FOTOGRAFIAS: JOEL SARTORE, ARCA FOTOGRÁFICA DA NATIONAL GEOGRAPHIC; MIGUEL MEDINA, AFP VIA GETTY IMAGESGUIA DO PESSIMISTA (^) | SINAIS DE ALARME
Caranguejos libertam carbono
Os mangues de água salgada armazenam
milhões de toneladas de carbono,
mas os caranguejos-violinistas
podem estar a libertá-lo, criando bura-
cos no solo que expõem matéria orgâ-
nica que, por sua vez, liberta carbono.
Outros animais escavadores, como
as amêijoas e os camarões, podem
causar danos semelhantes. — DANIEL STONE
TODOS OS ANOS, quase sempre
depois de uma chuvada forte, as man-
chetes repetem-se. Veneza está inun-
dada e a afundar-se, o que conduz ao
mesmo resultado molhado: mais água
nas ruas da cidade. O presidente da
câmara de Veneza, Luigi Brugnaro,
assegura que a cidade “voltará a
brilhar”, mas poderá a ilha sobreviver
num mundo em aquecimento?
O nível do mar na lagoa de Veneza
está dez centímetros mais elevado do
que há 50 anos. O Painel Intergover-
namental das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas calcula que os
episódios de cheias intensas, que anti-
gamente ocorriam de século a século,
ocorram agora de 6 em 6 anos até 2050
e de 5 em 5 meses até 2100. Um desses
episódios ocorreu em Novembro
de 2019, submergindo 70% da cidade.
A prioridade mais urgente pode
ser salvar os tesouros de Veneza.
Após o dilúvio de Novembro,
especialistas visitaram museus e
igrejas danificados para transferir
objectos preciosos para andares
superiores e equacionam transferên-
cias para fora de Veneza.
Estas acções são apenas uma
panaceia enquanto se aguarda pelo
projecto de defesa MOSE do governo
italiano, que utilizará paredões
gigantes para isolar a lagoa. Progra-
mado para 2011, foi atrasado por
derrapagens orçamentais e disputas.
As autoridades esperam que o sistema
comece a proteger Veneza em 2022.
AUMENTO DO NÍVEL
DO MAR
CHEIAS
HISTÓRICAS
EM VENEZA
A VAGA DE
TURISTAS FOI
A PRIMEIRA A
ATINGIR A CIDADE.
O MAR PODE SER
A ÚLTIMA E A
MAIS DESTRUTIVA.
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