BECO

(Leonam Victor) #1

M


ila, de 31 anos, começou a pintar em 2017, após
ser mãe, usando como assinatura o lema “+Mães
no Rolê”, pautando a representatividade materna e
reivindicando o seu espaço na arte urbana. Mas antes mesmo
de começar a pintar, ela já pertencia à cultura Hip Hop e atua-
va na organização de eventos do movimento. Atualmente, sua
arte traz a representação de mãos como símbolo de trabalho e
transformação, tendo também como assinatura “AMA” junto
ao seu lema.

Lalesca, de 28 anos, iniciou na pintura por volta de 2013 com
o intuito de acompanhar sua irmã Laís e a amiga Tábata nos
rolês da vida. Começou assinando suas artes com o símbo-
lo do Anarquismo, mas, devido à popularidade do mesmo,
sentiu a necessidade de se reinventar dentro do movimento.
Daí veio a assinatura “Verti”, derivada da palavra vertigem,
representando bem sua arte e personalidade, segundo ela.

O machismo existente no movimento de arte de rua, espe-
cificamente no grafite, influenciou a formação da Pixegirls,
no Recife. O grupo se formou oficialmente em 2014, sendo
fundado pela irmã e a amiga de Lalesca, a partir de reuniões
de grafiteiras e pichadoras para fazer arte pela cidade na mad-
rugada. Entre as principais questões que estimularam a união
dessas mulheres estão os recorrentes casos de assédio e a inse-
gurança devido ao horário e exposição das artistas na rua.

O grupo é integrado por 12 artistas mulheres, mas contam
simpatizantes por todo o Brasil. O que não se imaginava, era
que a Pixegirls iria crescer e se tornar uma crew referência
no movimento sobre representatividade feminina e inclusão
dentro da arte de rua.

entrevista

Texto:
Lawanne Arruda
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