Revista Agilize

(Gabriel AmorimjpWIKH) #1

Assim como no game, a trilha
sonora da série é assinada por
Gustavo Santaolalla que, mais
uma vez, faz um trabalho que
beira à perfeição. Os acordes
simples encaixados nos momen-
tos certos abrilhantam a produ-
ção e, somados com os acertos
nas faixas selecionadas - desta-
cando, principalmente, Never
Let Me Down Again, reinterpre-
tado por Jessica Mazin - fazem
da trilha sonora ser um dos pon-
tos altos da série. Além dela, a
fotografia e a direção de arte
também são um destaque à parte
e dão à série um ar de grife.


Ainda assim, o saldo é positi-
vo. Até mesmo quando derra-
pa, o fio condutor, composto,
principalmente, por Pascal e
Ramsey, consegue conduzir a
produção e manter o interesse
de quem assistia vivo a cada
semana.
No fim, com um roteiro a-
profundado, atuações de tirar o
chapéu e uma direção que po-
tencializa todos os pontos posi-
tivos que tem nas mãos, The
Last Of Us desponta como
uma das grandes produções da
temporada por conseguir achar
a luz em meio a escuridão.

O que faltou equilibrar -
talvez pela quantidade reduzida
de episódios nesta primeira
tem-porada - foi a velocidade
em que a trama se desenvolve.
O ritmo acelerado com que as
coisas acontecem, além da
montagem transmitir uma sen-
sação de coincidência a quase
todo momento, acabou fragili-
zando a estrutura narrativa da
série. Momentos em que o dra-
ma poderia pesar, personagens
que poderiam ser melhor apro-
veitados e pausas para respirar
foram apagados na tentativa de
passar um ritmo frenético.

Look for the Light. Foto: Liane Hentscher/HBO

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