Poema 5
Despertei como quem
sobrevive ao matadouro
Calcei os chinelos
Vozes de outro continente
me chamaram
Saudades, saudades e
saudades
Sou a resistência
derrotando o fracasso
O descendente que se
reconhece, reencontra e
reconhece os olhares
Hoje livres das amarras
Da servidão involuntária e do
descaso que viveu
Agora passarinha por ai
Livres no ar.