TELA INDÍGENA:
ENTRE O NOVO E O
ANCESTRAL NO
AUDIOVISUAL ALAGOANO
Marcelo de Campos, da co-
munidade indígena de Feira
Grande, tem 32 anos e há 13
dedica-se às produções audio-
visuais. Referência para os pro-
dutores mais jovens, o produtor
é muito atuante na área e enfa-
tiza que faz uso do audiovisual
como ferramenta de luta: resis-
tência e existência.
qualidade técnica e artística,
mas ainda são bem pontuais.
Parte considerável desses pro-
fissionais precisa sair do esta-
do para sua formação ou para
se aperfeiçoar na área, como
ocorre com outros produto-
res, roteiristas e diretores não
indígenas; outros seguem
com seus auto didatismos. E
ainda dependem dos editais
específicos para esse fim. A-
pesar da história recente,
questionamentos básicos co-
mo “quem produziu os pri-
meiros registros do audiovi-
sual indígena alagoano?” não
são diretamente respondidas por-
que a fonte de dados e informa-
ções a esse respeito ainda é escassa
- o que também justifica a contri-
buição desta matéria, principal-
mente, pela contribuição dos pró-
prios fazedores de audiovisual in-
dígena aqui representados pelos
produtores e diretores Marcelo
Tingui-Botó, Jaracinã Silva
(Coletivo Wakonã) e Ziel
Karapotó.
A cena cinematográfica de
autoria indígena em
Alagoas chama a atenção
pela qualidade e
criatividade de suas obras
PEDRO HENRIQUE
A
s produções dirigi-
das por profissionais
indígenas na atuali-
dade apresentam
Marcelo Tingui-Botó
CULTURA RUA FECHADA
REPORTAGEM