Revista Agilize

(Gabriel AmorimjpWIKH) #1
A partir do momento que essa pessoa começa a
trocar, ou melhor, está muitas vezes presente com os
amigos com a família, mas só está “o corpo” ali, a
sua mente está vidrada nessa questão das redes
sociais, do smartphone, acredito que isso também é
um sinal de alerta que demonstra que esse indivíduo
não está bem e as redes sociais estão tendo esse
controle sobre ele. A rede de apoio deve conversar
com essa pessoa, orientar, chamar para outros
eventos para tentar tirar ela dessa dependência das
redes sociais e a partir do momento que isso não
funciona, já em um estágio de cegueira devido a
dependência das redes sociais, acredito que é o
momento de buscar uma ajuda de um profissional,
uma psicoterapia, para que esse indivíduo possa de
fato trabalhar essas questões e tentar, através deste
profissional, diminuir o excesso até chegar no uso
moderado.

Hoje as redes sociais também fazem parte da
rotina de trabalho de muita gente e isso se
confunde com o tempo de lazer, por vezes
causando muitas distrações. Qual conselho
você daria para que essa relação possa ser
mais equilibrada?
R: A orientação psicológica que eu dou para essas
pessoas é estabelecer um limite da sua vida pessoal e
vida profissional, mesmo se o trabalho dessa pessoa
está muito dependente das redes sociais. É
imprescindível que essa pessoa saiba estabelecer para
sua vida o momento de trabalho e uma momento de
lazer e, se possível, ligar o modo offline quando
estiver na sua vida pessoal, seu lazer. Dessa forma,
de fato, esse indivíduo consegue aproveitar o
máximo possível do seu lazer, da sua vida pessoal,
da sua família, dos seus amigos e não fique o tempo
todo sem saber fazer essa distinção de vida pessoal e
vida profissional.

SAÚDE


É alcançar a sabedoria de que você precisa fazer
essa distinção do seu trabalho e da sua vida pessoal
e não misturar tudo isso de uma forma desordenada
e virar uma coisa desenfreada na vida do indivíduo.

É natural que entre todas as questões que as
redes sociais despertam esteja a insegurança
em relação à imagem pessoal. Como é
possível lidar com isso de forma mais
saudável?
R: É importante as pessoas saberem que as redes
sociais, em si, muitas vezes mascaram diversas
situações, visto que a maioria das pessoas as
utilizam para somente falar das coisas boas que
acontecem nas suas vidas. Muitas vezes é feita essa
comparação com essas pessoas, que são muito
desproporcionais para a vida do indivíduo, porque a
todo momento ele vai estar criando um ideal de
beleza, de padrão de realidade e condição de vida
que se a gente for pegar é uma utopia, na qual as
redes sociais criam para essas pessoas, passam essa
imagem, mas que na realidade é uma imagem
muito desfigurada da realidade. Essa imagem
passada para essas pessoas não existe e, muitas
vezes, os seguidores compram isso como se fosse
uma verdade absoluta. Então, é importante que
essas pessoas evitem o máximo possível o excesso de
comparações, sobretudo com essas pessoas que elas
se espelham e tem grande admiração. Essas
comparações, tanto em relação à questão de beleza
como em relação a padrão de vida, não é uma coisa
saudável para a vida, é um processo de aceitação
mesmo, em relação a sua beleza, em relação à sua
qualidade de vida, e saber que nem tudo que é
postado é 100% real. Então quando esse indivíduo
começa a ter essa visão mais realista em relação ao
que acontece nas redes sociais, acredito que ele faça
melhorar sua autoestima em relação a essa situação.

Para contatos, é só acessar a página do Instagram
@leonardobismarckpsi.
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