acrise disse-
minada pela doença trouxeuma
ondamundialdeaversãoaoriscoe
jogoupor terra os principaispila-
resquelevaramabolsabrasileiraa
quase 120 mil pontos do Ibovespa
emjaneiro:crescimentodoProdu-
to Interno Bruto (PIB) e lucro das
empresas. Comoresultado, diver-
sas casasjá revisaram parabaixo
suasestimativas paraoIbovespa
em 2020. As projeções vão de 80,5
milpontosa115milpontos.
No mês,aqueda acumulada é de
29,90%,algo que não era vistodesde
agostode 1998, quando o índicere-
cuou 39,55%, conforme levanta-
mentodoValorData.Ontem,oíndi-
ce fechouem queda de 2,17%, aos
73.020pontos,apósajustes.
Em termosde giro financeiro,
a médiadiáriano mêsfoi de
R$ 24,1 bilhões, acimada média
de janeiroe fevereiro—R$ 16,3
bilhões e R$ 20,1 bilhões,respec-
tivamente —, o que demonstraa
tamanha volatilidade e força
vendedora vistaem março.On-
tem,somouR$19,1bilhões.
O impactode todoo cenário
de pânicoe estressede marçoes-
tá nítidonas mudançasde proje-
çõesparaofimdoano.Ummovi-
mentoque ninguémesperava há
três meses.Até agora,cercade 11
casas consultadas pelo Valor
mudaramseus números.Outras
mantiveramsuas projeções,mas
não por acreditaremque oIbo-
vespaterá a mesmatrajetóriaes-
peradano começo de 2020,mas
sim pelocenárioser de incerte-
zas, no qualé precisoaguardar
paraverosefeitosreaisnaecono-
mia.Umacoisa,entretanto,écer-
ta: a recessãoeconômicavirá pa-
ra atingirem cheioum país que
jálutavaparacrescer.
De formageral,oprincipal
motivoelencadoparamudança
nas projeçõesestá no PIB próxi-
mo ou abaixode zeroeoforte
impactoesperadono lucrodas
empresasem 2020,já que ade-
mandatendea ser cadavez me-
nor e, no médioprazo, gerarde-
semprego. “E mesmoapósoco-
ronavírus,as pessoasvão querer
ter umareserva.Assim,ocresci-
mento[da economia]será deva-
gar,porqueaspessoasestarãore-
ceosase não terãoestímulo para
consumir comoantes”, afirma
Rodrigo Franchini, sócio da
MonteBravoInvestimentos.
SegundoAlineCardoso,gesto-
ra eanalistade rendavariável da
TrafalgarInvestimentos,aexpec-
tativaera de um avançodo lucro
dasempresasentre15%e20%em
2020.Agora,a expectativa é de
contraçãode20%,deacordocom
o cenáriobaseda gestora,com
probabilidade de 60%,ecresci-
mentode60%em2021.“2020se-
rá um desastree já está na conta.
A pergunta é quãorápidose re-
cuperaem2021”,dizela.
Amudançanocenárioéclarae
era impossívelmanteramesma
visãoparaa bolsabrasileira, se-
gundoRafaelPanonko, analista-
chefeda Toro Investimentos.Ele
lembraque no iníciodo ano tí-
nhamosum país comreformas
estruturais sendoaprovadas e
um PIB projetadopara expansão
acimade 2%. “Agora o cenárioes-
tá maiscomplicadoe com muita
incerteza.São duassituaçõesque
deixamoalertaligado:onúmero
de casosdo coronavírusque con-
tinuacrescendoe o ‘lockdown’.
Quandotiverarespostadequan-
to tempovai duraré que conse-
guirámensurarosimpactos”.
Panonkolembraqueoprimei-
ro trimestre foi o pior em déca-
das eque o segundonão será di-
ferente.Já o segundosemestre
deveser de recuperação, mas “se
olockdown ficar no primeirose-
mestreenãoseestender”.
Franchini,da MonteBravo In-
vestimento, concordaque o pri-
meirosemestre“será catastrófi-
co”, com recessãotécnicae mais
um corteda Selic.O segundotri-
mestre,que iniciahoje,seráo
pior na visãodele,porqueserá
quandoficarãoclarosos efeitos
sobreaeconomia,comqueda
do PIB eaumentoda taxa de de-
semprego. “Os efeitosvirãopor
maisoito ou novemeses.Mesmo
que caiamos númerosde casos
[do coronavírus], o efeito na
economiaé brutal”, diz.
Até asemanapassada,poucas
casashaviammexidonasestima-
tivas.Desdesegunda-feira,con-
tudo, o númerotem aumentado,
com mudanças pelo Bank of
America,XP Investimentos,Safra
eagoraGuideInvestimentos.
Acorretoratem feitoaltera-
çõesdesdefevereiro,quandoo
númeropassoude 140 mil pon-
tos para 130 mil e, depoisem 17
de março, para110 mil pontos.
Agoraestá em 96 mil, devidoao
“lockdown”eimpactosnoBra-
sil, com comérciofísico fechado,
reduçãona demandapor com-
bustíveisetc. “Estamosfazendo
de acordocomo que aparece.
Por enquanto,ocenárioé esse,
mas não se sabedaquiduasou
três semanas. A visãoéde bas-
tanteincertezaenão há nenhu-
ma convicçãono curtoprazo,
apenasde que a volatilidade vai
seguirbastantealta”, diz oana-
lista da Guide,HenriqueEsteter.
OSafra tambémfez umamu-
dançarecentecom base na crise,
mas ponderaque será temporá-
ria eque a maiorpartedas com-
panhias brasileiras, especial-
menteas grandes,conseguirão
se recuperar no futuroconforme
mostramas crisespassadas.Para
o banco,oque dificultaos cálcu-
los éjustamentenão saberaté
quandodurarãoa pandemiae as
medidasdeisolamentosocial.
Fonte:Instituiçõesfinanceiras.*projeçãoparamarço2021.*Cenáriobase
130.000
132.000
132.000
126.000
140.000
130.000
140.000
130.000
140.000
130.000
135.000
150.000
Anterior
87.000
94.000
94.000
80.500
97.000
115.000

96.000
70.000- 90.000
92.000
sob revisão
115.000**
90.000- 95.000
Atual
Bofa
XP
ItaúBBA
J.P.Morgan
Safra
WesternAsset
GuideInvestimentos
ToroInvestimentos
TerraInvestimentos
GenialInvestimentos
Trafalgar
MauáCapital
Banco
Novocenárioparao Ibovespa
Instituições revisamestimativaspara 2020
Fed instituiplanopara
atender alta da demanda
externa pordólares
JamesPoliti, BrendanGreeley e
Colby Smith
FinancialTimes,de Washington
e Nova York
O FederalReservetomouuma
novainiciativaparaatenderade-
manda mundial por dólares,
criandouma linhaque permitirá
aos bancoscentraisinternacio-
naisfirmaremacordosderecom-
pra com oBCamericanoetrocar
títulosdoTesouropordólares.
O Fed disse que a novalinha
operarájuntamentecomlinhasde
swaps de dólares já estabelecidas
pelo banco central com seus pares
de 14 países diferentes. Nas últi-
mas semanas, ovalor da moeda
americana subiubastante, com in-
vestidores correndo paraativos
consideradosmais seguros e em-
presas lutandopara compensar o
golpe em suas receitasprovocado
pelasparalisaçõeseconômicas.
Isso resultounumaescassez
globalde dólaresque vem preju-
dicando especialmente os mer-
cados emergentes,contribuindo
paraas preocupaçõescom oco-
lapsodaeconomiamundial.
Avolatilidade no mercadode
Treasuries—omaiormercadode
dívidado mundo, e o de maiorli-
quidez—contribuiuaindamais
paraomal-estardos investido-
res, alcançando nestemês seu ní-
vel maisalto desdea crisefinan-
ceiraglobal,segundoumaava-
liaçãodo Bankof America indu-
zidapelospreçosdasopções.
Alinhade crédito paraautori-
dadesmonetárias estrangeiras e
internacionais, ou FIMA,permiti-
rá a esses bancoscentrais e orga-
nizaçõesinternacionais com con-
tas no Fed de Nova York a “trocar
temporariamente por dólares
seus títulos do Tesourodos EUA
mantidos no Federal Reserve, que
entãoserão disponibilizados às
instituições em suasjurisdições”,
disse o Fednum comunicado. “Es-
sa linha deverá ajudar no funcio-
namento tranquilodo mercado
de Treasuries, ao fornecer uma
fonte alternativa temporária de
dólares americanosque não as
vendas de títulos no mercado
aberto”, acrescentou.
Brad Setser, membro sêniorda
área de economiainternacional
do Council of Foreign Relations
disseque o plano do Fed ajudará
principalmente países que já têm
volume significativode reservas
internacionais, como Taiwan,
HongKong e Tailândia —epossi-
velmenteÍndia e China—, a apoiar
suasinstituiçõesfinanceiras.
No entanto,não será tão útil
parapaísesquecarecemdereser-
vas internacionais,como Tur-
quia,Áfricado Sul, Líbanoe In-
donésia,que aindaterãode re-
correraoFundoMonetárioInter-
nacionalparasuportaracrise.
Gennady Goldberg, estrategista
da TD Securities, disse que ainicia-
tiva do Fedéimportante porque
abordasimultaneamenteagrande
procura global por dólares e as
tensõesque surgiramno mercado
de Treasuries. “Elapermitirá aos
bancos centrais estrangeiros le-
vantar recursosrapidamente, em
vez de agravar a falta de liquidez
nummercadoquejácarecedela.”
Além disso, segundo Seema
Shah,estrategista-chefe da Princi-
pal Global Investors, ela deverá
ajudar a melhorar o sentimento
entre os participantesdo merca-
do. “Ela deverá acabarcom parte
do pânico que os investidores es-
tavam começando asentir quan-
do viram um mercado com tanta
liquidez ser paralisado.”
A medida é partede umasérie
deiniciativasdoFedparaconteros
danos do coronavírus para as eco-
nomiasdos EUA e mundiais. O
banco central americano reduziu
suaprincipaltaxadejuroparaper-
to de zero, anunciou compras ili-
mitadas de Treasuriese títulos las-
treados em hipotecas garantidas
por agências do governo,eressus-
citouuma série de linhasdecrédi-
toquedatamdacrisede2008.
No frontinternacional,o Fed
estabeleceueste mêslinhasde
swapcom oBancoCentralEuro-
peu (BCE),Bancodo Japãoe Ban-
co da Inglaterra,alémde seus pa-
res do CanadáeSuíça. Em segui-
da, estendeu essaslinhaspara
outrosbancoscentrais, comoos
do Brasil,Austrália,Méxi-
coeCingapura.
DowJonesrecua23%e tem
pior trimestredesde 1987
GabrielRoca, AndréMizutanie
Rafael Vazquez
De São Paulo
As açõesglobais fecharama
sessãode ontem em queda, en-
cerrandoo pior primeiro trimes-
tre para os ativos desdeacrise fi-
nanceirade 2008.
Apesar de indicadores de ativi-
dade na Chinaterem apontado
para uma recuperação parcial na
economia do país,orápido cres-
cimentono número de casosda
covid-19 nos EUA e a interrupção
na atividade econômica global
paraconterapropagaçãodapan-
demia continuam acentuandoa
cauteladosinvestidores.
Em Wall Street, o índiceDow Jo-
nes recuou 1,84%,aos 21.917, 16
pontos, enquanto o S&P 500 fe-
chouembaixade1,60%,a2.584,59
pontos. O Nasdaqperdeu 0,95%,
para7.700,10pontos.Noacumula-
do trimestral,oDow Jonesrecuou
23,20%, maior perdapara o perío-
dodesde1987.OS&P500caiu20%,
maiorbaixadesde2008eoNasdaq
recuou14,18%noperíodo.
As perdas nos mercados acioná-
riosnãoserestringiramaosEUA.O
índice de ações globais, o MSCIAll
World Index,terminou o primeiro
trimestre de 2020em queda de
21,24%, pior desempenho desdea
crisefinanceira de 2008. O índice
pan-europeuStoxx600Europesu-
biu 1,65%ontem,mas acumulou
queda de 23,03%no trimestre, em
seupiorperíododesde2002.
Mesmo com a queda acentua-
da provocada pela pandemiado
covid-19, os analistas do Bankof
America, fazendo comparações
do atual movimento de vendas
no mercado acionário comou-
trosdo passado,se dizem céticos
quanto ao fim imediatodo “bear
market”(mercado comtendên-
cia de baixa) nos EUA.Eles afir-
mamqueosíndicesaindapodem
testar níveis maisbaixos antes de
umarecuperaçãosustentada.
“Comnossoseconomistas pro-
jetando umaquedaanualizada de
12% no PIB dos EUA no 2
o
trimes-
tre, ahistória também sugere que
uma quedade 34% no S&P prova-
velmentenão ésuficiente. Assim,
enquantoosqueapostamemuma
rápidarecuperação do mercado
acionário estão vendoestímulos
sem precedentes para eliminar
efeitos negativos da pandemia, a
história tambémsugere que eles
podemestar contando comum
milagre”,escreveramosanalistas.
Rápida ação de BCs ajuda a
limitar volatilidade no câmbio
MarceloOsakabe
De São Paulo
Arápidaação dosgrandesban-
cos centrais para lidar com os pro-
blemas de liquidezcausados pela
crise da covid-19 ajudou a dimi-
nuir a volatilidade do câmbio, que
tem ficado bemabaixo dos picos
de 2008. No Brasil, o movimento
foi favorecidopelo fatodeomer-
cadoestarreduzindo ouso de de-
rivativos cambiais, depois de pro-
blemas observadosno segmento
durante a crise anterior.
Um dos principais indicadores
de risco cambial, avolatilidade
implícita do dólar —medida a
partir das operações com opções
cambiais eque indica o tamanho
da incerteza em relação àcotação
futura —no Brasilchegou a tocar
23,89%nasemanadodia20,atéo
momentoopico da atualcrise. O
valor é metadeda máxima regis-
trada em 2008, quando este indi-
cador chegou a 49,08% no Brasil.
Ontemmarcava19,5%.
“Esta crise que estamos vivendo
talveztenhasido,atéagora,menos
grave paraos mercados e para as
moedas porque, naquelemomen-
to,elacomeçoudiretamentenose-
torfinanceiroequestionouacapa-
cidade de sobrevivência do siste-
ma comoum todo”, diz o sócioe
gestorpara moedas, juros globais
e commodities da NovusCapital,
RicardoKazan. Dessa vez, conti-
nua,osBCsaprenderamquepreci-
samatuarrápido.
“As taxas de juros não começa-
ram acair de 0,25 em 0,25 ponto,
elas foramrapidamente derruba-
das azero eprogramas de relaxa-
mentoquantitativo (QE) foram ra-
pidamente montadosnão apenas
pelostrêsmaioresBCs,masemou-
tros países desenvolvidos e emer-
gentes, até no Brasil. Essaatuação
forte erápidalevouauma freada
na piora das condições. Talvez se a
resposta tivesse demoradomuito,
poderíamoster visto o nívelde vo-
latilidadecontinuarsubindo.”
Entreas açõesanunciadas nas
últimas semanas, oFederalRe-
servevoltoua oferecerlinhasde
swapde moedas. A decisãoocor-
reu apósomercadomonetário
internacionalemitirsinaisde es-
cassezda moeda americana.Por
sua condiçãosingularna econo-
mia global, houve momentos
em que se desenhouumacorri-
da das empresaseinstituições
parater liquidezem dólar, in-
clusivese desfazendode outros
ativosconsideradosseguros,co-
mo o ouroe os Treasuries.
ArápidareaçãodoFededeou-
tros BCs teveefeitovisível.De
acordocomo SociétéGénérale,
enquanto a volatilidadeimplíci-
ta do par euro/dólar, o maisne-
gociadono mundo, atingiua
máximadesde2016,todososou-
tros ativosficaramtão ou mais
voláteisque em 2008.No último
dia16,inclusive,oíndicedevola-
tilidadeVIX, conhecidocomoo
“termômetrodo medode Wall
Street”, superoua máximade
2008,aotocar82,69pontos.
No Brasil, alembrança das que-
bras e fusõesde empresasnacio-
nais naquele período foi outrofa-
tor que ajudou areduzir a incerte-
za sobre o câmbio, diz Daniel Tat-
sumi, o gestor de moedas da ACE
Capital.“Em2008,estavamuitona
modaoperar com produtos estru-
turados, que davam ao exportador
uma opçãode funding mais bara-
ta. Comoo dólar saiu do controle,
muitas empresas eaté bancos tive-
ram problemas de margem e dei-
xaramdeusá-los”,afirma.
Desdeentão, os produtos que
foramcriadostiveraminclusivea
preocupação de evitar proble-
mas do tipo. Essa mudança levou
a umaposiçãotécnicabastante
diversa daquela existente em
2008.Hoje,diz oprofissional,o
mercado de opçõesem moeda
tempoucos“players”eébastante
ilíquido.Se,porumlado,issosig-
nificamenosnegócios,por ou-
tro, não houvenecessidade de
vendera qualquer preço. “O que
leva os preçosachegaraníveis
absurdosé o ‘stop-loss’.Foi o que
vimos,por exemplo,no mercado
dejurosháalgumassemanas.”
O histórico da volatilidade
implícitamostraque o atualpi-
co émenorque oregistradodu-
rantea eleiçãopresidencialde
2018,quandochegoua 31,81%.
Para Tatsumi,no entanto,épre-
ciso olharparaoutrasmedidas
de volatilidade,comoa “buter-
fly”, que mostra a dispersão da
volatilidade entre opções de
vendaede compra.“É natural
que eleiçõessejam eventosde
grande volatilidade, mas elas
são um eventode escolhabiná-
ria com data paraacabar. Não é
o que temosagora.Se o dólar
sair de R$ 5,00 paraR$ 4,00 ou
R$ 6,00 não querdizerque a cri-
se está resolvida”, diz.
Ontem, o dólar encerrouas
operaçõescotado aR$5,1960,
comaltade0,31%nodiae15,96%
acumuladanomês.Estaéamaior
altadesde setembrode 2011. No
segmentodejuros da B3, ocon-
trato de Depósito Interfinanceiro
(DI) parajaneiro de 2021caiu de
3,39% no ajuste anterior paraa
3,215%nofinaldasessãoregular.
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