apago a luz, pego os 3 comprimidos pouso sobre a língua dou um gole
grande enquanto encaro a parede e mais lágrimas, respiro fundo coloco o
líquido na seringa deito olhando no teto injeto enquanto meus olhos estão
fechados, meu coração acelera eu sorrio abrindo os olhos tudo começa a
girar seguro a lâmina. -Estou te ouvindo coração! o quê? para irmos até
Murray?. -As coisas começam a ficar mais quentes, o meu coração acelera e
se estabilizando de uma forma que me faz suplicar por ar por alguns
segundos, Murray aparece ao meu lado. -Demorei?. -E ele negou sorrindo,
não me mexi para que ele não desapareça.
Mudei de cidade,
entrei na faculdade me apaixonei,
namorei,
vivi com o meu namorado,
vivemos momentos,
comecei a trabalhar me estabilizando financeiramente,
comprei uma casa,
voltei para casa com meu namorado,
vendi meu apartamento,
Achei que estava grávida, e por fim vivi isso com 19 anos, ás vezes
precisamos saber....
Saber quando parar.
Existiu apenas um Murray, e esse não mais está comigo.
E foi assim que esse amor se transformou em um sonho californiano, em um
sonho psicadélico, é isso que o amor faz, que nem agora, te suga até não
sobrar nenhum vestígio de si, tudo está girando, parece suave e doloroso,
okay não sinto uma dor que não consigo suportar, ao menos sinto o Murray
aqui comigo, a dor nos completa na complexidade que somos formados, nos
torturando, nos pendurando em um sonho californiano, sonho que quero viver
eternamente, mesmo que agora seja pesadelo californianos, desde que isso
tenha relação com Murray, cravo sobre minha pele, rasgo meu pulso com um
pouco de intensidade deslizando brevemente para baixo, exalo por ar respiro
fundo, meu coração parece querer saltar esse sonho é overdose, esse......